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Joana Jul 2014
Tudo é incerto.
Nunca haverão respostas corretas. Nunca ninguém há de saber a verdadeira razão e essência das coisas.
O mundo em nosso redor precisa que alguém repare nele, em vez de vivermos na nossa própria fantasia. Cada um tem o seu próprio mundo, mas o mundo em geral é de todos, e nós temos de começar a agir como se não fosse nada connosco. O mundo precisa de atenção. O mundo tem uma alma. Uma alma que não se consegue decifrar se aquilo a que chamam de "amor" não for sentido. A alma do mundo precisa de alguém, e esse alguém somos nós. A nossa alma precisa de alguém e esse alguém é quem nos vai fazer perder o folgo, sem razão aparente. O mundo precisa que reparem nele para viver, não por egoísmo, mas sim por cuidado. Nós tomamos conta do mundo, mas não sabemos o porquê. Talvez nunca chegaremos a saber, mas a alma do mundo continua a precisar de nós e nós continuamos a precisar de alguém que tome conta da nossa alma também.
As respostas podem, talvez, nunca chegar, mas a um certo ponto, nós acharemos que as temos na mão, mesmo que sejam as respostas erradas. Tudo é incerto.
A alma do mundo apodera-se de nós, para que nós também possamos ter uma alma.
Queremos respostas que apenas pertencem à alma do mundo. São respostas que nunca teremos, mas contentamo-nos com isso, pois sabemos que elas existem.
AMBR Aug 2016
I feel nostalgic for the love you haven't given me
For a life that wasn't mine to live

And it burns like nothing else to feel your poetry all over her
Sometimes I wonder if I'll ever be a song

But there are still so many stars I want to show you
And so many things I want to see through your eyes

Watching the seasons pass feels different when I'm holding your hand
And I could get used to feeling like I'm not sure what comes next

So I hope the summer hasn't swept you away into the undertoe
Because I'm waiting under a canopy of colored leaves
To see autumn on by your side
Victor Marques Oct 2013
Vivemos num sono profundo

Os rios correm sem parar,
As estrelas enlaçadas no luar.
Ser comum de viver vagabundo,
Embriagado num sono profundo.

As montanhas inertes, transformadas,
Arvores mal tratadas.
Borboletas que poisam sobre as flores,
Riachos sem rouxinóis reprodutores.

Joio e as belas searas aloiradas,
Uvas e suas lagaradas.
Alegria e tristeza neste mundo controverso,
Caminhar num caminho incerto.

Estalar de dedos sobre sobreirais do destino,
Vaguear nos sonhos de menino…
As ervas daninhas e as grandes constelações,
Me adormecem com um sono de ilusões.

Victor Marques
sono, acordar,realidade
Il sonno, il nero fiume -
v'immerge la sua tempra
per il fuoco dell'aurora
che lo avvamperà, lo spera,
l'indomani -
Sono oscuri
il turchese ed il carminio
nei vasi e nelle ciotole,
li prende
la notte nel suo grembo,
li accomuna a tutta la materia.
Saranno - il pensiero lo tortura
un attimo, lo allarma -
pronti alla chiamata
quando ai vetri si presenta
in avanscoperta l'alba e, dopo,
quando irrompe
e sfolgora sotto la navata
il pieno giorno -
hanno
incerta come lui la sorte
i colori o il risveglio
per loro non è in forse,
la luce non li inganna,
non li tradisce? E stanno
nella materia
o sono
nell'anima i colori? -
divaga
o entra nel vivo
la sua mente
nella pausa
della notte che comincia -
smarrisce
e ritrova i filamenti
dell'arte, della giornata...
Esce
insieme ai lapislazzuli
l'oro dal suo forziere, sì,
ma incerto
il miracolo ritarda,
la sua trasmutazione
in luce, in radiosità
gli sarà data piena? Avrà
lui grazia sufficiente
a quella spiritualissima alchimia?
Si addorme,
s'inabissa,
è sciocco,
lo sente,
quel pensiero, è perfida quell'ansia.
Chi è lui? Tutto gioca con tutto
nella universale danza.
Senza di te tornavo, come ebbro,
non più capace d'esser solo, a sera
quando le stanche nuvole dileguano
nel buio incerto.
Mille volte son stato così solo
dacché son vivo, e mille uguali sere
m'hanno oscurato agli occhi l'erba, i monti
le campagne, le nuvole.
Solo nel giorno, e poi dentro il silenzio
della fatale sera. Ed ora, ebbro,
torno senza di te, e al mio fianco
c'è solo l'ombra.

