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 Nov 2013
Victor Marques
Quando me levanto e olho a vidraça,
Canta o galo empoleirado.
Escuto o cantar do chão molhado
Sem sono e com graça.

Desde logo olho este desafio,
De ser gratuito sem favor,
Olho para corrente do rio,
Tudo começa por amor.

O percurso de um  caminho,
Louva tudo com o sorriso,
Agradecer é sempre preciso,
Nunca se vive sozinho.

O universo é infinitamente bom,
Estrelas com cor e som,
Dou graças a tudo que conheço,
O céu nesta vida sem qualquer preço.

Victor Marques
gratidão, dar, receber
 Nov 2013
Victor Marques
S. Martinho

Os sonhos que se sonham acordados,
Altares de santos beatificados.
Amargos de boca, leitos maltratados,
S. Martinho quero beber o vinho com prazer,
De manhã até ao anoitecer,
Afogar mágoas e pecados.

Desde pequeno que ouço falar de Ti,
Com bom vinho o povo ri…!
Vinho maduro por Ti e DEUS abençoado,
Vinho da mesa de Jesus crucificado…

Paixão de degustar e bem apreciar,
Perder – me no encanto de o decantar.
Castanhas e vinho todo bebido,
S. Martinho alegre e divertido.

Victor Marques
S.Martinho, castanhas e vinho
 Nov 2013
Victor Marques
Ao Meu Padrinho José Silva


Que os anjos de Deus de protejam,
O paraíso todos desejam,
O teu espírito honesto e trabalhador,
Levam-te ao encontro do Deus Senhor.

Nesta terra longínqua onde o sol se deita,
Com uma miragem de carinho ela se enfeita,
Por entre arvoredos cheios de folhagem,
Eu Guardo tua terna imagem.


O bom Deus todos ama e consola,
Canção com o som da harpa ou da viola,
Neste mundo com Deus temos certeza,
Na morte conforto e grandeza.


Victor Marques
 Nov 2013
Victor Marques
Argumentos que encaixam num turbilhão

Sentimentos que se juntam no átrio ao luar,
Mão tuas e de mais ninguém,
Veleiros de outrora, do além,
Sorriso multicolor que tu tens…

Deixa-me embebedar em tudo que acredito,
Queres o céu perdido no infinito.
Caminhas vagarosa e calma,
Melodia que sacia tua alma.

Sensatez e furor que cessam,
Ruído de amor e paixão,
Argumentos de um turbilhão,
Estrelas que a ti confessam…

Victor Marques
 Nov 2013
Victor Marques
Bom dia a todos...Desejo que tudo corra na plenitude e vossos anseios e desejos se concretizem na abundância e plenitude. Boa vindima para aqueles que ainda continuam na tão nobre Colheita. Esta poesia é dedicada ao meu Pai: António Alexandre Marques e a todos os seus amigos e conhecidos.

Lembro-me de Ti meu querido Pai

As videiras cansadas pelo sol tórrido de verão,
O rio corre por amor e paixão.
Eu procuro a resposta que não acho,
Sou feito de uvas e do teu abraço.

As rochas xistosas esperam a madrugada,
As uvas amarelas e avermelhadas.
E tu meu Pai continuas aqui sepultado,
Pois o vinho foi teu amor, meu fado…

Palavras sábias de profeta que sonha e sabe,
Lembrança de ti e eterna saudade.
Nossa Senhora de Fátima te acolheu,
Eu anseio também para ser seu…

As uvas dão precioso fruto,
Eu continuo vivo e de luto.
O Douro sublime se consome e exalta,
Por ti Pai saudade quase me mata…

Victor Marques
pai, uvas, amor, saudade.douro
 Nov 2013
Victor Marques
Memória branca da tua imagem Rio Tua

Por entre vales e frescas fontes,
Socalcos e belos horizontes.
No comboio sempre do Tua,
Um beijo na doce lua.

Rio tão belo que engoles as colinas,
Memória branca da tua imagem,
Comboio sem carruagem,
Carrocel sem suas meninas.

S. Lourenço que te olha divinal,
Rio Tua do bom Deus e de Portugal.
Pedras inertes tuas sempre serão,
És rio e bom vilão…

Tantas histórias os vindouros contarão,
Dum rio com memória e solidão,
Rio dum comboio que nunca vai passar,
Excelso amor vai perdurar.

Victor Marques
rio, amor, memória,comboio
 Oct 2013
Victor Marques
ADORMECIDO NOS SONHOS VIVIDOS

Entre margens dos rios conhecidos,
Sonho com sonhos vividos.
Anseios nobres e sonolentos,
Adormecido em quentes mantos.

Serei sepultado com folhas mortas,
Com videiras, oliveiras, belas hortas.
No ermo ressuscitarei feito luz,
Com a bandeira do amor a Jesus…!

