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Mistico 7h
Mantenha firme a tua razão,
Não te iludas com vãs palavras,
Que sem ação se desfazem ao vento,
E ocultam verdades amargas.

Alma explorada, dor renascida,
Já foste presa de um jogo cruel,
Mas mãos divinas te resgataram,
Erguendo-te além do fel.

Quem te perdeu, agora implora,
Mas não por amor, não por bondade,
Apenas anseia um coração aos pés,
Para inflar sua vaidade.

Deixe que prove do próprio vazio,
Que colha da dor que semeou,
Pois quem não soube te valorizar,
No próprio desprezo se afogou.
Mistico 1d
Culpavas-me por uma energia invisível,
como se fosse eu a corrente a te prender,
quando, na verdade, eram teus olhos fechados
que te impediam de ver.

Gritei verdades em silêncio,
estendi minhas mãos ao vento,
mas foste surda ao meu chamado,
e, sem hesitar, me lançaste ao esquecimento.

Fui o grudento, o exagero, o erro.
E, ironia do tempo, agora retornas,
quatro estações depois,
com promessas de amor tardias.

Mas já não sou mais quem espera,
não sou refúgio para quem desperdiça,
quero a brisa de um amor sincero,
não o peso de quem só volta
quando já perdeu tudo o que tinha.

Grato pelo passado,
mas meu presente é outro.
E meu futuro, ah…
esse já não te pertence mais.

— The End —