E mi sarai lontano mille volte,
e poi, per sempre. Io non so frenare
quest'angoscia che monta dentro al seno;
essere solo.
A lua apresenta-se como dia
Para confundir a escuridão
À meia noite o sol resplandece

O olhar se volta para o alto
O corpo espreita o abismo
Esperança é desespero, e
Desespero é esperança

O calor está esfriando a alma
A água incendeia-se em chamas
E faz nevar

A luz que ilumina
Esconde em si a eterna noite
O abismo esconde o infinito
Ou a morte eterna...

O louco arrisca tudo
no destino incerto....
Já se esqueceu de seu corpo
Já se livrou da morte
chamando-a para si

Mas o verdadeiro louco...
Sequer sabe do abismo
Seus olhos são apenas estrelas
Seu alvo é apenas o céu
Não sabe que vai cair...
Rui Serra Aug 2015
mergulho no vazio do abismo,
na solidão que se esconde nesta vida.
vagueio pelas sombras da noite
e tropeço no frio que irradia
das silhuetas de um novo dia.

procuro a esperança ao virar da esquina.

procuro na ilusão
esta minha condição
o desejo de recomeçar
a alegria de procurar
o que se esconde na avenida
neste destino incerto que é a vida.
Rui Serra Aug 2015
mergulho no vazio do abismo,
na solidão que se esconde nesta viela.

vagueio pelas sombras da noite
e tropeço no frio que irradia
das silhuetas de um novo dia.

procuro a esperança ao virar da esquina.

procuro na ilusão
esta minha condição
o desejo de recomeçar
a alegria de procurar
o que se esconde na avenida
neste destino incerto que é a vida.
Na sombra uma mulher jaz morta, despida e dependurada pelo tornozelo, seus braços esticados portam dedos inchados de sangue coagulado, enquanto seus anéis apertam estreitos entre suas falanges, e as pontas de suas unhas quase tocam o chão. Posso ainda escutar seus gritos atormentados ecoar ao longe, posso ainda ver seus olhos escancarados diante uma plateia que saboreia sua tortura, posso ainda ver seu corpo obeso se debater em fobia e desespero numa tentativa ridícula e frustrada de escapar. Imóvel, resta apenas uma ***** enorme de banha e tetas caídas, algo em mim se compadece por esta criatura patética, algo não consegue segurar as gargalhadas. É apenas um corpo, nada demais. Se estrebuchou de forma caricata e cômica, desengonçada, amarrada de ponta-cabeça, toda espalhafatosa, desajeitada, seu desespero é hilário, acho que é a coisa mais patética, mais desprezível, mais insignificante, mais burlesca, mais tosca, que imaginei. Apenas um corpo escroto que em breve será engolido pelos vermes do vazio, sem nunca ter representado qualquer coisa além de uma involuntária comédia . Apenas um corpo. Já não sofre, nem se deleita, há somente um caminho incerto pelo qual percorro, e que ela já conhece a chegada.

Estarei eu ao fim dependurado pelo tornozelo? Ou quem sabe dando gargalhadas ao ver a fraqueza dos homens? Ou ainda mais, serei eu a amarrar os tornozelos da humanidade? Todos são os algozes, todos riem da desgraça que não lhes pertence, mas ao fim todos terminam dependurados pelos tornozelos.

Devo continuar caminhando. O corredor é muito escuro, devemos estar no subsolo, esse barulho nojento é perturbador... Um ninho de baratas! Saiam dos meus pés! Saiam dos meus pés! Não há como evitá-las. Elas sobem e se aninham no meu corpo, se reproduzem na minha virilha, fazem sua morada em meus orifícios. Sou tomado por baratas. Sou o homem-barata, o homem fétido, o homem-praga. Aqueles milhões de patinhas que caminham no meu corpo realizam uma massagem profana, sou tomado por um prazer proibido, me deleito com o perfume nefasto, nauseabundo, a ânsia me regurgita um animus enterrado, o horror de estar completamente desencontrado de tudo o que é convencional, a minha criança enlouqueceria ao me defrontar e saber que carrego seu destino com o pênis encoberto por uma gosma preta que se forma ao espremer as baratas que ali se encontram num movimento de masturbação decrépita. Minha mãe, ah, minha mãezinha tão simplória, tão católica, tão temente à um deus inexistente, com suas orações decoradas, com seus hinos de louvor,  seus terços pendurados na cabeceira da cama de madeira antiga e seu falar típico de quem decorou e aprendeu suas frases mais interessantes nas missas tediosas do Padre Adalberto, para mim a melhor hora da missa é a hora que ela acaba, minha mãezinha, ah minha querida mãezinha, definharia até a morte no exato instante em que me visse trepando freneticamente com baratas esmagadas no meu pau. E meu pai, sempre austero, seja lá o que se passa em sua cabeça, como uma parede pintada de bege escuro, como um corredor estreito e sem espaço nas laterais, simplesmente reto como uma tábua de madeira seca, inflexível, adepto de tradições antigas, de costas dadas não reconheceria esta figura repugnante, a se satisfazer de tão nefasto pecado, como uma prole de sua descendência.

