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Rui Serra Jul 2014
Um apontar de armas
Os Deuses
Clamam sacrifícios
A vítima
Conseguiu escapar
Dionísio
Clama por vingança
Orgias
Sob a cúpula dourada
Os festins continuam
Assim como a megera
Continua a olhar a lua
Rui Serra Sep 2015
corre a brisa suave
é tarde na aldeia
ouço uma colcheia
vem do fundo da cave
é noite de lua cheia
olho então em redor
pessoas passam aqui
jovens a comer cáqui
um futuro promissor
nada de Nagasáqui
Rui Serra May 2014
Parto como o vento
Sigo estrada fora
Estou a milhas de casa
Vou moribundo
O meu nome nada significa
Estou sem sono
Na velha rua vazia ninguém para ver
O poeta está acabado
A sombra do vagabundo rasteja
Nada tem a perder
No olhar melancólico
A ânsia de viver.
pai
Rui Serra Jul 2014
pai
Escuta meu pai este segredo,
que hoje eu te vou contar,
quando vou p'rá cama à noite
e em ti me ponho a pensar.

Passaram anos desde o dia,
que me viste pela primeira vez,
desde então tens-me ensinado,
a ser aquilo que tu és.

Tenho aprendido o que posso,
nem tudo aprendi, paciência,
mas espero em mim ter retido,
o que me ensinas-te com veemência.

Tenho hoje uma linda filha,
a quem espero poder dar,
tudo aquilo que tu me deste,
só assim te posso pagar.

Não à palavras que descrevam,
o que este teu filho gosta de ti.
Se ao leres isto te emocionares,
não chores, mas sim, meu pai RI.
Rui Serra Aug 2015
palavras
                 c
d i s p e r s a s
                 i
                d
                a
                s

no

     v
        a
          z
            i
              o

palavras minhas
palavras tuas
palavras nossas



PALAVRAS
Rui Serra Oct 2014
absinto

licor do entorpecimento
que tolda a mente

anestesia barata
para os males do mundo

e... que te faz soltar
palavras feias

ah! cegueira
que te joga ao fundo

ah! dor
que te faz crescer

ah! amor
que não sabes viver
Rui Serra Jun 2015
às vezes pergunto por que motivo
tu partes de mim quando entardece,
e digo às minhas esperanças e sonhos,
que nem tudo o que acontece é o que parece.

a vida às vezes pode ser um borrão,
as emoções podem-nos toldar,
às vezes escrevo para ti horas a fio,
quando preciso deixar o meu coração sarar.

o tempo fará esquecer o passado,
esta tristeza que se espalha em mim,
como os lírios à tona de um lago,
numa manhã vestida de carmesim.

o final do dia trará novas alegrias,
e embora eu sonhe acordado,
tenho em mim plena consciência,
de que preciso de ti ao meu lado.

e até que eu volte a escrever para ti amanhã,
lembra-te,
tu és toda a minha alegria, dor e tristeza.
Rui Serra Mar 2015
para te ter
pensei um dia
mudar os hábitos
e a alegria
a forma de ser e estar
desobedecer-me sem pensar

para te ter
perdia amigos
enterrava os planos
em jazigos
esquecia como é bom sonhar
só para ao teu lado poder estar

mas...

então descobri um dia
que para te ter basta ser
Rui Serra Apr 2015
história
amargas mentiras retorcidas
melancolia

luas e sóis
esperanças

lágrimas

porque me rio?

podes atirar-me palavras
podes subjugar-me com os olhos
podes matar-me de ódio

é a minha sensualidade que te incomoda?

cabanas de vergonha
sobre um oceano *****
deslizam na maré

deixo para trás a noite
o terror

levanto-me
neste maravilhoso amanhecer

no declínio dos meus ancestrais
elevam-se as esperanças do escravo

e sonho
e parto
Rui Serra Apr 2014
Leve é a pena
que em minha mão sustenho
Poeta
Escritor
Visionário de outro além
profecias
concretização
miragens de outros tempos
passado.
Rui Serra Feb 2015
vou nostálgico
por entre nuvens de abetos
Rui Serra Jul 2014
O cavaleiro seguia pela
orla da floresta.
A lamina da salvação
brilhava ao ser beijada
pelo sol.
A mulher!
A mulher foi assassinada
imprudência.
Um tilintar de copos
Uma azafama infernal
Rui Serra Mar 2015
pode um imortal
morrer de amor?
e viver
nas palavras intemporais?

