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Hail native Language, that by sinews weak
Didst move my first endeavouring tongue to speak,
And mad’st imperfect words with childish tripps,
Half unpronounc’t, slide through my infant-lipps,
Driving dum silence from the portal dore,
Where he had mutely sate two years before:
Here I salute thee and thy pardon ask,
That now I use thee in my latter task:
Small loss it is that thence can come unto thee,
I know my tongue but little Grace can do thee:                      
Thou needst not be ambitious to be first,
Believe me I have thither packt the worst:
And, if it happen as I did forecast,
The daintest dishes shall be serv’d up last.
I pray thee then deny me not thy aide
For this same small neglect that I have made:
But haste thee strait to do me once a Pleasure,
And from thy wardrope bring thy chiefest treasure;
Not those new fangled toys, and triming slight
Which takes our late fantasticks with delight,                      
But cull those richest Robes, and gay’st attire
Which deepest Spirits, and choicest Wits desire:
I have some naked thoughts that rove about
And loudly knock to have their passage out;
And wearie of their place do only stay
Till thou hast deck’t them in thy best aray;
That so they may without suspect or fears
Fly swiftly to this fair Assembly’s ears;
Yet I had rather if I were to chuse,
Thy service in some graver subject use,                              
Such as may make thee search thy coffers round
Before thou cloath my fancy in fit sound:
Such where the deep transported mind may scare
Above the wheeling poles, and at Heav’ns dore
Look in, and see each blissful Deitie
How he before the thunderous throne doth lie,
Listening to what unshorn Apollo sings
To th’touch of golden wires, while **** brings
Immortal Nectar to her Kingly Sire:
Then passing through the Spherse of watchful fire,                  
And mistie Regions of wide air next under,
And hills of Snow and lofts of piled Thunder,
May tell at length how green-ey’d Neptune raves,
In Heav’ns defiance mustering all his waves;
Then sing of secret things that came to pass
When Beldam Nature in her cradle was;
And last of Kings and Queens and Hero’s old,
Such as the wise Demodocus once told
In solemn Songs at King Alcinous feast,
While sad Ulisses soul and all the rest                              
Are held with his melodious harmonie
In willing chains and sweet captivitie.
But fie my wandring Muse how thou dost stray!
Expectance calls thee now another way,
Thou know’st it must he now thy only bent
To keep in compass of thy Predicament:
Then quick about thy purpos’d business come,
That to the next I may resign my Roome

Then Ens is represented as Father of the Predicaments his ten
Sons, whereof the Eldest stood for Substance with his Canons,
which Ens thus speaking, explains.

Good luck befriend thee Son; for at thy birth
The Faiery Ladies daunc’t upon the hearth;                          
Thy drowsie Nurse hath sworn she did them spie
Come tripping to the Room where thou didst lie;
And sweetly singing round about thy Bed
Strew all their blessings on thy sleeping Head.
She heard them give thee this, that thou should’st still
From eyes of mortals walk invisible,
Yet there is something that doth force my fear,
For once it was my dismal hap to hear
A Sybil old, bow-bent with crooked age,
That far events full wisely could presage,
And in Times long and dark Prospective Glass
Fore-saw what future dayes should bring to pass,
Your Son, said she, (nor can you it prevent)
Shall subject be to many an Accident.
O’re all his Brethren he shall Reign as King,
Yet every one shall make him underling,
And those that cannot live from him asunder
Ungratefully shall strive to keep him under,
In worth and excellence he shall out-go them,
Yet being above them, he shall be below them;                        
From others he shall stand in need of nothing,
Yet on his Brothers shall depend for Cloathing.
To find a Foe it shall not be his hap,
And peace shall lull him in her flowry lap;
Yet shall he live in strife, and at his dore
Devouring war shall never cease to roare;
Yea it shall be his natural property
To harbour those that are at enmity.
What power, what force, what mighty spell, if not
Your learned hands, can loose this Gordian knot?                    

The next Quantity and Quality, spake in Prose, then Relation
was call’d by his Name.