Todos desejam esmagar o homem-barata. Mas ninguém quer limpar a gosma fedida. Deixem que as formigas carreguem essa coisa nojenta! Eles dizem. Que prazer insano é este de ser mutilado e fodido até às entranhas? De saber que não há mais volta para tamanha perdição? Isso é deixar todos os dentes da boca apodrecerem. Eis que entendo a velha! Eis que compreendo as gargalhadas de quem acaba de perder todos os dentes podres num chute violento de quem perde a paciência. Eis que pertenço onde de cá estou. Há uma beleza magnética no horror, algo que me arrasta para o interior do objeto horrendo, me distanciando sou arremessado às entranhas da podridão, como um espelho a revelar em mim mesmo aquele objeto da experiência, que em repulsa não posso parar de olhar.

O motorista tira a roupa, a velha tira a roupa, e todas essas pessoas horrorosas tiram a roupa, eu já estou nu e besuntado por essa gosma cinzenta de entranhas de baratas que exala esse odor nauseante que penetra as narinas de qualquer um que se aproxime, odor hipnótico para aqueles que compreendem o segredo. Parece que sou o mais desejável nesta câmara escura. Se aproximam de mim como animais ferozes a saltar de forma muda em direção a um pedaço de carne.
Luís Jul 2017
Delicada sua pele,
Como pétalas de uma papoila
Graciosamente penso
Penso em vales e montanhas
Que na minha mente insana se compila
Pois o que anda à chuva sempre emperra
E eu, ando sempre encharcado
Encharcado por gostos amargurados
seco por cheiros esquecidos
Pois é tudo o que a minha mente sente
Sente ou sentia
Pois mais nada sou
Assim me liberto
Libertando-me de algo que não me prendia
pois ando ao luar incerto
E é assim a viver a vida ansiosamente para não chegar outro dia.
Victor Marques Jul 2022
Com mais sangue nos nossos vasos,
Lábios cheios e rosados,
O coração quer bater mais forte,
Por destino ou sorte.

A voz tudo seduz,
Parace ser tudo luz.
Corrente  sempre ligada,
Vida bela e apaixonada.

A distância um local incerto,
O amor está sempre perto.
Parece que existe música suave,
Sorriso que nunca acabe.

Os níveis altos de dopamina,
Te ajudam e tudo anima.
Se cria um desejo intenso,
Ao toque do amor e do vento.

Parece nascer flores nos caminhos ,
Ser se ave para fazer ninhos,
Borboletas no estômago  amolecem,
Pétalas molhadas permanecem.

Queremos a felicidade de alguém,
Sem prejuízo do nosso bem.
Anseiar pela presença desenfreada,
Suspiro ao acordar com a madrugada.


