perfura-me os olhos
perpétuo motor da sombra
há tempo o que move esta senda
é o regurgitar do vômito
por obsessiva garganta
de um estômago de Cronos
entremeia com violência o claro e escuro
invalida pupilas uma vez ágeis
até que Sacra Dualidade seja conjunto vazio
e nega dadas respostas e insiste
que são impossíveis questões
num antigo e ébrio laço
encerra o deísmo em ti mesmo
macromania moral macerada em fermento
que tem por Sol os teus olhos
perfura-o pois
e encerra, agora,
suserano da perspectiva