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Krusty Aranda Oct 2016
La vida se me va en las caladas que le das a tu tabaco
Con el fuego me consumo y en humo renazco para desvanecerme con el viento
Atrás queda tan sólo mi perfume oxidado y rancio, impregnando tu ropa y tu cabello
En tu boca se guarda mi último aliento, pesado y asfixiante
En la ***** de tus dedos queda mi cuerpo moribundo, lentamente tornándose en cenizas
Llenas de mi tus pulmones y me expulsas nuevamente con delicada violencia
No reparas en pensar en la última bocanada de disforme humo antes de llevar de nuevo la colilla ahumada a tus labios
El filtro del tabaco no evita que me vaya en él
Tóxica existencia que te fumas en minutos
Y de nuevo yazco entre tus dedos, consumido por completo por el fuego de tu desamor, listo para ser desechado en mi mundana sepultura
De una nueva cajetilla sale un inmaculado cigarrillo
Matthieu Martin Jul 2015
A chuva cai, o corpo esfria.
A neblina sobe ao cair do dia
O vento nos carrega, sem norte
a vida nos entrega à nossa própria sorte.

Sozinhos no mar,
Meu rosto disforme encontrou o seu
O enigma daquele olhar entreaberto como uma porta
fumei um pouco do amarelo, bebi um gole de azul

Minha mente anoiteceu verde de alegria e
meus olhos vermelhos como a lua cheia
daquele dia

O sol fugiu pra um céu estrelado
deixou você  ao meu lado
e quando voltou nos encontrou
dançando na chuva
Vede o que fazem à minha amada Nação:
Entregue, sem pejo, à ganância vil da burguesia,
Que rouba ao povo o sonho e a ambição,
Mergulhando-o num eterno mar de apatia e agonia.

E eis que uma ***** disforme se levanta,
Dos jardins sombrios da dor e da servidão,
Onde o corpo se dobra e a mente se espanta,
Na esperança febril de uma nova revolução.

Os bons de que falava Camões,
Esses padecem de uma dor implacável,
Humilhados, esmagados pelos patrões —
O quinhão é escasso, o operário descartável.

Neste povo ardem infinitas paixões,
Calejadas por um labor quase servil e inexplicável.
E tu, quem és para ditar-me sermões,
Tu, que apagaste um fulgor outrora inabalável?

Quando a tua hora chegar — e há de chegar —,
Verás tombar os lacaios, os servos e os escravos,
E das cinzas um novo Portugal há de brotar,
Pois não há grilhões que vençam o fogo dos bravos.

De pança cheia e a boca metida no polegar,
Fitam, com desdém, este povo em farrapos,
Os vilões da História, prontos a tragar,
O sangue que rega o vermelho destes cravos.

Que lá do alto ressoe, por fim, o clamor da nossa união,
No eco altivo do trabalho que ergue a esperança,
E finde-se a eterna sombra da opressão,
Pois só do amor e da garra germina a mudança.

E, prostrado, fatigado, mas de punho erguido e cerrado,
Grito, em brado inflamado: — Viva a Revolução!

— The End —