Victor Marques
Amor,vida,sentimento
Dagli atrii muscosi, dai fori cadenti,
Dai boschi, dall'**** fucine stridenti,
Dai solchi bagnati di servo sudor,
Un volgo disperso repente si desta;
Intende l'orecchio, solleva la testa
Percosso da novo crescente romor.
Dai guardi dubbiosi, dai pavidi volti,
Qual raggio di sole da nuvoli folti,
Traluce de' padri la fiera virtù:
Ne' guardi, ne' volti, confuso ed incerto
Si mesce e discorda lo spregio sofferto
Col misero orgoglio d'un tempo che fu.
S'aduna voglioso, si sperde tremante,
Per torti sentieri, con passo vagante,
Fra tema e desire, s'avanza e ristà;
E adocchia e rimira scorata e confusa
De' crudi signori la turba diffusa,
Che fugge dai brandi, che sosta non ha.
Ansanti li vede, quai trepide fere,
Irsuti per tema le fulve criniere,
Le note latebre del covo cercar;
E quivi, deposta l'usata minaccia,
Le donne superbe, con pallida faccia,
I figli pensosi pensose guatar.
E sopra i fuggenti, con avido brando,
Quai cani disciolti, correndo, frugando,
Da ritta, da manca, guerrieri venir:
Li vede, e rapito d'ignoto contento,
Con l'agile speme precorre l'evento,
E sogna la fine del duro servir.
Udite! Quei forti che tengono il campo,
Che ai vostri tiranni precludon lo scampo,
Son giunti da lunge, per aspri sentier:
Sospeser le gioie dei prandi festosi,
Assursero in fretta dai blandi riposi,
Chiamati repente da squillo guerrier.
Lasciar nelle sale del tetto natio
Le donne accorate, tornanti all'addio,
A preghi e consigli che il pianto troncò:
Han carca la fronte de' pesti cimieri,
Han poste le selle sui bruni corsieri,
Volaron sul ponte che cupo sonò.
A torme, di terra passarono in terra,
Cantando giulive canzoni di guerra,
Ma i dolci castelli pensando nel cor:
Per valli petrose, per balzi dirotti,
Vegliaron nell'arme le gelide notti,
Membrando i fidati colloqui d'amor.
Gli oscuri perigli di stanze incresciose,
Per greppi senz'orma le corse affannose,
Il rigido impero, le fami durâr;
Si vider le lance calate sui petti,
A canto agli scudi, rasente agli elmetti,
Udiron le frecce fischiando volar.
E il premio sperato, promesso a quei forti,
Sarebbe, o delusi, rivolger le sorti,
D'un volgo straniero por fine al dolor?
Tornate alle vostre superbe ruine,
All'opere imbelli dell'**** officine,
Ai solchi bagnati di servo sudor.
Il forte si mesce col vinto nemico,
Col novo signore rimane l'antico;
L'un popolo e l'altro sul collo vi sta.
Dividono i servi, dividon gli armenti;
Si posano insieme sui campi cruenti
D'un volgo disperso che nome non ha.
Il sonno, il nero fiume -
v'immerge la sua tempra
per il fuoco dell'aurora
che lo avvamperà, lo spera,
l'indomani -
Sono oscuri
il turchese ed il carminio
nei vasi e nelle ciotole,
li prende
la notte nel suo grembo,
li accomuna a tutta la materia.
Saranno - il pensiero lo tortura
un attimo, lo allarma -
pronti alla chiamata
quando ai vetri si presenta
in avanscoperta l'alba e, dopo,
quando irrompe
e sfolgora sotto la navata
il pieno giorno -
hanno
incerta come lui la sorte
i colori o il risveglio
per loro non è in forse,
la luce non li inganna,
non li tradisce? E stanno
nella materia
o sono
nell'anima i colori? -
divaga
o entra nel vivo
la sua mente
nella pausa
della notte che comincia -
smarrisce
e ritrova i filamenti
dell'arte, della giornata...
Esce
insieme ai lapislazzuli
l'oro dal suo forziere, sì,
ma incerto
il miracolo ritarda,
la sua trasmutazione
in luce, in radiosità
gli sarà data piena? Avrà
lui grazia sufficiente
a quella spiritualissima alchimia?
Si addorme,
s'inabissa,
è sciocco,
lo sente,
quel pensiero, è perfida quell'ansia.
Chi è lui? Tutto gioca con tutto
nella universale danza.
Cláudio Costa Feb 2023
Visão cega dum vão cultivar,
Anseio que derrama, ***** e mudo,
Ao longe o vislumbre de ti a passar
Escorre de mim sedento, sem ar,
A drenar lento por um canudo
sob um ser que finge ser,
ser que sabe fugir
mas não sabe desprender;
Ser que não serve para sentir,
mas sente para viver.

Já não sei seguir sem par
a cruzar rotas noutros trilhos
O fulgor do teu olhar,
por mais que o queira cuidar
vai cruzando noutros brilhos.
Indício que vem num tumulto agudo
Pulsar de veia que me assalta,
espreita o clarão pelo canudo
e a luz escorre na tua falta.
Sai de mim, por tudo te peço;
Sai de mim, mas não me leves
e deixa durar os dias breves,
assim que saias verei se os esqueço.
Sai de mim, mas leva a saudade
E deixa-me noutra realidade
Uma na qual não te conheço.

