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Juliet R Jun 2014
Escrevo numa língua frágil
As mágoas que me vão cá dentro:
As que me assombram as noites
E atormentam os dias
Reaproveito essas mágoas e
Transformo-as em desejos puros
De felicidade inalcançável

Poemas inúteis
Que não correspondem à realidade
Procuro infinitamente algo que substitua
A felicidade inencontrável
E ingrata que não se deixa encontrar
Retiro as vendas fingidas e tingidas de lágrimas
Os meus olhos bem abertos com nada se deparam.

Fala-me como bonito é o amor
Sem nada esconder,
Mostra até os defeitos
Que toda a gente deixa esconder
Não ignores qualquer pedaço ingrato
Consequência dramática
Ou até episódio trágico.

Não deixes que sorriem disto
Sofrimento não é piada
Nem medo ou nervosismo
É número de circo
Tudo o que eu sinto é um puro espetáculo
De sentimentos e emoções
E é inassistível, proibido ao público

Não quero ver destruída
Esta louca paixão descomedida
Que tenho pela descoberta do contentamento
Remata-me com as tuas inequívocas
De como te pertenço
Dessa verdade que vem do coração
E que rompe a tua alma
Inspiration of the day. In portuguese.

— The End —