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Julia Jaros Nov 2016
Era uma partícula minuscula
Germinando numa rústica cúpula
Simpática, foi alimentada
Mas nada a agradava.

Cresceu, virou espada
Violenta, sem controle
Nada a parava
Da cúpula se libertara.

Derrotou amores
Explodiu sem cores
Não era bonita, sem sabores
Mas via-se como uma pepita de flores.
Luís Jul 2017
Delicada sua pele,
Como pétalas de uma papoila
Graciosamente penso
Penso em vales e montanhas
Que na minha mente insana se compila
Pois o que anda à chuva sempre emperra
E eu, ando sempre encharcado
Encharcado por gostos amargurados
seco por cheiros esquecidos
Pois é tudo o que a minha mente sente
Sente ou sentia
Pois mais nada sou
Assim me liberto
Libertando-me de algo que não me prendia
pois ando ao luar incerto
E é assim a viver a vida ansiosamente para não chegar outro dia.
ren Oct 3
Ele está em uma sala vazia,
toda em branco, como uma tela,
ele mantém a porta aberta,
esperando ansiosamente
pelo momento em que alguém
vai entrar, e o ajudar a pintar.

Lindos tons de azul e verde
é como ele quer as paredes.
Mas todo mundo que entra,
sai sem nem começar.

Ele não consegue pintar
uma sala inteira sozinho,
precisa de ajuda.
O garoto vê o tamanho,
e nem tenta começar.

Cansado disso,
ele fecha a porta,
decide que para sempre vai morar
em uma sala vazia,
em uma tela em branco.

— The End —