Memória reclusa, cativo tesouro
de fios mognos no sol louro,
Risos soltos em cabelos revoltos,
Imagem tua, miragem de um ser
que em quietude à distância
me dá ânsia de te ver.
Ecoa a afastar e prende-me ao chão,
Semeia desígnios num solo a vagar,
Curva-se e colhe sombras em vão.

Nado no rio que corre sem dor,
que é meu e finda num mar interior
Estou aqui, estou agora
Espreito-me de dentro para fora,
Vejo a eira a cultivar,
Trago grãos p'ra semear,
a visão cega fixa-se perto
E desvanece a clarear
um amanhã sempre incerto,
sempre brumoso a se esboçar.
¯\_(ツ)_/¯
Senza di te tornavo, come ebbro,
non più capace d'esser solo, a sera
quando le stanche nuvole dileguano
nel buio incerto.
Mille volte son stato così solo
dacché son vivo, e mille uguali sere
m'hanno oscurato agli occhi l'erba, i monti
le campagne, le nuvole.
Solo nel giorno, e poi dentro il silenzio
della fatale sera. Ed ora, ebbro,
torno senza di te, e al mio fianco
c'è solo l'ombra.

E mi sarai lontano mille volte,
e poi, per sempre. Io non so frenare
quest'angoscia che monta dentro al seno;
essere solo.
Il sonno, il nero fiume -
v'immerge la sua tempra
per il fuoco dell'aurora
che lo avvamperà, lo spera,
l'indomani -
Sono oscuri
il turchese ed il carminio
nei vasi e nelle ciotole,
li prende
la notte nel suo grembo,
li accomuna a tutta la materia.
Saranno - il pensiero lo tortura
un attimo, lo allarma -
pronti alla chiamata
quando ai vetri si presenta
in avanscoperta l'alba e, dopo,
quando irrompe
e sfolgora sotto la navata
il pieno giorno -
hanno
incerta come lui la sorte
i colori o il risveglio
per loro non è in forse,
la luce non li inganna,
non li tradisce? E stanno
nella materia
o sono
nell'anima i colori? -
divaga
o entra nel vivo
la sua mente
nella pausa
della notte che comincia -
smarrisce
e ritrova i filamenti
dell'arte, della giornata...
Esce
insieme ai lapislazzuli
l'oro dal suo forziere, sì,
ma incerto
il miracolo ritarda,
la sua trasmutazione
in luce, in radiosità
gli sarà data piena? Avrà
lui grazia sufficiente
a quella spiritualissima alchimia?
Si addorme,
s'inabissa,
è sciocco,
lo sente,
quel pensiero, è perfida quell'ansia.
Chi è lui? Tutto gioca con tutto
nella universale danza.
Senza di te tornavo, come ebbro,
non più capace d'esser solo, a sera
quando le stanche nuvole dileguano
nel buio incerto.
Mille volte son stato così solo
dacché son vivo, e mille uguali sere
m'hanno oscurato agli occhi l'erba, i monti
le campagne, le nuvole.
Solo nel giorno, e poi dentro il silenzio
della fatale sera. Ed ora, ebbro,
torno senza di te, e al mio fianco
c'è solo l'ombra.

E mi sarai lontano mille volte,
e poi, per sempre. Io non so frenare
quest'angoscia che monta dentro al seno;
essere solo.
Wörziech May 2013
Tempo inconstante torna-me instável.
Faz-me recordar novamente de determinados fixos e imutáveis sentimentos, sem completa certeza.
Sinto descobertas incertas sobre este fulgor que tanto me atrai, que conquista todo o foco.
Esperar. Acreditar.
Muito a almejar. 
Se decepcionar a procura de perspectivas que farão sentido a consternação ou apenas tentar se perder das expectativas?
Vago o estabelecimento dos padrões exatos ou apenas incorreta busca pelo incerto?
Distantes, inimagináveis, intensos e indiscretos imprecisos sonhos afortunados por…
Faltam-me palavras, faltam-me respostas.
Enigmas que me destroem, que me pesam.
Sons, momentos e imagens.
Sonhos jamais vistos, acontecimentos previstos e esperados ditam a desordem e insegurança que me guiam pelos caminhos incógnitos das palavras que ditarão o fim; que trarão respostas a minha irregular essência.

— The End —