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Victor Marques Nov 2012
O Nosso tempo deixa de ser tempo

    Hoje é um tempo novo de descoberta e actualização da nossa vida.
Por vezes, ficam para trás as coisas mais bonitas e simples que nos fazem tão felizes e não custam nada a fazer. O amor é um sentimento gratuito e duradouro. O sorriso também é eficaz e permanece na mente de quem o dá e recebe. Agradecer a Deus e às pessoas que nos rodeiam fortifica o nosso espirito por vezes ocupado com tantas banalidades.
    Temos uma natureza que ressuscita todos os dias profícua em dar e nunca pede nada em troca, simplesmente respeito pela criação de tudo que a ela envolve e a nós também.
O tempo se perde no próprio tempo que deixa de ser tempo para quem corre todos os dias atrás de um autocarro, metro, táxi ou outro qualquer devaneio próprio do nosso tempo.
    Vivemos num mundo surdo e cheio de poluições que afectam e matam seres humanos que nem se apercebem da causa da sua morte. Comemos alimentos cheios de pesticidas, herbicidas e por vezes contaminados. Falta ao homem do nosso tempo, tempo para si e seu deleite pessoal.  O Homem perdeu a sua ligação com a natureza das mais diversificadas maneiras: deixou de viver num ambiente campestre, começando a viver em verdadeiras prisões citadinas onde a Indústria e um trabalho fácil atrai multidões.
   O nosso tempo é um tempo de teclados, de écrans gigantes, de mexer de dedos, de mensagens virtuais que não transmitem coisa nenhuma.
   Um tempo que deixa Deus num plano quase esquecido do nosso dia-a-dia.
Este tempo que deixa de ser tempo é louco. Matam-se pais, filhos, irmãos…
Este tempo é um tempo em as pessoas vivem e morrem penando e sentindo cada vez mais a falta de dinheiro, trabalho e uma vida cheia de felicidade.

  Victor Marques
tempo, natureza, Deus
Marco ASF Couto Apr 2014
Dá me uma razão para ficar e então Eu ficarei.
O Mundo lá fora não me atrai.
Quero passar a eternidade no teu quarto.
Quero passar a eternidade a falar contigo até tu me odiares a mim e as minhas ideias conservadoras fruto de uma eternidade passada no teu quarto.
Quero que o mundo se foda tanto como o mundo me fodeu a mim.
Quero passar a vida dentro desses filmes que tanto adoras.
E não me importo que não seja real. E nem me importo que não seja a sério.
Passei a minha vida a brincar com crianças.
Quero te a ti acima de tudo.
E perdoou o te o vício do tabaco.
E perdoou o te o vício de odiares tudo que me faz viver.
Eu só te quero bem!
Quero que te cases e nem têm de ser comigo.
Eu só te quero bem!
E perdoou o te o vício de não acreditares em mim.
E perdoou o te o vício de amares sempre o mesmo tipo de homem.
Porque eu só quero é que dances. Porque disseste que adoravas dançar.
Porque eu só quero que andes com quem te faz andar.
E nem me importo que me mintas.
E nem me importo que me ignores.
Não quero que te apresses por mim.
Não quero que me peças desculpa.
Se um dia morrer que seja pelas tuas mãos.
Põe me fora do teu quarto e dá me a comer aos leões.
Diz ao mundo que te traí eu não te desmentirei.
Mesmo tendo passado a eternidade no teu quarto.
Diz que não me queres e faz-me ter filhos contigo.
E diz aos nossos filhos que não sou pai deles.
Diz me que nunca na vida serei teu.
Mas dá me uma razão para ficar.
Que Hoje...
Hoje Eu faço o Jantar.
Mariana Seabra Mar 2022
Mentes perturbadas…

Sempre numa constante luta entre o real e a utopia.



A idealização causa-me insónias…

E as palavras emaranhadas no vento,

São apenas uma coleção de sonhos nostálgicos

Que partilhamos em conjunto.



Esta droga que me vicia…

Não é química, tem um nome.

Nome esse que grito em silêncio,

Mas o silêncio, sempre tão alto,

Ensurdece-me até o espírito.



O inexplicável é tão simples…

Mas vai-nos cegando.

E como um cego de olhos abertos,

Tropeço de amor por ele.



E os momentos…

Que eram tão certos,

Mas tinham de ser errados.

O abismo era inevitável.



Agora, o sonambulismo

É um reflexo teu que me dá inspiração.

O concreto da realidade

Não me atrai.

E assim…

Viajo no abstrato dos teus olhos.
Wörziech May 2013
Tempo inconstante torna-me instável.
Faz-me recordar novamente de determinados fixos e imutáveis sentimentos, sem completa certeza.
Sinto descobertas incertas sobre este fulgor que tanto me atrai, que conquista todo o foco.
Esperar. Acreditar.
Muito a almejar. 
Se decepcionar a procura de perspectivas que farão sentido a consternação ou apenas tentar se perder das expectativas?
Vago o estabelecimento dos padrões exatos ou apenas incorreta busca pelo incerto?
Distantes, inimagináveis, intensos e indiscretos imprecisos sonhos afortunados por…
Faltam-me palavras, faltam-me respostas.
Enigmas que me destroem, que me pesam.
Sons, momentos e imagens.
Sonhos jamais vistos, acontecimentos previstos e esperados ditam a desordem e insegurança que me guiam pelos caminhos incógnitos das palavras que ditarão o fim; que trarão respostas a minha irregular essência.
Mistico 17h
Em um instante fugaz, num breve segundo,
Olho ao lado e ali a vejo, serena,
Esperando, talvez por algo, talvez por alguém,
Ou apenas pelo inesperado que muda o destino sem avisar.

E sem notar, o alguém já entrou,
Como brisa leve que invade sem permissão,
Sem que palavras precisem ser ditas,
Sem que a intimidade tenha tido tempo de nascer.

Ela, a mulher que sabe cantar,
Firme, inabalável em seu silêncio cativante,
E mesmo sem chamar, atrai,
Hipnotiza os que orbitam sua presença.

Tantos ao redor, movidos pela simplicidade,
Enquanto aquele que chegou por acaso,
Se distancia por medo de não ser suficiente.

Talvez o anonimato seja refúgio seguro
Para um alguém que não se julga digno,
Mas quem sabe, um dia,
O que hoje é sombra torne-se luz,
E deixe de ser ninguém para se tornar prioridade.

— The End —