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Wörziech May 2013
Em memórias imprecisas,
encontrar-me-ei com meus pensamentos
com pensamentos…
No buscar da essência vaga do saciar de minha alma,
massivos ideais sob discórdias sufocantes preenchem minha universalmente invisível instância.
Se contrapõem de forma continua e imutável, ecos em minha mente.
Mas em um hoje não efêmero, vi através de sons metafísicos a materialização distante e não palpável de minha verdadeira ânsia: a permanência desta inexprimível e inexplicável sensação,
que indica a natureza deste equilíbrio improprio,
harmonicamente rebuscado, descolorido, ofuscado e infinito aos meus meros olhos;
Um equilíbrio puramente natural e existente, constituinte de um todo cósmico;
a associação entre os padrões naturais, a expansividade mental e a conexão que transgrede a razão aparente.
Em meu invisível, insignificante e passageiro momento perante tal, idealizo me aproximar, mesmo que infimamente, dessa transcendência, desse puro conhecimento, da distante e inalcançável verdade.
Mistico 4h
sono se impõe, mais vigoroso que a ânsia de escrever,
Fecho os olhos e, sem esforço, as palavras emergem,
Tão naturais quanto a vontade que delas se desprende,
Até que, inesperado, o sono se anuncia.

Anjos admiráveis adornam o etéreo sonhar,
Mas eis que o desejo de um devaneio sublime
Dissolve-se na neblina do nada,
E o sonho se faz ausência.

Por que então dormir, se não é o sonho que nos move?
Não repousamos pelo anseio de visões encantadas,
Mas pela exigência do corpo,
Que anseia pelo renascer dos sentidos,
Para que, ao despertar, sejamos inteiros.

E quando, por fim, o sono nos envolve,
Toda inquietação silencia,
As palavras se desfazem em murmúrios vãos,
E o tempo nos conduz, inevitável, à aurora.

— The End —