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E por hoje dizer-te não é banal

Estive atento e discretamente olhei o teu doce olhar,
Passei noites ao luar, descrevendo as estrelas de bonitas,
Mas bonitas mesmo são tuas pétalas, flor de esplendor!
Tua sensibilidade e visão de mulher, a mim das nas vistas!

A certeza no destino, é como lotaria no caminho,
Onde te encontrei, no meio de tantas eu te vi sozinho!
Há muito tempo mesmo, que teimou em não passar,
Suspirei, me cansei, tirei todas, para agora te inflamar!

Sinto perto o carinho, da pessoa, minha amiga e mulher,
Te chamei e falei ao coração, para te agarrar e poder amar,
És tu hoje, em quem eu pego e petisco, com qualquer colher,
Porque muito ou pouco que nela couber, te saboreio ao petiscar!

És refeição completa para mim, como sangue vivo, ao coração,
Tuas doses tão prudentes de afecto, é outro nível neste patamar,
Orgulho de te cuidar, porque de mim, cuidas tu, como a terra do seu mar!

Se eu hoje respiro vida, ao querer cada hora do dia, desde o levantar,
Devo-te muito a ti e as palavras que escrevo não são hoje fantasias,
Porque cuidas de mim, como terra do seu vazo, da planta, de encantar,
Encanta meu sorriso, pelo teu cuidar, nas coisas que fazes e me dizias!

Não é falso nem é mentira, acredito na realidade que tu me trazes,
Não finjo, não mudo, não acredito que precises tu princesa, de mudar!
Olhei-te do chão, mirei-te, e tu com teu jeito doce, levantas-te meu olhar,
E eu confie-te nos braços tudo, na hora me deitar, pelo que tu me fazes!

A falta de carinho não a sinto hoje, porque a não tenho,
A ti te darei respeito, pela dama e senhora que te achei,
Encontro-te a ti a cada dia, no meu leito, e no meu cardanho!
Porque ele é gíria de tudo aquilo que tenho e em ti encontrei!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.09.09.02.20
Sinto o meu corpo voar como um passarinho,
Nos teus braços, sinto conforto do nosso ninho!
Os teus olhos, são a alegria do meu caminho,
E quando chego a ti, sinto mesmo o teu carinho!

Sinto-me a planar no ar como uma pena,
A energia que vem de ti, me é tão amena,
O teu perfume cor de energia tão plena,
Teu abraço único é meu, querida Liliana!

Nada é igual a ti, à tua doce presença,
Tua imagem, sempre uma boa lembrança,
Respiro melhor, estes sonhos de criança,
A vida contigo, é agora a melhor aliança!

Sinto-me tão grande no teu aconchego,
Sinto-me vaidoso da tua companhia,
Sinto a tua presença com muita alegria,
Beijo teu, eu vejo e logo de vontade, pego!

Esta noite eu vou deitar-me alucinado,
Descanso sobre a almofada apaixonado,
É tão leve minha consciência, abobadado,
Vénia pela noite a teu ser, por mim amado!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.23.02.08
Cordas soltas de uma língua, sedenta de sabor de saliva,
Cordas das amarraras verdes, do barco que eu navego,
Os serões de cordas amordaçando, uma vida decisiva,
Perderam-se entre os ramos do futuro, que eu pego!

Vejo-te pegar nas cordas da minha vida, que me orientam,
Não és fútil ao pensar que elas não funcionem como marioneta,
Dás-me alento, e o teu toque equilibrado, meus ideais afinam,
O teu jeito de combinar os gestos, não são de uma paixoneta!

O calor do carinho que me dás, é transpiração de amor na cama,
O amor dos teus dias, são raios de vida, que regeneram meus desafios,
Uma palavra tua, um carinho teu, é como água que sacia minha fama,
O teu olhar atento, sob meus anseios, são como metais halogéneos!

