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Como um quadro pintado em abstrato,
Assim descrevo a paisagem que hoje piso,
Não tenho duvidas, nem temo as certezas,
O melhor do caminho, guardo eu comigo!

Secretamente, abriu-se a porta, pelas mãos suaves,
De um corpo penetrante, dirigido pelo olhar amarrado,
Nas pernas se sentiu o gosto, de um paço apressado,
Rumando certeiramente, a favor daquilo que amava!

Nunca, nunca deixou de ser teu, apenas temeu,
Temeu não ser para ti e se fez homem quando te viu,
Viu-te sorrir profundamente, na primeira vez que chegas-te,
Percebendo logo, que chegou também o amor que procura-te!

E assim que pedras tenha o mar,
Que muita chuva mesmo, caia do ar,
Que os raios de trovão, ecoem pelos céus,
E os terramotos, abalem toda a terra!

Mas nunca mais eu quero ver-te distante,
Chamar-te e não me ouvires,
Sorrir e não poder, ser por ti!
Se pude amar-te, que agora, seja sempre!

Autor: António Benigno
Para ti Liliana Patrícia.
Código de autor: 2013.07.20.02.06
Marco Raimondi Sep 2017
Pelo alvo deserto vão, me atrevo
Com passos vazios e rigidez emudecida
Caminho à livre esperança aquecida
Sem umbras derradeiras de vil enlevo

Nestas escassas palavras que descrevo
Aflijo, na natureza selvaticamente esvaída,
O brado ofego da moribunda esquecida
Cruzando-me os dentes o férrico sangue e doloroso arquejo

Ante os olhos que se chegam em céu vasto,
O silêncio zune, norteia-me, arrasto
E completo minhas vistas com negrumes vários

Deserto! Deserto! Das sombras, sóis filho nefasto,
Por eternidades, quais d'aurora me afasto
A vós enterneço meu desgarro solitário
Nota ao uso do pronome da segunda pessoa do plural: figura de silepse a fim de conotar "vastidão" ao referir-se ao(s) deserto(s).
Lost Indeed Jan 9
Eu nunca escrevi tanto,
Eu nunca orei tanto,
Eu nunca sorri tanto.
Acho que nunca vivi tanto
Quanto eu vivo com você.

As paredes do meu quarto nunca fizeram tanto sentido
Como fazem quando olho para elas pensando em você.
De músicas românticas, meu fone está sempre sortido,
E o relógio nunca passou tão devagar como quando quero te ver.

O sol agora aquece minha alma,
E toda noite a lua de amor de aula.
As estrelas escutam atentas enquanto descrevo seu olhar,
E os astros agora invejam um homem solitário que aprendeu a amar.
ForI
Lost Indeed Dec 2024
Meu lápis só funciona se for para desenhar o seu rosto.
Meu celular só liga se for o seu número.
Minhas noites só têm sonhos se eles contêm você.
Minha poesia só funciona pensando em seu sorriso.

Você me desconectou da minha alma
E a fez de refém,
Guardando em suas palavras a calma
Que meu coração não vive sem.

Eu conhecia ritmos dos quais eu saía a cantar.
Depois de conhecer o seu sorriso, nenhuma é capaz de acompanhar.
Tenho escrito poemas para gastar essa paixão,
Mas, a cada verso que descrevo, caio mais fundo em sua mão.
ForI

— The End —