Rivers arise; whether thou be the Son,
Of utmost Tweed, or Oose, or gulphie Dun,
Or Trent, who like some earth-born Giant spreads
His thirty Armes along the indented Meads,
Or sullen Mole that runneth underneath,
Or Severn swift, guilty of Maidens death,
Or Rockie Avon, or of Sedgie Lee,
Or Coaly Tine, or antient hallowed Dee,
Or Humber loud that keeps the Scythians Name,
Or Medway smooth, or Royal Towred Thame.
Esta crônica é resultado de uma conversa que eu teria com o velho companheiro de lutas Chico da Cátia. Era um companheiro de toda hora, sempre pronto a dar ajuda a quem quer que fosse. Sua viúva, a Cátia, é professora da rede pública estadual do Rio de Janeiro e ele adquiriu esse apelido devido a sua obediência a ela, pois sempre que estávamos numa reunião ou assembleia ou evento, qualquer coisa e ela dissesse "vamos embora!", o Chico obedecia, e, ao se despedir dizia: com mulher, não se discute. Apertava a mão dos amigos e partia.

Hoje, terceiro domingo do janeiro de 2015, estou cercado. Literalmente cercado. Cercado sim e cercado sem nenhum soldado armado até aos dentes tomando conta de mim. Não há sequer um helicoptero das forças armadas americanas sobrevoando o meu prédio equipado com mísseis terra-ar para exterminar-me ao menor movimento, como está acontecendo agorinha em algum lugar do oriente asiático. Estou dentro de um apartamento super ventilado, localizado próximo a uma área de reserva da mata atlântica, local extremamente confortável, mas cercado de calor por todos os lados, e devido ao precário abastecimento de água na região, sequer posso ficar tomando um banhozinho de hora em hora, pois a minha caixa d'água está pela metade. Hoje, estou tão cercado que sequer posso sair cidade a fora, batendo pernas, ou melhor, chinelos, pegar ônibus ou metrô ou BRTs e ir lá na casa daquele velho companheiro de lutas Chico da Cátia, no Morro do Falet, em Santa Tereza, para pormos as ideias em dia. É que a mulher saiu, foi para a casa da maezinha dela e como eu tinha dentista ontem, não fui também e estou em casa, cercado também pelo necessário repouso orientado pelo médico, que receitou-me cuidados com o calor devido ao dente estar aberto.

Mas, firulas à parte, lembro-me de uma conversa que tive com o Chico após a eleição do Tancredo pelo colégio eleitoral, que golpeou as DIRETAS JÁ, propostas pelo povo, na qual buscávamos entender os interesses por detrás disso, uma vez que as eleições diretas não representavam nenhuma ameaça ao Poder Burguês no Brasil, aos interesses do capital, e até pelo contrário, daria uma fachada "democrática ao país" Nessa conversa, eu e o Chico procuramos esmiuçar os segmentos da burguesia dominante no Brasil, ao contrário do conceito de "burguesia brasileira" proposto pela sociologia dos FHCs da vida. Chegamos à conclusão de que ela também se divide, tem contradições internas e nos seus embates, o setor hegemônico do capital é quem predominar. Nesse quesito nos detivemos um bom tempo debatendo, destrinçando os comportamento orgânicos do capital, e concluímos que o liberalismo, fantasiado de neo ou não, é liberal até o momento em que seus interesses são atingidos, muitas vezes por setores da própria burguesia; nesses momentos, o setor dominante, hegemônico, lança mão do que estiver ao seu alcance, seja o aparelho legislativo, o judiciário e, na falta do executivo, serve qualquer instrumento de força, como eliminação física dos seus opositores, golpe de mídia ou golpe de estado, muitas vezes por dentro dos próprios setores em disputa, como se comprovou com a morte de Tancredo Neves, de Ulisses Guimarães e de uma série de próceres da burguesia, mortos logo a seguir.

Porém, como disse, hoje estou cercado. Cercado por todos os lados, cercado até politicamente, pois os instrumentos democratizantes do meu país estão dominados pelos instrumentos fascistizantes da sociedade. É que a burguesia tem táticas bastante sutis de penetração, de corrosão do poder de seus adversários e atua de modo tão venal que é quase impossível comprovar as suas ações. Ninguém vai querer concordar comigo em que os setores corruptos da esquerda sejam "arapongas" da direita; que os "ratos" que enchem o país de ONGs, só pra sugar verbas públicas com pseudo-projetos sociais, sejam "arapongas" da direita; que os ratazanas que usam a CUT, o MST, o Movimento por Moradia, e controlam os organismos de políticas sociais do país sejam "arapongas" da direita; que os LULAS, lulista e cia, o PT, a Dilma etc, sejam a própria direita; pois do contrário, como se explica a repressão aos movimentos sociais, como se explica a criminalização das ações populares em manifestações pelo país a fora? Só vejo uma única resposta: Está fora do controle "DELLES!"