És a corrosão para os ferrugentos jumentos, instalados em galhardia,
Cuidas-me do meu ser como do teu, e de minha vida, dando-lhe liberdade!
Contigo a transpiração do meu caminho, não me assusta nem me é fantasia,
É real, tu és bela e tornaste-me magnificamente de bem, com a verdade!

Sentir-te respirar confortavelmente, é o meu maior objectivo,
Verificar cuidadosamente cada poro teu e senti-lhe o cheiro a vida,
Conduzir os meus sonhos no teu carro da felicidade, é agressivo,
Metas são fins, nosso destino é conduzido por longa vida dividida!

E assim, revelo ao mundo, o teu nome, maravilhoso ser de mulher fatal,
O teu constante conforto, com que deliro, é agora muito e meu afinal!
Patrícia os meus sonhos e os teus, são agora o meu diário mundial!
Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.08.03.02.14
Talvez se escrever o sono venha
Cansada do excesso de cansaço
Nas alturas menos certas
Creio que há 2 horas que devia estar a dormir
Se pudesse
Mas embora o cansaço esteja presente
Nos meus músculos, olhos
Não chegou ainda à base.

Talvez o meu cérebro seja notivago.
Chego a estas conclusões na exaustão da noite
Quando, por desespero, pego num lápis
E desacredito-me ainda mais.
Mas passo a explicar:
Durante todo o dia sinto-me dormente
Ah, para quê falinhas mansas?
Sinto-me burra, sem conseguir pensar
Mas na chegada da noite
Com o silêncio e a escuridão que se sentem na noite
Tudo se liga e se ilumina
E o meu cérebro trabalha e penso, penso, penso
E mais certezas tenho de que sou burra
Não que tenha pensamentos burros, não!
Mas por que raio tê-los agora e
De forma tão agressiva e exaustiva
Sem chegar a ser agressiva e exaustiva o suficiente
Para escrever alguma coisa de jeito
Ou para me fazer cair para o lado
Suficiente apenas para uma mais noite em branco
Talvez nunca tenha acordado.
Helas, helas por do vienen
La Corruja y la Carrasca,
A más no poder mujeres,
Hembros de la vida airada.
Mortales de miradura
Y ocasionadas de cara,
El andar a lo escocido,
El mirar a lo de l'Hampa.
Llevan puñazos de ayuda
Como perrazos de Irlanda,
Avantales voladores,
Chapinitos de en volandas.
Sombreros aprisionados,
Con porquerón en la falda,
Guedejitas de la tienda,
Colorcita de la plaza.
Mirándose a lo penoso,
Cercáronse a lo borrasca,
Hubo hocico retorcido,
Hubo agobiado de espaldas.
Ganaron la palmatoria
En el corral de las armas,
Y encaramando los hombros.
Avalentaron las sayas.
CORRUJA: «De las de la hoja
Soy flor y fruto,
Pues a los talegos
Tiro de puño.»
CARRASCA: «Tretas de montante
Son cuantas juego;
A diez manos tomo
Y a dos peleo.»
Luego, acedada de rostro
Y ahigadada de cara,
Un tarazón de mujer,
Una brizna de muchacha
Entró en la escuela del juego
Maripizca la Tamaña,
Por quien Ahorcaborricos
Murió de mal de garganta.
Presumida de ahorcados
Y preciada de gurapas
Por tener dos en racimo
Y tres patos en el agua,
Con valentía crecida
Y con postura bizarra
Desembrazando a los dos,
En esta manera garla:
[MARIPIZCA:] «Llamo uñas arriba
A cuantos llamo,
Y al recibo los hiero
Uñas abajo.
»Para el que me embiste
Pobre y en cueros,
Siempre es mi postura
Puerta de hierro.»
Rebosando valentía,
Entró Santurde el de Ocaña,
Zaino viene de bigotes
Y atraidorado de barba.