Tenho um carinho excelso pelas gentes singulares,
Feitas de um amor e seus sentidos olhares.
Paraíso de saudades já vividas,
Memórias nunca esquecidas.

Recordações de tudo que me apaixonou,
Da terra que sempre me amou.
Horas paradas nos salgueiros do ribeiro,
Sou do Castanheiro…

Um abraço com carinho e amizade
Victor Marques
terra, nascimento,douro,Castanheiro
 Oct 2013
Victor Marques
Novas Sensações


No paraíso das emoções,
Divago com melodias sentimentais.
Enalteço novas sensações,
Desde que não sejam iguais.


Turbulência agridoce,
Sentimento inter-activo,
Artista inibido,
Autêntico sempre eu fosse.


Segredo bem guardado,
Odor das flores.
Sentir e ser amado,
Sensações e cores.

Cordiais Cumprimentos.
Victor Marques
 Oct 2013
Victor Marques
Vivemos num sono profundo

Os rios correm sem parar,
As estrelas enlaçadas no luar.
Ser comum de viver vagabundo,
Embriagado num sono profundo.

As montanhas inertes, transformadas,
Arvores mal tratadas.
Borboletas que poisam sobre as flores,
Riachos sem rouxinóis reprodutores.

Joio e as belas searas aloiradas,
Uvas e suas lagaradas.
Alegria e tristeza neste mundo controverso,
Caminhar num caminho incerto.

Estalar de dedos sobre sobreirais do destino,
Vaguear nos sonhos de menino…
As ervas daninhas e as grandes constelações,
Me adormecem com um sono de ilusões.

Victor Marques
sono, acordar,realidade
 Oct 2013
Victor Marques
As aldeias

Outrora as plantas eram verdes e singulares,
Aldeias dispersas expostas ao luar,
Pelourinhos estranhamente nus,
Candeias e pouca luz.

Cavalos, burros com albardas e ferraduras,
Charruas, enxadas e portas sem fechaduras.
Cabras, ovelhas, cães e as alcateias,
Galinhas e galos  passeiam nas aldeias.

Tantas Igrejas do tempo do Marques de Pombal,
Se expõem e embelezam Portugal.
As fontes são antigas com água para beber,
Ribeiro que corre por correr…

O xisto e o granito ficam imortalizados,
Exaltam o trabalho de nossos antepassados.
Aldeias lindas que enchem livros nunca lidos,
Aldeias dos amores e dos amigos…

Victor
aldeias, portugal, granito, xisto
 Oct 2013
Victor Marques
Céu Aberto da minha liberdade

Sentir saudade que irradia arrepios,
Olhar para a água dos rios,
Céu aberto infinito, insaciado,
Céu aberto, céu fechado…

Sentir nos outros desconfiança,
Olhar meigo de criança!
Céu aberto, céu feito do nada,
Céu da vida bem-amada.

Sentir por todos simpatia,
Olhar sem ousadia.
Céu aberto, céu do desconhecido,
Céu dum poema esquecido.

Sentir que temos alma engrandecida,
Olhar com amor sem medida,
Céu aberto, céu sem ter idade,
Céu da minha liberdade.

Victor Marques
céu , liberdade, aberto
 Oct 2013
Victor Marques
A minha aldeia

Na minha aldeia as casas foram erguidas com amor,
O pedreiro foi rei sim senhor.
Os rebanhos deixaram de passar.
Na minha aldeia os cavalos deixaram de pastar,
O lobo de uivar,
O galo de cantar…

Na minha aldeia os meninos deixaram de nascer,
Escolas abandonadas sem livros para ler.
Os grilos com herbicidas para beber,
Os ratos sem queijo para comer.

Na minha aldeia onde o Senhor da Boa Morte,
Evoca Deus em Castanheiro do Norte.
Na minha aldeia onde o horizonte se enaltece,
Amanhecer do lindo dia que aparece….

Victor Marques
aldeia, desertificação
 Oct 2013
Victor Marques
A chuva

Chove intensamente esta noite na penedia,
Escuto e interiorizo melodia…
A noite está muito sonolenta e escura,
Eu vagueio em vales de ternura.

Chuva miudinha que nem molhais,
Regas vinhas, oliveiras de meus pais.
Pões escorregadios durienses rochedos,
Chuva de amor e seus segredos.

Chuva de um Verão com toque de Outono,
Cão vadio sem senhor e seu trono.
Chuva torrencial de águas paradas,
Chuva de contos e fadas…

Chuva que esbate em frente na pobre janela,
Cores de um arco-íris feito Cinderela.
Ritmo parecido com o toque do sino,
Chuva que cai ao desatino….

Victor  Marques
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