Portanto, como disse, estou cercado. Hoje, num domingo extremamente quente, com parco provimento de água, não posso mais, sequer, ir à casa do meu amigo Chico da Cátia. Ela, já está com a idade avançada, a paciência esgotada de tanto lutar por democracia, não aguenta mais sair e participar dos movimentos sociais, e eu sou obrigado a ficar no meu canto, idoso e só, pois o Chico já está "na melhor!"; não disponho mais dele para exercitar a acuidade ideológica e não me permitir ser um "maria vai com as outras" social, um alienado no meio da *****, um zé-niguém na multidão, o " boi do Raul Seixas": "Vocês que fazem parte dessa *****, que passa nos projetos do futuro..."  Por exemplo, queria conversar com ele sobre esse "CASO CHARLIE HEBDO", lá da França, em que morreu um monte de gente graças a uma charge. Mas ele objetaria; "Uma charge?!" É verdade. Não foi a charge que matou um monte de gente, não foi o jornal que matou um monte de gente, não foram os humoristas que mataram um monte de gente. Assim como na morte de Tancredo Neves e tantos membros da própria burguesia no Brasil, quem matou um monte de gente é o instrumento fascistizante da sociedade mundial, ou seja, a disputa orgânica do capital, a concorrência entre o capital ocidental e o capital oriental, que promove o racismo e vende armas, que promove a intolerância religiosa e vende armas, que promove as organizações terroristas em todo o mundo e vende armas; que vilipendia as liberdades humanas intrínsecas, pisoteia a dignidade mais elementar, como o direito à crença, como o respeito etnico, a liberdade de escolhas, as opções sexuais, e o que é pior, chama isso de LIBERDADE e comete crimes hediondos em nome da Liberdade de Imprensa, da Liberdade de Expressão,  a ponto de a ministra da justiça francesa, uma mulher, uma negra, alguém que merece respeito, ser comparada com uma macaca, e ninguém falar nada. Com toda certeza do mundo, eu e o Chico jamais seremos CHARLIE....  

SOMETIMES

Sometimes I wonder how am I suppose to
live with my anxious self
I cannot spare the sea that’s obvious
And I cannot escape from the malicious
Boredom of life
I also cannot live without my loneliness
And that is fine in some way
Because I am looking for stars in the
roads
And I only realize the full absence of stars
from the walking avenues
The sky believe what I am saying but he
insist to keep the stars on his body
like a holy tattoo
and that is fine in some way

because I certainly don’t want to see the
stars under the lost footsteps
of the avenues  forgotten pioneers
Sometimes I wonder how am I suppose
To built the ship of my destiny
How am I suppose to fit the lyrics
With my poem
Unfortunately I don’t have the answer
And this tell me that maybe I cannot
finish the ship which can take me to the
land of tomorrow
Sometimes a blind poet come into my dreams
And try to make me one of his lyrics
He realize of course that I cannot sing
and he also knows that I cannot be a poet
but he also knows that I could give

everything
if I could be the Ulisses of my life
even for a minute
if I could follow the road for my
Ithaki…  

              CHRISTOS HARATSARIS
                             POET
                     ATHENS-GREECE
Sometimes I wonder how am I suppose to
live with my anxious self
I cannot spare the sea that’s obvious
And I cannot escape from the malicious
Boredom of life
I also cannot live without my loneliness
And that is fine in some way
Because I am looking for stars in the
roads
And I only realize the full absence of stars
from the walking avenues
The sky believe what I am saying but he
insist to keep the stars on his body
like a holy tattoo
and that is fine in some way

because I certainly don’t want to see the
stars under the lost footsteps
of the avenues  forgotten pioneers
Sometimes I wonder how am I suppose
To built the ship of my destiny
How am I suppose to fit the lyrics
With my poem
Unfortunately I don’t have the answer
And this tell me that maybe I cannot
finish the ship which can take me to the
land of tomorrow
Sometimes a blind poet come into my dreams
And try to make me one of his lyrics
He realize of course that I cannot sing
and he also knows that I cannot be a poet
but he also knows that I could give

everything
if I could be the Ulisses of my life
even for a minute
if I could follow the road for my
Ithaki…  

              CHRISTOS HARATSARIS
                             POET-ARTIST PAINTER
                     ATHENS-GREECE

— The End —