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Victor Marques Aug 2010
A flor colorida

Não te dou sandálias para caminhar,
Suspiros de embalar,
Horizonte sempre apaixonado,
Afecto bem guardado.



Ai a neve branca da montanha,
Carinho nobre e desmedido,
Amor descomprometido,
Desejo rejuvenescido.


Caminhar sobre o mar,
Barquinho com velas sem navegar,
Amor eterno como o paraíso,
Dar um beijo, um sorriso.


O céu está estrelado,
Carícias do passado,
Primavera sempre envaidecida,
Flor florida….

Victor Marques
Othon Dec 2024
Do alto do paradoxo, o ***** vulto
Se parte em sombras num degredo oculto,
Trazendo harpejos de verdades vãs —
Elegia fatal de cultos e manhãs.

Invoca aforismos de amarga discórdia,
E passa, impiedosa, a vida sem glória,
Sorvendo caminhos sem paz nem memória —
Bruxa do acaso, em trágica história!

Como um barquinho de papel a afundar,
Vai-se a ilusão que eu tentei resguardar,
Afoga-se o último gesto a indagar
Nos restos do peito que ousou amar.

Ó quimeras do assombro, deixai-me em vão!
Cansado, resisto na escuridão,
Sou vão eterno, um eco em dialeto,
Preso aos grilhões do silêncio inquieto.

Cantais a ingratidão como harmonia,
Enfada-vos a mais sutil poesia —
Mas eu sou supremo, imagem final,
No abismo sem nome, verbo sem sinal!

— The End —