Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Rui Serra Jul 2014
Meia-noite, lá fora, sob um céu púrpura, o mocho pia à lua cheia. No castelo, uma porta de pinho, cujo verniz pereceu ao avançar das eras, range como quem chora por uma juventude consumida, e uma voz cavernosa diz:
Victor Marques Dec 2009
Procurar sempre na imensidão palavras que se perdem no horizonte,
Me contentar com o recanto e água fresca de uma fonte.
Rios que correis , flor que sempre brota...!
Navios que deixaram de ser frota.



Altares que se veneram sem ter lindas rosas,
Mulheres bonitas que não são formosas.
Homens que se deitam com amores adulterados,
Penitência de sepulcros abertos, fechados.



Sentinelas dum castelo, cristão, mourisco.
Conquistador dum império nunca visto.
Sebentas maltratadas com riscos e tinteiros partidos,
Panteão Helénico de poetas desconhecidos.

Victor Marques
- From Network, wine and people....
Todos me dizem que o seu coração é impenetrável
O Castelo mais seguro perderia
Não tenho códigos, chaves e nem força
Tenho apenas palavras escritas
Mas como também me dizem, palavras abrem portas
E se portas podem ser abertas
Seu coração também pode ser penetrado
Por mais difícil que seja
Leia o que eu escrevo
Pode ser meio complicado pelas lágrimas que mancham o papel
Nas palavras manchadas pelas lágrimas
Finja que "amor" está escrito
Por que com amor as coisas ficam mais bonitas
Mais uma lagrima cai no papel
Mais amor eu vejo nele
É aconselhável eu parar por aqui
Pode ser que o papel se rasgue
E se meu papel se rasgar
Ler isso você não vai
E então  as portas continuaram fechadas
Ficarei sem códigos, chaves, força e agora sem palavras
Então o que você guarda ai dentro do seu coração não será desvendado
Por toda a eternidade.
Victor Marques Apr 2013
Lavandeira        


Aldeias dispersas á tua volta,
Lá longe o infinito horizonte,
Com aconchego ela se encontra,
Pomposo castelo no cimo do monte.

Fontes frescas, cristalinas e antigas,
Verões quentes que trazeis tantas fadigas,
Ruas envaidecidas com suas flores,
Santa Eufémia e tantos fervores.

Majestosa sobre proteção de sobreiros e penedos,
Colinas caídas em direção ao douro,
Céu azul, trigo loiro,
Rodeada de oliveiras e vinhedos.

Victor Marques
aldo kraas Sep 2023
Yesterday I had
Constructed my Castelo Branco
That is also a place
For the homeless
To live also
During the Winter
Also they will be able
To have their
Showers in the morning
And also they will get feed
Every single day
Yes they will have their
Own bedroom
With a bed to sleep on
During the night
Victor Marques Sep 2013
Carrazeda de Ansiães

Terra linda que santos e pelourinhos tu tens,
Planalto que se estende no horizonte,
Castelo pomposo de Ansiães,
S.Lourenço e bendita fonte.

Coleja, Linhares e Codecais,
Senhora da Ribeira e Pinhal Do Norte,
Tua, Fiolhal com pintassilgos e pardais,
Ribalonga e Nosso Senhor da boa morte.

Vilarinho e Mogo de Ansiães,
Beira Grande terra do além,
Parambos, Luzelos e Arnal,
Areias e Zedes sem igual.

Samorinha e Amedo numa tela,
Belver , Pombal e Paradela.
lavanderia e Selores,
Seixo e seus amores.


Brunheda, Fontelonga e Marzagão,
Todas as aldeias em união,
Não direi mais por falta de inspiração,

Carrazeda no coração...

Um abraço a todos
Victor Marques
Rui Serra Jul 2014
Vivo num castelo
último andar de uma torre
janela
homens armados com bíblias
praguejam
e tentam alcançar a cidadela
doença
fome
epidemia
bandeiras ensanguentadas
hasteadas do portão principal
têm içadas o perdão
de facto é uma loucura
está tudo bem
até agora.
No alto das colinas
crianças
estão apenas a uma bala de distância
sem abrigo
irão desaparecer.
Abutres ávidos de mantimentos
tentam-se saciar
é o fim.
Rui Serra Mar 2014
Na escarpa do monte
O piar da loucura
Deslize suave
Sobre os pântanos
O cavaleiro impõe regras
Com a ponta da sua adaga
E a batalha começa
Ao longe
Murmúrios de crianças
Nas ameias do castelo
Victor D López Apr 2020
Beautiful small castle on a tranquil bay,
Of beauty seldom seen on any shore,
Museum now of artifacts of old,
From Roman digs and our Celtic ancestors.

Treasures displayed from my Galician soil,
The lost kingdom's uncovered still,
Yet nary a manacle, or bar seen,
Of a fascist makeshift prison once here.

My grandfather tortured, condemned to death,
But set free by a jailor/patriot.
My maternal grandfather was a supporter of the failed Republic before and during Spain's Civil War. He never took up arms as he hated violence, but he wrote and delivered speeches in his home town of Sada, in Galicia, Spain. He also translated news from the British and U.S. newspapers as he had lived in New York City (Number 10 Perry Street in the Village)  with my grandmother from about 1918 until I believe the early 1930's prior to the start of the Civil War in Spain. Although he had good friends among both the Republicans, monarchists and Franco's supporters, he was an outspoken critic of fascism and ardent supported of the Republic. He was eventually imprisoned, tortures and sentenced to death. He spent some time in this castle turned military headquarters during the war and was held there awaiting execution in La Plaza de Maria Pita where he was to be shot with others by a firing squad for treason--read, opposing the fascist forces. I don't know whether his remaining friends who supported Franco, including a judge  who prized my grandfather's friendship and integrity above their opposing political beliefs, politics intervened or paid off one of his military jailers or whether the jailer may have been a Republican sympathizer not yet excised from their ranks, but he was set free by his jail door being unlocked in the middle of the night and  his being told to swim to shore despite his bad physical condition. My grandmother always claimed he swam more than a mile across the bay to freedom, though I doubt he would have had the strength and think it more likely he swam ashore closer to the city but away from the surrounding area of the castle--perhaps 100 yards or more. The castle itself is accessible from the shore as it is only a few meters into the water, though he certainly would not have been able to walk out the foot bridge as one does today. I've written about this and his prior and subsequent life in my "Unsung Heroes" longest ongoing poem about my grandparents and now my parents who have also passed away--all leaving behind the treasure of their noble examples that is my legacy and which I prize above all that I own, am, or will ever be,

— The End —