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goldenhair Apr 2014
meus pés se aconchegavam entre a grama verde,
e vinda de longe, ouvia-se uma canção,
a canção do poente.
e no topo das montanhas,
o vento soprava e me dizia o mistério do mundo
a natureza cantava doce pra mim,
a maresia me trazia um sentimento novo
e me fazia nascer de novo.
De onde vens, ó andarilho?

Já não me lembro...
A tempos caminho por esta estrada
Mas não sei de onde vim

E para onde ela segue?

Também isso não sei, simplesmente continuo a caminhar...
Se me perguntas, acaso saberias o destino?

Venho da direção oposta à tua
E assim como tu, me esqueci de onde parti

Havia um menino
Que gostava de construir castelos de areia
Cada vez que construía
O vento soprava forte e desmoronava um pedaço de si

Até que um dia
restou apenas...
Areia

Havia outro menino
Que gostava de destruir castelos de areia
Cada vez que destruía
Um pedaço de si mesmo também desmoronava

Até que um dia
restou apenas...
Areia

Vagavam então pelo deserto que eles mesmos construiram
O Sol escaldante era como a sombra
A mais profunda e obscura sombra
Que queimava seus corações
e lhes cegava os olhos

Cegos e perdidos nas areias do esquecimento
Ao fim eram como um só
Caminhando em direções opostas
Carregando o mesmo destino

— The End —