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Victor Marques Jun 2013
Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe,
Carinho eterno que Cepães por ti nutre,
Pomposa e Mãe celestial,
Rainha dos verdes campos em igual….

Gente simples que trabalha na agricultura,
Os proteges com leveza e doçura.
Tua devoção serena como a natureza,
O trabalho campestre tem nobreza.

Por ti Senhora com enorme devoção,
Apareceste no México ao pobre João,
Tudo no mundo é obra do nosso Deus,
Terra impar de filhos teus…

Aqui em Cepães tens um naturalista com amor,
Um pároco amigo e Bem feitor,
Passeia com alegria pelas vinhas do Senhor,
E labuta por ti Senhora com mestria e valor.

Victor Marques
Cepães, 3 de Junho de 2013
Mafe Oct 2012
"Uma corte recheada de incertezas.
Diz o mestre:
- A todos vocês condeno essas correntes ventrais.
Condeno essa pressão cardíaca, essa confusão mental.
Não desejeis vós que o sentimento profundo lhes fosse concedido?
E quem há de me jurar que com ele não viria tremenda descordenação,
tremendo derrocamento?
Ouçam o bardo correndo louco entre as paredes de pedra.
Ouçam o gondoleiro, barcarolando as canções de amor.
Ouçam o basbaque som dos encantados,
os afeiçoados e doados de coração.
Eis a verdade, corte, corte de sentimentos.
Jaz aqui o vento que me tragou a esta ilusão.
Gritam altissonantes os mares,
arriscai-vos corações,
antes que o mar os leve a vossos esquifes,
antes que seja muito tarde para arriscar.
Porém que seja espúrioso o vosso amor.
Pois é sentimento que se perde em lamentações,
e para vive-lo, arriscar é necessário, não aja com esquivança,
uma vez entrelaçado, o amor é mais que a promessa,
é a eternidade, é um fado, é um facho,
é imensurável,
é imane,
é ilibado,
insinuante sinal de maravilhas,
ofusca os olhos de quem sente,
faz plenitude e traz saudade a quem não tem,
mas ainda sim muito além,
é uma reta paralela, e dele deve ser padrinho em solenidade,
é um pardieiro implorando piedade, e nós somos a reconstrução.
Então amem corte, mas paguem o preço,
na labuta e na luta,
pois o amor é um mestiço, meio amargo, meio doce,
mas é nato em perfeição."
Victor Marques Sep 2013
Dedicado ao Ilustre, reverendo Padre Bernardo.

Um culto de saber apurado que labuta e explica na perfeição: o amor de todos nós pela nossa terra. Estou grato e este poema será pouco para dedicar a tão nobre Carrazedense.

Nascemos todos nesta terra linda e singular,
Janela aberta para Douro e Tua comtemplar.
Xisto, granito e terras de areia,
Grito de gente plebeia.

Todos sentem com alma e coração,
A Deus excelsa gratidão.
Planalto que tão bem ficas assim,
Musgo, fetos e alecrim.

Macieiras e as figueiras centenárias se adaptam em harmonia,
Vinhas e oliveiras bafejadas pelo sol de meio-dia.
Pastores que gostam das giestas, dos lameiros esverdeados,
Carrazeda e seus antepassados.

Victor Marques
Victor Marques Jul 2012
O amor em Paris

O sol põe-se no Horizonte,
Eu bebo água em fresca fonte,
Eu com amor e leve doçura,
Ando á tua procura.

As pessoas transformam situações,
Mudam-se caras e até corações.
Neste mundo que tanto se labuta,
Se ama quem nos escuta.

Viver a vida como um existencialista,
Ser poeta, sentir amor, ser fadista.
Ter uma saudade que nos gratifica,
Ter amor, que coisa bonita…!

Por amor estou em Paris,
Sou alegre e feliz,
A felicidade é sempre plena,
Quando se está com quem se ama.


Victor Marques
Victor Marques Sep 2020
Me levanto sem hora marcada,
Colhendo uvas maduras
Pela natureza abençoada.
Deus no seu trono divino,
Amou o homem e o vinho.

Cepas tortas coloridas pelo tórrido sol doridas,
O homem labuta com destreza,
Vivendo com alegria e
Tristeza.

Passando pelo Douro com Deus imaculado,
Vejo o socalco consagrado.
Ama o mundo, o vinho,
Deus e o fado.

Victor Marques
Vinho, Deus.

— The End —