mesclemos pois,
vida e morte
e na dualidade
tornemo-nos unos
por amor
Rui Serra Sep 2015
oiço
ao longe
sobre o mar

sons

aviso
noite

perdi-me no caminho
da minha mente

esperança

gemidos de guerra
percorrem espaços passados

olho o céu
que arde no calor da noite
no ponto de não retorno
Rui Serra Aug 2015
por ti eu choro...
por ti eu morro...
por ti eu vivo...

sinto as lágrimas sobre o meu rosto.
sinto as lágrimas que me fazem morrer sozinho.
sinto a escuridão dentro de mim.

ninguém me entende...
eu não me entendo...

o tempo é vazio!

eu choro
mas ninguém vê o meu sofrimento.
eu morro
mas ninguém nota a minha falta.
eu vivo
para que tu vivas em mim.
Rui Serra Sep 2015
exilado em mim
busco a luz,
um sinal.
sob a incessante chuva
vou mais além
abro os portões

oh misteriosa dama
faz-me voar pela noite fria

vamos eu e tu
vamos vaguear por entre os relâmpagos
vamos juntos
libertar as almas atormentadas
nesta noite que não mais tem fim.
Rui Serra Aug 2015
mergulho no vazio do abismo,
na solidão que se esconde nesta viela.

vagueio pelas sombras da noite
e tropeço no frio que irradia
das silhuetas de um novo dia.

procuro a esperança ao virar da esquina.

procuro na ilusão
esta minha condição
o desejo de recomeçar
a alegria de procurar
o que se esconde na avenida
neste destino incerto que é a vida.
Rui Serra Sep 2015
procuro na noite
uma silhueta
que se esconde

procuro na noite
o sentido
que me ofusca a mente

procuro na noite
a essência
do meu ser imaginário

escondo da noite
este meu lado sombrio
esta sina traçada
por uma cigana amaldiçoada
Rui Serra Jan 2014
Somos seres de voluptuosas paixões,
vultos que pranteiam na escuridão,
presos nas trevas obscuras desta prisão,
pela tristeza que inunda os nossos corações.

Nossas almas repletas de ilusões,
vagueiam pelas sombras da solidão,
na procura incessante da razão,
esquecida num mundo de maldições.

São lágrimas negras, vertidas,
que em fel são convertidas,
e rolam por uma face triste.

De traje lúgubre e sombrio,
vivendo num mundo ***** e frio,
um mundo utópico que não existe.
Rui Serra Jul 2015
eu quero ir,
ir para longe
para qualquer lugar
agora

eu quero fugir,
fugir da realidade
que me aprisiona
agora

eu quero escapar,
escapar de tudo
aquilo que me envolve
agora

fecho os olhos,
a brisa afaga-me o rosto
e as lágrimas rolam
vertiginosas

tranquilidade

acordo
foi tudo um sonho
ainda aqui estou
manchado de lágrimas

e as cicatrizes permanecem
Rui Serra Aug 2015
todos os dias da minha
vida eu volto a apaixonar-me por ti.
faço-o com gosto.
e quero continuar,
assim,
dia após dia,
todos os dias da minha vida.
não te quero ver chorar.
quero-te perto de mim,
assim,
bem juntinhos.
quero-te junto a mim,
assim,
lado a lado,
a percorrer o mesmo caminho.
simplesmente,
quero-te,
para te poder AMAR.
Rui Serra Feb 2015
eu quero sussurrar miséria
no lóbulo interior do teu eu

eu quero fazer crepitar o fogo
e voar para fora das amarras que me detêm

eu quero ver os teus olhos castanhos
que deixam manchas na alcatifa
das lágrimas que se desprendem da tua face

eu quero ver o teu eu!
Rui Serra Jul 2014
Corpos moribundos arrastam-se por entre as sombras de débeis humanos, raios de sol atravessam cérebros putrificados pelo perecer das eras. O caos havia chegado, campos arrasados, mostravam-se nus e tristes, mas tudo isto é uma quimera e a felicidade manter-se-á eterna.
Rui Serra Feb 2014
Momento efémero
Ondas de oiro
Suave no toque
Leveza insustentável
Quimera
Noite
Sangue de veludo
Ocultas-te
Para te poderes encontrar
E fazes de um não o valor da vida
Rui Serra Aug 2015
o ciclo fecha-se
um novo princípio
uma nova oportunidade
recomeçar
o sol não será mais o mesmo
será
       mais luminoso
       mais brilhante
       mais acolhedor
é um novo princípio
aqui se inicia o caminho.
Rui Serra Jan 2015
sou um espelho antigo

