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Wörziech May 2013
Salgadas foram as gotas caídas em um plano liso e infinito. Um terreno sombrio, desconhecido, no qual meus sons foram abafados e reprimidos em exatos instantes por mim vividos de plenitude e silêncio incalculáveis, desconectados de qualquer linha cronológica pensável. Porções muito densas de um líquido que levava em si, vida e morte. Naquele terreno indescritível, iam se acoplando as gotas que de mim pareciam sair. Inicialmente desarmonizadas, logo que fui anexado àquele universo caótico, vi aquelas gotas, que em mim causavam muito temor, se arranjarem de tal forma que eu pude distinguir dois círculos. Globos na verdade. Eram, no inicio, desfocados, sem cores e sem brilho, mas ao som de um grande ruído, eu pude, de todas as perspectivas, ver, ouvir e sentir uma implosão de existência do meu próprio eu, uma implosão que transformou aqueles pequenos desencorajados globos em grandiosas esferas reluzentes, ardentes em chamas verdes, de beleza e espiritualidade que eu ou qualquer outro jamais poderá representar por via de meras palavras. Neste foi o instante em que eu perdi a capacidade de distinguir como bem estava acostumado e, o que passava a ser, agora, era uma chama somente; uma chama que lentamente me consumiu por completo, fazendo-me parte dela. Neste vagaroso instante eu consegui assimilar que, aos poucos, tudo o que eu passava a sentir, era ela. Tudo o que eu via, era ela. Tudo o que eu era, era ela.  E, dando continuidade a sua essência, acabou por consumir também todas as constelações, todos os planetas, abrangendo sistemas solares, galáxias inteiras, mas sem se esquecer de qualquer fragmento, pequenino ou grande; ao consumir todos eles, como se em um lapso atemporal, eu pude ver, agora de outra forma, o processo reverso ao daquele que eu acabara de descrever. Fui guiado suavemente, mas com uma velocidade igual à de cargas elétricas gerando e configurando pensamentos; de uma forma indescritível, sendo levado para uma linha tênue e tremida no horizonte; conhecia todos os corpos celestes pelos quais passava. Via a vida nascendo em planetas e bilhões de anos sendo contados, de formas e linguagens variadas, nos calendários daqueles que neles viviam. Chegando mais próximo daquela linha, por mim tida como infinita, tudo passava a ter uma textura esplêndida, gerando uma vibração de cores frias, agradáveis e aconchegantes. Mal pude perceber quando me perdi deste instante. Foi como em um segundo perpétuo e duradouro. Ao seu fim, o abrir de minhas pálpebras revelaram a mim um olhar surreal. Como em uma sequência de slides, eu vi pupilas sendo dilatas, servindo-me com uma cor suave indescritível, olhos que, como se em chamas, provocavam em si próprios, oscilações de cores, contraste e brilho. Olhos transcendentais e onipresentes, não pertencentes ao meu mundo, mas ao contrário, o meu ser, prazerosamente entregue a eles. Olhos para além da vida ou da morte, que carregam em si o meu eu e o todo mais.
Erick Ramos Mar 2019
Quetzalcoatl, un hombre, o serpiente?
Cuál es el punto de vivir al frente?
Abandonado por una madre, Chimalma,
Un río se lo llevó con calma.

Persona sabía, animal feroz
Déjate ser guiado por su voz.
Toma un trago del suave neutle
Por el Golfo de México, alejate.

Sumergido por siempre
Renace como el mañana
Quetzalcoatl quiere decir
Serpiente emplumada.

Adoptado por los mayas,
Kukulcan, o Votan,
Cargado por chinampas
Que con el tiempo se agotan.

Su nombre real
Lo encontrarás al final,
Una profecía que habla
De la gran Tenichtitlan.

El es sabio, y astuto
Sabe las respuestas, y punto.
De la tierra al panteón,
En la estrella de Venus se convirtió.

Ixtacmixcoatl,
La galaxia infinita,
Salpicada de piedras preciosas,
Que con diamantes acosas.

Una escultura en tu honor creada
Serpiente con penacho,
Con garras de Jaguar,
Hermoso y diferente.

No tendrás ningún igual.
The culture behind this poem is simple and savage, but full of beauty in every sense possible. Nomas ve y pregúntale a los dioses en el panteón.
MÁFV Jan 2019
Mi recuerdo de varias lunas, de varios ayeres
Donde las aulas eran cunas y los maestros las mujeres
Promesas de vida que presumían permanencia, la vida en ciencia
Obstinadamente forjado, añicos hice creencia tras vivencia

Aquellos años donde la vida era sencilla y sin penas a pagar
Crecer fue caminar en la orilla, cenas con agua de mar
Incongruentes lecciones, incoherentes pensamientos
En cuantas secciones fallar, inherentes lamentos

Me busco para al fin nacer y darme definición
Mi plena consciencia puesta en este mundo
Tuve que creer y luego no, esa fue la elección
No quiero ser guiado más, ni un segundo
No terminado

— The End —