Un locutorio de monjas
Es guarnición de la daga,
Que en puribus trae al lado
Con más hierro que Vizcaya.
Capotico de Antemulas,
Sombrerico de la carda,
Coleto de por el vivo,
Más probado que la pava.
Entró de capa caída,
Como los valientes andan,
Azumbrada la cabeza
Y bebida la palabra:
[SANTURDE:] «Tajo no le tiro,
Menos le bebo;
Estocadas de vino
Son cuantas pego.»
Una rueda se hicieron;
¿Quién duda que de navajas?
Los codos tiraron coces,
Azogáronse las plantas;
Trastornáronse los cuerpos,
Desgoznáronse las arcas,
Los pies se volvieron locos,
Endiabláronse las plantas.
No suenan las castañetas,
Que de puro grandes, ladran,
Mientras al son se concomen,
Aunque ellos piensan que bailan.
Maripizca tornó el puesto,
Santurde tomó la espada,
Con el montante el Maestro
Dice que guarden las caras.
[MAESTRO:] «De verdadera destreza
Soy Carranza,
Pues con tocas y alfileres
Quito espadas.
»Que tengo muy buenos tajos
Es lo cierto,
Y algunos malos reveses
También tengo.
»El que quisiere triunfar,
Salga de oros,
Que el salir siempre de espadas
Es de locos.»
MAESTRO: «Siente ahora la Corruja.»
CORRUJA: «Aquesta venida vaya.»
MAESTRO: «Jueguen destreza vuarcedes.»
SANTURDE: «Somos amigos, y basta.»
MAESTRO: «No es juego limpio brazal.»
CORRUJA: «Si no es limpio que no valga.»
MAESTRO: «Siente vuarced.»
SANTURDE:                             «Que ya siento,
        Y siento pese a su alma.»
Tornáronse a dividir
En diferentes escuadras,
Y denodadas de pies,
Todas juntas se barajan.
Cuchilladas no son buenas,
Puntas sí de las joyeras.
[MAESTRO:] «Entráronme con escudos,
Cansáronme con rodelas;
Cobardía es sacar pies,
Cordura sacar moneda.
»Aguardar es de valientes
Y guardar es de discretas,
La herida de conclusión
Es la de la faltriquera.»
Cuchilladas no son buenas,
Puntas sí de las joyeras.
[MAESTRO:] «Ángulo agudo es tomar;
No tomar, ángulo bestia;
Quien viene dando a mi casa,
Se viene por línea recta.
»La universal es el dar;
Cuarto círculo, cadena;
Atajo, todo dinero;
Rodeo, toda promesa.»
Cuchilladas no son buenas,
Puntas sí de las joyeras.
[MAESTRO:] «El que quisiere aprender
La destreza verdadera,
En este poco de cuerpo
Vive quien mejor la enseña.»
Rui Serra Jun 2013
E nesta tarde em que a chuva cai madura
Pego nesta folha e neste lápis de carvão
Rascunho esta tua suave pintura
Com a subtileza desta minha mão.

Quem desenha sou eu, feito alquimista
Que em ti sempre viu algo especial
Com estes meus olhos de artista
E esta minha sensibilidade radical.

Estou simplesmente apaixonado por ti
E p´ró papel, eu te levo p’ra te ter
P’ra sempre ficarás junto de mim
Nesta pintura que de ti estou a fazer.

E em teus olhos eu vejo acalento
Um brilho especial e muita alegria
Um dia destes chegará o momento
Em que ficaremos junto o dia-a-dia.

Este singelo papel é agora um tesouro
Porque nele está desenhada a tua imagem
És a face dum anjo que vale mais que ouro
Por mim criado em tua homenagem.

Venero-te com sublime fervor
Agora que és o meu quadro principal
Para sempre te darei o meu amor
Minha filha, minha princesa real.
Siempre borracho entraba y siempre altivo,
Y el ebrio, sin motivo,
Puñetazos le daba a su querida.
Dura cadena ató sus corazones;
Unió los eslabones:
La Miseria en el fango de la vida.