frio . vazio . sombrio

como um túmulo

sobre a lareira
domino o quarto

vejo lá fora
as flores e árvores
do teu jardim

há dias em que sinto o vento

vejo-te à noite a pentear
os teus sedosos cabelos

vejo-te à noite a acariciar
os teus voluptuosos seios

fazes amor no reflexo da minha existência

eu sou imortal
nunca minto

eu serei o único
que lá vai estar, no teu quarto
até que definhes

e aí
dar-te-ei as minhas memórias

será muito, muito difícil para mim,
quando já não houver nada para refletir
Rui Serra Apr 2014
Reparei agora
algo existe
para além de ti
para além do teu ser
cadáveres moribundos
danças ofegantes
rituais
procura
choro
desmaio
loucura
será que existes
ou é pura imaginação
talvez um dia
reencontro com a lua
vontade de amar
sim
não
abstracção
em frente
uma só finalidade
Felicidade.
Rui Serra Jul 2014
Naquela tarde segui, embriagado, rumo ao esquecimento. E esqueci-me do mundo lá fora. O ruído era intenso. O medo era grande. Mas o meu mundo privado parou, por uns momentos, no mesmo lugar, naquele lugar onde, um dia, resolvi seguir os rituais da natureza...
Rui Serra Jan 2015
deambulo pela rua
à procura da razão
desse amor que me trucida
que me trespassa o coração.

dou comigo perdido
em estradas sem saída
em caminhos cruzados
nas ruas da minha vida.

empedrados já gastos
por uma grande ilusão
pelas vidas passadas
por quem se esconde da solidão.

tanta amargura há em mim
que agora já não tem cura
e sem destino nenhum
parto rumo à aventura.
se
Rui Serra Apr 2014
se
Destino,
Sem rumo
Ando à Deriva
Noites,
Gélidas
Na essência do ser
Procuro,
O meu caminho
na bússola da vida.
Rui Serra Aug 2015
sinto
que me olhas

sentes desprezo
sentes ódio

sinto-te
a olhar

um olhar estranho

no espelho reflectido
um sorriso tosco
despreza-me

o que se esconde aí?
profundos segredos sombrios
Rui Serra Apr 2015
o vento fazia o pó levantar.
de olhar maduro,
óculos de protecção,
casaco preto e chapéu,
ao peito um medalhão.
ele era um rapaz nobre.
nunca se tinha visto ninguém como ele.
que segredos antigos estavam à espreita?
e ali estava ele,
flutuando na magia da brisa.
ao peito a mais perfeita arma de julgamento.
cano curto.
o segredo fora revelado,
e o carrasco chegava para mim.
com uma intenção maravilhosa de assassino malicioso,
Spyglass olhou-me nos olhos
e senti o vento no meu cabelo.
flashes de fogo na calada da noite.
a maravilhosa máquina de sua majestade.
gritei: "semeador de chumbo".
o sangue, escuro, corria, mortal.
Rui Serra Jul 2014
Por entre a brisa, de uma manhã húmida, vozes de desespero ecoam nos céus da esperança, ao raiar um novo dia. Cisnes brancos banham-se nas lágrimas vertidas pelo homem, em prol da sua felicidade. O vento sopra, por entre gotas de água, e as sublimes árvores deixam andar ao sabor do vento suas copas.
Rui Serra Jan 2014
No limiar do momento, minha alma demente vagueia, e sinto a angústia de não ter algo que necessito para viver.
A amizade que dois amigos podem ter, aquele sentimento profundo e dócil que tem de ser recíproco; e que se quem o dá, o não recebe, sente-se vassalo da solidão e perde-se no tempo.
Palavras profundas deambulam ao sabor do vento, ao encontro de quimeras já distantes.
Vem amigo dá-me a tua mão.
Rui Serra Apr 2014
AGORA
que partis-te a explorar o deserto e eu fiquei só
AGORA
que partis-te em procura do rapaz de preto
Sento-me
neste quarto
onde só
me restam paredes,
e oiço o tráfego
lá fora
O teu fantasma
imagem de um outro tempo
persegue-me por todos os lados
Deixa-me num sono profundo
Deixa-me
para poder escrever poesia
e libertar as pessoas dos seus limites
Já agora
atravessa para o outro lado
transpõe a porta
o Patrão espera-te.
Não te resta muito tempo que a viagem é longa.
ser
Rui Serra Feb 2014
ser
E no infinito do teu ser, oiço murmúrios de uma voz magoada, no meio de um silêncio puro e perfeito.
Lábios sedentos de um beijo, olham-me cegos do meu ser, e minha alma perdida na nostalgia de uma noite invernosa caminha para junto do teu eu.
E junto à relva eu me encontrei, a ouvir os murmúrios de um ribeiro, e a pensar nos teus olhos cor de violeta como estrelas, na tua face terna e suave e nos teus cabelos de oiro fino que brilham ao luar de uma noite que encerra grandes mistérios.
Rui Serra Jul 2015
não vês
não ouves
este meu sentimento cego

não vês
não ouves
esta paixão ardente

não vês
não ouves
esta minha dependência

não vês
não ouves
esta minha dor

não sentes
este meu pesar.
Rui Serra Jul 2014
Miúda
será que me amas?

