Fogo que arde por dentro
Tudo consome
Até deixar vazio
Uma eterna fome
Um imparavel rio
Árvores que crescem por amor
Ramos partidos em dor
Voltam a crescer
Frágeis e retorcidos
Interiores corrupidos
É o preço de viver
A consequência dos conhecimentos adquiridos
Até quando crescem?
Quando vão parar?
Será que não percebem
Que há um preço a pagar?
“Senão crescemos
Diz-me que fazemos,
Morremos?”
“Deixamos um eterno vazio?
Perdemos a esperança?
Secamos o rio?
Abandonamos a lembraça?
Aceitamos o frio?
Interrompemos a dança?”
Eu só quero paz
Não felicidade
Porque não interessa se tentas e dás
A vida aproveita toda oportunidade
Ela é ingrata
E para mim já marcou uma data
Escrito 17/02/2018