Por no dormir, en noches tenebrosas,
Sobre las frías losas,
De ese hombre vil buscó la compañía.
Ella malhumorada, él displicente,
La riña era frecuente,
Y al fin a puñetazos la rendía.

El vecindario despertaba todo
Al llegar el beodo
A su tabuco, de bebidas harto.
La vieja puerta abríala a empellones...
Se oían maldiciones...
Después quedaba silencioso el cuarto.

El invierno arreciaba. Un triste día,
En que lenta caía
A los techos la nieve como un manto,
Un hijo les nació... Y esa inocente
Inmaculada frente
No tuvo más bautismo que el del llanto.

A la siguiente noche, el rostro duro,
Y a tientas por el muro,
Llegó a la puerta de su hogar el padre.
De pronto se detuvo el inhumano...
No levantó la mano;
La respetó el borracho... Ya era madre.

Al mirarle extraviada la pupila,
Y al verlo que vacila
Y a darle puntapiés no se decide,
Meciendo al niño que dormía: «¡Infame!»

Le dijo: «Muerte dame.

¿No me pegas? ¿Por qué? ¿Quién te lo impide?

Te aguardé todo el día. Estoy dispuesta;
¿Más barato te cuesta
Hoy el pan? ¿El invierno es menos triste?
¿Licor en la taberna no encontraste?
¿Acaso te enmendaste?
¿Borracho, como siempre, no viniste?»

Fingió el turbado padre no oír nada;
Dio al hijo una mirada,
Mezcla de estupidez y de cariño,
Y dijo a la mujer: «¿Por qué me ofendes?

¿No sabes, no comprendes,
Que si te pego se despierta el niño?»
Fa Be O Jan 2013
Como te agrego a esta historia?
a este relato de lo que es mi vida,
este cuento imaginario
de lo que quisiera que fuera?
te tejo de entrada a salida
en punto derecho o al revés
en forma de corazoncillos,
y para que?
en la noche los deshago
nudo por nudo
como si eso quitara
el mas grande en mi garganta
y me quedo sin nada mas
que un hilo enredado…
te pego como papel,
con unas gotas de resistol
y mucha paciencia,
a la superficie de mi alma,
y llegan las lagrimas
a mojarte y deshacerte
en la madrugada…
te amarro a mi ser,
con besos y caricias,
y en la noche
te libero de esas cadenas,
y espero inocente
a que te mantengas conmigo
aun sin ellas…
despierto en el frió
de la oscuridad,
y un poco sorprendida
volteo a no encontrarte
junto a mi…
y entonces,
solo fue un sueño?
3/27/12
Dayanne Mendes Feb 2013
O vento sopra meu rosto,
E eu me pego em devaneios.
Sonhando com amores improváveis,
Não querendo amores resistentes.

Não sei a que se deve o fato,
De meu coração gelado,
Preferir o inacessível,
E descartar o mais favorável.

Não sei se é o passado,
Que me persegue,
Ou o presente,
Que há tempos, está mudado.

Mas ainda não esqueço, aqueles lindos olhos claros.
Joana Aug 2014
Um dia pego numa folha e escrevo sobre ti. Sobre como sei de cor todos os traços da tua face e como os teus olhos brilham ao luar.
Escrevo o que nunca mais ninguém teve coragem de escrever sem fazer sofrer.
Amo-te.
Expo 86' Jun 2016
Sabe, bem no fundo eu queria que tu me chamaste, para caminhar, conversar ou qualquer outra coisa, até o menor sinal que ainda existo para você é o suficiente para florescer dezenas de bons sentimentos, e sabe, mesmo que as chances desse utópico futuro acontecer forem minimas, eu ainda me pego sorrindo abobalhada pelos cantos, pensando: ahhh, como seria bom se tu me chamaste para correr, como seria belo se tu me chamaste para cantar, sorrir e dançar. E nessa leve e serena incerteza de que se eu ainda existo em você, minha vida vai seguindo, meio triste, meio alegre, meio humano, meio você.
Alan Eshban Dec 2016
En el bosque me encuentro,
Triste y solo me siento,
bajo la luna, en llanto pego,
Solo por el saber que a usted, no la tengo,
Una oportunidad, le pido a dios que ella me de.
Pero poco a poco, mi esperanza, alejandose se ha ido,
y ahora más que triste y sólo, me siento perdido.
Mi pecho atravesé con mi espada,
Ya que cada segundo, que pasaba en esta vida,
Nada valia.
Mariana Seabra Sep 2022
Não são os outros! Nunca foram os outros.

