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Marco Raimondi Jan 2018
Dos mistérios escuros, os gritos convocam
Mil sombras perdidas ao mundo que pungem,
Rompendo os ossos, cruas almas que tocam
Da carne agredida, os corpos ressurgem

Atravessam o vestíbulo e os cadáveres deslocam
Permitem o fogo e o enxofre que o mundo turgem
Em mar de sangue, no inferno desembocam
Aqueles que a luz e o paraíso urgem

Com fúria ensurdecedora, o céu troveja
A face da estrela, na neblina encoberta
Suportando a noite d'alma que a flerta

Das montanhas, um último sol alveja
Lacrimeja a pálpebra antes aberta
Pois nas terras do anjo caído agora deserta

— The End —