Penso que sim.
Eu sabia
que acabavas por me amar

Vem até mim
querida
toca-me
sente o meu corpo
anda
vamos
brinca comigo
diverte-te,
ou serei assim
Rui Serra Mar 2014
Percorro todo o vazio
Afago as mágoas
Ao sabor de um gin
Sorrio-te à socapa
E beijo-te
E tu?
Serás feliz?
Rui Serra Apr 2014
Sigo
Moribundo
neste estranho Mundo velho
Levo
Um sonho
Uma guitarra,
e este livrinho de orações.
Rui Serra Jan 2014
Percorro a cidade sem nome
por entre a multidão
à procura de . . .
Sem rosto nem emoção
Transponho o muro e caio no abismo
percorro as vielas sem rumo nem destino
Abalo entoando uma canção de corpo pendente
Possuído pela sombra do vício presente.
Rui Serra Jan 2014
Só, navego num oceano vazio. Com ela, mergulho no meu mais íntimo e sigo em frente. Descubro o meu eu, e recordo dias passados, onde a alegria brotava em mim, como a seiva brota do pinheiro.
Numa noite de trovoada em que tinha por companheiro o vento, perdi-me. Se me voltar a encontrar serei de novo feliz.
Rui Serra Mar 2014
Sento-me

Dia e noite
O vento sopra lá fora
Velhas árvores expiam-me
Folhas caídas, mortas
A relva
Manto de veludo verde
Sento-me

Nesta cama
Baú de mil sonhos
Uma leve melodia
Paira no ar
Sento-me

Somente comigo
E penso
Quão diferentes
As coisas poderiam ser.
Rui Serra Jun 2014
Perdido na tristeza,
afogo as mágoas
na solidão dum Gin.
E penso em ti.
Rui Serra Jul 2014
Ainda hoje
Segui o atalho
rumo ao além

Caminho em devaneio

Ruídos
Impasse

Situação de apuros
uma mão - solução

Ajuda do Mestre

Conquista.
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Rui Serra Jul 2014
E no esplendor dum entardecer de verão, altas espigas de oiro ardente, reflectem a sensualidade da tua face, num dia ardente à beira-mar.
No sonho do momento, imaginas amplos voos sobre a trágica realidade que nos foi destinada.
E os teus olhos rasos de água, parecem lagos, onde cisnes brancos se banham, por entre a neblina de um amanhecer.
Rui Serra Mar 2014
Era noite.
Na escuridão, cintilavam pequenas estrelas.
Abriam-se e fechavam-se os olhos castanhos
daquele rosto alegre.
Ouviu-se, no meio daquela noite quente, o miar de
um gato perdido! no momento, caíra em cima da
minha cama uma violeta, tal qual os olhos, aqueles
olhos sensuais que me prendiam!
Fui convidado a amar...
Perdi o senso do lugar,
o senso do momento e perdi-me na noite...
E amei!...
Amei aqueles lindos olhos pestanudos, aquela boca
de lábios quentes, aquele corpo suave, excitante e
carente!
E pensava em não acordar; não queria perder
aquela paixão, nem imaginar que estava a sonhar.
Aquilo não era um sonho, nem tão pouco fantasia!
Finalmente descobri e gritei de alegria!
É a pura realidade.
Voltando-me para o outro lado, agarrei na almofada
e adormeci,
a pensar
em
ti.
Rui Serra Nov 2014
noite

um sonho

outra cidade

luzes mecânicas

procurei-te por entre
os escombros da cidadela

mortes apocalípticas

medo

e não é isso que eu quero para mim
Rui Serra Mar 2014
Sonhar um sonho impossível
levar a tristeza da partida
escaldar de uma possível febre
partir para onde ninguém parte
amar até
amar, mesmo demasiado, mesmo mal,
tentar, sem forças e sem armadura,
aguardar o céu
pouco me importa as minhas chances
pouco me importa o tempo
ou a minha desesperança
e depois lutar todos os dias
sem questionar nem responder
e amaldiçoar
por agora uma palavra de amor
eu não sei se serei esse herói
mas o meu coração será tranquilo
se as vilas se encherem de azul.
sys
Rui Serra Mar 2014
sys
Abandono do ser
Imagem debilitada

Corte
Solidão
Desejo

Viagem
Retorno á Vida

Uma flor
Um sorriso

Uma criança crescida
Uma só felicidade

Vida.
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