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Victor Marques Aug 2010
A flor colorida

Não te dou sandálias para caminhar,
Suspiros de embalar,
Horizonte sempre apaixonado,
Afecto bem guardado.



Ai a neve branca da montanha,
Carinho nobre e desmedido,
Amor descomprometido,
Desejo rejuvenescido.


Caminhar sobre o mar,
Barquinho com velas sem navegar,
Amor eterno como o paraíso,
Dar um beijo, um sorriso.


O céu está estrelado,
Carícias do passado,
Primavera sempre envaidecida,
Flor florida….

Victor Marques
Do alto do paradoxo o ***** vulto
Fragmenta-se no íntimo degredo do mundo
Com as infinitas verdades em harpejo moribundo
Fatal elegia de seu insano culto!

Animando aforismos de discórdia
Ei-la que passa, sem sentido minha vida
Sorvendo o caminho sem misericórdia
Bruxa do acaso incompreendida!

Como um barquinho de papel a naufragar
Meu indignado resquício de ilusão
Afogando o meu último indagar
Dentro de meu despedaçado coração!

Quimeras do assombro, deixai-me quieto!
Debalde me ultrajas. Mas eu sou o eterno vão
No silêncio do meu infinito dialeto
Atado aos pés da desolação!

Vós cantais da ingratidão a sinfonia
E de todas as reflexões se enfastia!
Mas eu sou supremo, a derradeira imagem
Unida ao precipício da palavra sem origem!

— The End —