Não é o lugar! Nunca foi o lugar.

Sou eu!



Já quis partir em retiros para o Tibete. Ou em viagens espirituais para a Tailândia. Já quis correr o mundo à procura de algo que só podia encontrar em mim. Parece-me interessante, aliás, ainda o quero fazer pela pura necessidade que tenho de experienciar. No entanto, é inútil. É mirar ao fracasso, e é condenação interior a uma busca incessante que não traz paz, só traz correria desenfreada, sem meta final onde possa descansar, uma armadilha que me obriga a jogar por algo que nem vale a pena ganhar.
Prefiro a tranquilidade que me consigo proporcionar. Em vez de correr, prefiro caminhar. Prefiro aceitar a incompletude, para não ter de me andar a perseguir por lugares onde nem sequer passei. Prefiro pensar no que tenho. Prefiro aceitar o que tenho. Prefiro limar o que tenho. Prefiro amar o que tenho. Não me falta peça nenhuma! Só me falta descobrir uma maneira de lhes dar sentido... de me ordenar.

É inútil acharmos que temos de sair do sítio para viver e, consequentemente, evoluir ou mudar, ou correr de lugar para lugar, à procura da essência mais profunda que nos constrói. Quando as raízes são profundas, não há razão para temer o vento! O nosso cérebro não sabe distinguir entre a experiência vivida e a experiência imaginada, para ele é tudo igual. Somos biliões de informações! a que este magnífico pedaço de ***** cinzenta atribui significado. Experiências reais ou imaginárias, que se convertem em memórias, memórias que ganham uma nova vida de cada vez que as recordamos, histórias que repetimos a nós e aos outros, até sermos só pedaços daquilo que lhes contamos.

Prefiro esquecer!
Escrevo as histórias que nunca contei, para depois as tentar esquecer...

Só me oriento pelas minhas próprias pegadas e, quando escrevo é apenas através de experiência pessoal. Não recorro à generalização de vivências tão únicas, mas, como admito ser-humana, sei que por muitos outros são partilhadas, e sem o meu consentimento, generalizadas. Nasci para escrever poesia, mas não sei se nasci para ser poeta. A escrita é um dissecar do próprio íntimo. Escrever é sangrar para o papel. E se o que eu escrevo fizer sentido para um outro alguém, então ótimo, é como se partilhássemos o mesmo abraço enquanto o meu poema durar. E se o que eu escrevo não fizer sentido para ninguém, não importa. Escrevo para mim. Qualquer outra pessoa que me tente ler, irá observar-me através de um vidro duplamente espelhado. O que pensa observar de mim é, nada mais nada menos, do que o seu reflexo a acenar de volta para si. Porque a poesia é assim! dizem-me que não pertence a quem a escreve
mas sim
a quem a lê.
Sou do contra, não vivo à vossa mercê! A poesia é minha! O amor é meu! A dor é minha! E se a estou a partilhar, não é por motivos altruístas, não quero ser vista nem entendida. E se a estou a partilhar, é só porque estava sufocada, porque o poema já me estava a arder nas veias, muito antes do próprio poema começar. E se o estou a partilhar, é porque não tive escolha, era escrever ou morrer! e depois de estar cá fora, depois do fogo apagar, depois das cinzas pousarem e da ferida parar de jorrar... só depois, muito depois, é que uso o meu discernimento, volto atrás no tempo e decido se o vou partilhar, ou se é só meu, e de quem me veio inspirar.

