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Victor Marques Jan 2012
O Meu Eu

Imperativamente condicionado pelo meu eu,
Tempestade arrebatadora de meu imbróglio,
Sonetos de Inverno a óleo,
Inconstância que não magoa, mas adoeceu.

Incansavelmente ser perene,
Sustentado com a nostalgia,
Navio sem proa nem leme,
Rebento de tristeza e alegria.

Cortejado em corte divinal,
Infortúnio é sempre fatal,
Pintura lastimável de um grande pintor,
Estigma do meu eu multicolor.


Victor Marques

— The End —