Sou líder de mim mesma!

Sento-me na mesa-redonda do Eu e converso com todos os meus familiares, amigos, parceiros, desconhecidos, inimigos, anjos e demónios, todos com a minha cara, todos com a minha maneira de pensar, todos a olhar de volta para mim à espera que comece a falar...Quem diria, que de uma mesa tão cheia e diversificada, poderia comprimi-la, agrupa-la numa só pessoa, com uma única fachada virada para o exterior! Adoro a complexidade que de mim emana! Adoro ser várias, e ao mesmo tempo ser coesa. Ser o sol que mantém todas de mim em órbita, a força universal que me mantém presa,
Fiel a quem sou,
Com alma pura e coração digno de entrar na corte real da nobreza.
Entro em longos debates com todas as versões de mim, sobre qual de nós seguir. Creio que, desde tenra idade, tornei-me boa ouvinte para dentro. O dito mundo real não me bastava, muito menos me alegrava ou inspirava, então, recuei. Retraí-me para o vasto mundo interior da minha mente e, inventei mundos novos. Foi assim que descobri a melhor companhia que podia ter. Nunca me sentia sozinha, desde que me tivesse presente. Depois de aprender a escutar o que vem de dentro, aprendi a escutar o que vem de fora. No final do debate, decido seguir a mim mesma. Nenhuma de mim ficará para trás! Nem as que já morreram e tive de enterrar! mesmo que não saiba para onde seguir. Talvez em frente. Diria que, por esta altura, seguir em frente é uma especialização minha.  

Como qualquer líder, às vezes também me falho.

Como qualquer líder, debruço-me obsessivamente sobre as falhas até descobrir como as preencher. Puno-me por elas e, finalmente, permito-me aprender.  

Como qualquer líder, sou consumidora assídua de pequenas e grandes lições.

Como qualquer líder, cometo erros. E, como qualquer líder, tento não repetir os mesmos.  

Só não sou como qualquer líder. Não nasci para guiar outros, porque também eu estou perdida. Não quero que me sigam! Aliás, se for possível, sigam o caminho oposto ao meu. E não me peçam para vos seguir! Só me sei seguir a mim, e mal.  

Nasci para desbravar o mato à machadada, na exata medida em que for avançando nele. Não me ofereçam florestas já desbravadas! Fiquem lá com elas. Não me ofereçam sonhos que não me pertencem! Prefiro deitar-me mais cedo para ter os meus. Não me vendam a vossa verdade! É um negócio sujo, onde eu ficaria sempre a perder. A verdade do outro, que fique o outro com ela. Prefiro explorar a minha.  

Deixem-me ir!

Quero ver por mim. Ouvir por mim. Tocar por mim. Cheirar por mim. Saborear por mim. Cair por mim. Levantar pela minha própria mão. Vivam as vossas experiências e deixem-me viver as minhas!  

Deixem-me tirar as minhas próprias conclusões! Tomá-las como certas, só para mais tarde descobrir que estão erradas. E está tudo bem, crescer é mesmo isso.  

Deixem-me ser mutável! Não me queiram vendada, de ideias fixas ou radicalizadas. Sou adepta do equilíbrio, apesar de nem sempre o conseguir manter. No meu mundo tudo tem permissão para existir, simultaneamente. Todos têm permissão para ser. Há um espaço invisível sem paredes para o delimitar, um lugar inspirado no Lavoisier, onde nada se perde, nada se cria, tudo se pode transformar.

Deixem-me ser! Só peço que me deixem ser! E serei feliz, mesmo na minha profunda infelicidade.  

Nasci para ser uma selvagem autodomada. Uma líder seletivamente dedicada. Uma humana fortemente frágil, com uma beleza feia, como me dizia uma bela cigana, e obcecada com a sua própria caminhada.  

Posso viajar para o sítio mais lindo do universo! Posso deslocar os olhos pelas mais belas paisagens! Posso conhecer os seres mais fascinantes! Posso ler as palavras mais requintadas! Poderia até beber da fonte da juventude eterna!  

Mas se eu não estiver em mim, se não estiver comigo, não há nada. Não há nada! Não há coisa alguma que chegue até mim se eu não estiver dentro de casa para a receber, para lhe abrir a porta, cumprimenta-la com um sorriso, um olhar cativo de quem está lá para a acolher. Não há beleza que me toque, porque não há ninguém cá dentro para ser tocado. Às vezes, viro uma casa assombrada. Abandonada, com vida morta. Há o receptáculo! Esse fica, até que a Terra decida vir recuperá-lo e, com todo o direito, levá-lo de volta para si.  Há o corpo em piloto automático, só não há a alma que o irradia, ou que o faça completo.  

Sei quando estou comigo. Tal como sei quando me abandono. "Só não sei para onde vou de cada vez que me decido abandonar", isto foi outra coisa que aquela bela cigana que me disse, ou estarei a sonhar? A realidade e o imaginário tornam-se mais difíceis de separar.
Onde me escondo de mim mesma?
Sou mestre a desaparecer, sem aviso prévio de quando irei voltar...se irei voltar. Que péssimo hábito! Que mecanismo de defesa ridículo! Foi uma maldição que me deitaram e, agora, tenho de a conseguir quebrar.
Tenho de me quebrar!...
Abrir-me até ao meu interior, olhar para dentro do poço, mesmo que me dê vontade de vomitar, principalmente, quando me dá vontade de vomitar...por mais que me custe olhar. Não posso desviar o olhar! Tenho de remexer nas minhas entranhas, sentir nas minhas mãos o que está avariado, e descobrir como o remendar.
E quebro-me! vezes sem conta. E pego nas peças que estilhacei contra o chão, e corto-me com elas, e brinco com elas, e algures, a meio desta sádica brincadeira, há uma ou outra que decide encaixar, e dão-me sentido, uma nova forma, um eu mais polido, mais perto de nunca ser perfeito e completo.

Percebo quando me vou. Fica tudo mais *****. O vazio absorve-me. O mundo desaponta-me. A poesia desaparece. O barulho do silêncio torna-se ensurdecedor. O corpo mexe-se, mas não age. O olhar fica turvo e as lentes que uso não me permitem ver com clareza. A empatia vira apatia. A falta de emoções torna-me robotizada. Não há amor! É ensurdecedor! Não há amor...

A magia que me move decide esconder-se de mim. Não sei se para brincar comigo, não sei se para me provocar, não sei se para despertar a besta que dorme sossegada. Só sei que, de tempo a tempo, a minha alma decide jogar à apanhada e é a primeira a escapar. Alma rebelde e insurreta! Nunca te ensinei a ficar! Perdoa-me, por favor, também não me ensinaram a mim. Mas, ao menos, ensinei-te a voltar. Depois, como que por infantilidade, ou talvez por vontade de regressar a casa, começa a sussurrar-me...Ouço-a chamar baixinho por mim e, lá vou eu toda contente atrás dela, deixo o seu jogo continuar, só por curiosidade de desvendar até onde é que ela vai, onde é que ela pretende levar-me.

Quanto mais me aproximo de mim, mais cores se erguem à minha volta. A paz invade-me e reconquista o seu devido território no meu peito. A poesia ressurge e faz-me ressurgir.  O silêncio volta a ser música para esta alma sensível. O corpo age com intenção. O olhar fica cristalino e escolho ver o mundo através de lentes que o retratam mais bondoso, pelo menos para mim. As emoções retomam o seu percurso natural no meu sistema, com a intensidade de vulcões ativos. A empatia é reflexo do amor que sinto e que transborda. A magia mastiga-me e cospe-me para o mundo em forma de luz.  



De tempo a tempo, perco-me de mim.

De tempo a tempo, reencontro-me.  

E, deste tempo que se aproxima, só quero uma coisa: quero voltar a mim!

Quero abraçar-me! como se estivesse a despedir-me do amor da minha vida, às portas do aeroporto. Quero acarinhar-me e amar-me. Quero voltar a mim!

Quero ver o que vou encontrar quando a mim regressar.  

Perco-me de mim. Demasiadas vezes, perco-me de mim.  

Quando me reencontro, já não estou no ponto onde me perdi. Já sou uma mistura entre aquela que se perdeu e a que está prestes a renascer. Diria que passo muito tempo no limbo da existência e da não existência. 

Quando me reencontro, sou algo diferente. Quem sabe melhor, quem sabe pior...essas reflexões deixo para os que me oferecem opiniões não solicitadas. Sei que sou algo diferente, o resto é ruído.  

Nasci para criar. Nasci para me reinventar.  

Dito isto, acolho a destruição e o caos que vem de dentro como parte do meu processo de criação pessoal.  

Disto isto, quando me reencontrar, é só uma questão de tempo a tempo para me voltar a perder.
Jenny Ochoa Mar 2020
Conoci a {M}i angel en un Verano lleno de amor [061818],  

Sin saber que llegaria tan pronto un {A}dios [07
0918],

Muchas aventu{R}as tuve a su lado,
empezando con la feria bajo la luna llena del verano [06
2318],

En el {T}elefono platicabamos hasta el amanecer,
en esas dos semanas, mi Corazon lleno de placer [06
2418-070818],

Mirando "Los {I}ncreibles" con mi hermanito en el cine,
tu mirada se distraia de la pelicula al reirme  [06
2818]
  
Una tarde en Chuck-e-Cheese co{N}ociste a mis papas,
sentia cuanto me querias pues lo hiciste por volontad [07
0518]

Me pego un depression no entedia el motivo,
lloraba sin Consuelo mi Corazon sentia un vacio [07
0618-070818]

Lunes en la noche espere que me llamaras,
me dormi triste y en un llanto, nunca pense que se te olvidara…
te mande mi ultimo mensaje tu mensaje de buenas noches,
al recordar este moment, siento como el Corazon se me rompe [07
0918]

Martes en la tarde recibi la peor llamada,
Mi Amorcito Corazon se habia convierto en mi Angel de la Guardia [07
10*18]

Sabes ese refran que dice "no sabes lo que tienes hasta que se te va"
Es mas que comprobado que es una triste realidad!


Hoy, Manana, y Siempre en mi vive tu recuerdo,
Te amo para siempre Handsomes espero anciosa nuestro encuentro!
Dayanne Mendes Oct 2017
O ar,
Anda pesado.
É o fogo?
Não!

Meus passos não são leves,
E não é meu sapato.
Não é meu andado...
Não é  o caminho!

Não!

Eu ando,
E ando,
E rodo,
E me pego de volta ao mesmo ponto.

Eu respiro fundo,
Mas não absorvo o ar.
Eu nunca imaginei,
Que ia doer respirar.

E o que não doi, nesses últimos dias?
O que não se transformou em agonia?
O que se manteve afinal?

São perguntas vagas,
Pra uma vida vaga.
Só me resta respirar...
Courtney O Jun 2019
You visit me like an omen from the past
If you knew me now, maybe it could last
I can feel my body tense and tight
like that old night, like that old good night

How you broke my heart - you are the point
where it all starts
Now that I am slave to a fickle rhythm
Thomas, if I catch you now, ai se eu te pego, man
Let me show you what I learnt so far!

I am not the same girl - scared and so in love
Now I am free and I roam till I get lost
I felt the force, this time it could work
I felt my breath as shook as it was back then.
If I could step in time and catch back my strength!
A dream to keep breathing, a dream to go on.

— The End —