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Sep 2015 · 586
Lápis
Rui Serra Sep 2015
do teu corpo
saem palavras
pensamentos profanos

da simplicidade do teu traço
saem rabiscos
desenhos fotográficos

com a tua alma de grafite
esmagas vidas
no cadafalso da praça

crias personagens
cenários teatrais

vives
sobrevives
entre a criação
e a morte

e em cada risco ensaiado
definhas em pó amargurado
Sep 2015 · 601
Escrever
Rui Serra Sep 2015
escrevo
   letras
   palavras
   frases

com o sangue que me alimenta

tentativas frustradas de versar
dançam nesta singela folha
onde a criatividade está ausente,
na poesia sou apenas um trolha

decidi escrever, escrever, escrever
sobre o quê, nunca me apercebi
até ao dia, ao momento
em que decidi escrever para ti

e escrevi
   letras
   palavras
   frases

sobre o amor que existe em mim
Sep 2015 · 604
Aromas
Rui Serra Sep 2015
incenso
(arde lentamente)

golpe traçado
o sangue escorre

marcas
das cordas do violino
na tua pele

aromas

o fumo ofusca
cega

respiração deliciosa

canela . sândalo . jasmim

sufoco
numa mescla de aromas

fumo

um mero aroma
uma memória
um sonho vivido
Sep 2015 · 677
A insónia é um dom
Rui Serra Sep 2015
escorre
a tinta

papel

linha após linha

bocados de mim
fluem no teu olhar

respiro

o coração bate

sinto o teu odor

quando não tenho sono
venho para aqui rascunhar
Sep 2015 · 533
Mata-te, com o que amas
Rui Serra Sep 2015
chiadeira

pop

o copo esvazia-se
l   e   n   t   a   m   e   n   t   e

a língua entorpece

as lágrimas suicidam-se
na biqueira da bota

vómito

bebe mais um copo
e continua a beber
e continua a beber
e continua a beber

porque é bom!
porque gostas!

é bom sentir o cheiro
da erva húmida pela manhã

contemplo um inferno pessoal
Sep 2015 · 550
A arte
Rui Serra Sep 2015
o que sou

sou poeta!
escrevedor de palavras
que rimam
e desafinam

captor de emoções
intemporais
e outras mais

conhecedor da alma sofredora

escrevedor de sons
dos maus e dos bons

sou escritor!
de pena
da dor

sou artista!
pintor de sentimentos
abstractos
nem sempre exactos

sou poeta!
sou escritor!
sou artista!

uma espécie de alquimista

faço obras magistrais
crio beleza intemporal
e o que sou?
sou uma pessoa normal
Sep 2015 · 471
À noite na taberna
Rui Serra Sep 2015
oh! taças, na memória, vividas.
oh! taças de vinho tão cheias.
oh! castas lembranças erguidas
em tabernas de gente tão cheias...

oh! castas antigas... de porte.
oh! castas lembranças vividas.
oh! taças cheias de morte
tão tristes me foram em vida.

oh! turbulentas lembranças
que me trazem essas taças
em tristes desesperanças.

mas oh! taças erguidas em vão
erguidas à vida tão cheias
tão cheias de solidão.
Sep 2015 · 478
Medo, verbo e morte
Rui Serra Sep 2015
amanhece

o sol brilha

o corvo ri

tudo parece perfeito

sob o céu um jogo emerge

ódio . medo . violência

o corvo esvoaça

a morte brilha nos olhos das crianças

um fogo invisível dilacera o todo

o verbo emerge

a terra morre
Sep 2015 · 426
Cigana
Rui Serra Sep 2015
onde reina a paz
neste reino de especulações?

onde reina a sinceridade
neste mundo de maldade?

e nesta minha nova convicção
recorro à malícia da razão

e procuro na plenitude do orgasmo
se o antídoto será o sarcasmo

procuro agora seduzir o nirvana
recorrendo às virtudes duma cigana.
Sep 2015 · 401
Procuro na noite
Rui Serra Sep 2015
procuro na noite
uma silhueta
que se esconde

procuro na noite
o sentido
que me ofusca a mente

procuro na noite
a essência
do meu ser imaginário

escondo da noite
este meu lado sombrio
esta sina traçada
por uma cigana amaldiçoada
Sep 2015 · 560
Lua de Sangue
Rui Serra Sep 2015
vento
primavera,
ao longe uma música estranha

sinto a vida escorrer
sinto a sombra das almas passar
com uma sede louca pelo néctar da vida

agrilhoadas pela putrefacção da sua demência
percorrem os caminhos efémeros
rumo ao salão dos mortos

a lua respira
num último adeus à eternidade
numa interminável noite sem estrelas

no trono
o herdeiro da morte

dança
no fogo do inferno
sou prisioneiro dentro de mim

no ventre de satanás
pobre homem empalado
banha-se no sangue
dos amanhãs do mundo

estou pronto para abandonar
esta vida mundana
e entregar-me à magnificência
do seu SER

e o diabo cospe na divindade
Sep 2015 · 457
Eu habito em mim
Rui Serra Sep 2015
o vento sopra
através do esqueleto do casario
sussurrando pensamentos de outrora

pensamentos
emoções
ideias

um som pulsante
habita na minha mente
não me deixando dormir

um único pensamento
fica preso à minha existência

e viajo
de pensamento em pensamento

e a ideia cresce
alimentando o meu outro eu

não estou mais só
Sep 2015 · 585
O outro lado de lá
Rui Serra Sep 2015
horizonte
um raio de luar
um túmulo escuro

um anjo vela na noite
e lágrimas caem eufónicas
no lodo desta existência mundana

e uma lanterna brilha
sobre a laje de pedra escura
Sep 2015 · 487
Pôr-do-sol violeta
Rui Serra Sep 2015
oiço
ao longe
sobre o mar

sons

aviso
noite

perdi-me no caminho
da minha mente

esperança

gemidos de guerra
percorrem espaços passados

olho o céu
que arde no calor da noite
no ponto de não retorno
Sep 2015 · 384
Verão
Rui Serra Sep 2015
olhas-me
olho-te
asfixias-me
devoro-te
aprecias-me
ignoro-te
tent­as-me
sorrio-te
sentes-me
apunhalo-te
provas-me
pontapeio-te
beij­as-me
mato-te

mas volta sempre a amar-me
Sep 2015 · 365
Olhar
Rui Serra Sep 2015
um olhar
de desprezo
de ódio
um olhar estranho

o espelho reflecte o espectro

um sorriso
de desprezo
de ódio
um sorriso estranho

e os olhos escondem
profundos segredos sombrios

vejo a escuridão

afasto-me do espelho
para fugir ao olho miserável
Sep 2015 · 400
Treze
Rui Serra Sep 2015
corro

das profundezas da minha mente
tentando escapar do mundo
criado pelo meu eu interior
e viajo em perfeita solidão

sinto a morte a
atravessar-me a alma

o gosto amargo da cicuta
escorre-me pela boca
e o mundo torna-se escuro
separando corpo e alma

uma luz ilumina-me
mas no fundo eu sei
que as trevas habitam em mim
Sep 2015 · 471
O tempo é eterno
Rui Serra Sep 2015
corre a brisa suave
é tarde na aldeia
ouço uma colcheia
vem do fundo da cave
é noite de lua cheia
olho então em redor
pessoas passam aqui
jovens a comer cáqui
um futuro promissor
nada de Nagasáqui
Sep 2015 · 340
Viagens
Rui Serra Sep 2015
abro a porta e viajo.
vou para além dos espaços intemporais.
perco-me no tempo e viajo,
por entre as brumas da solidão.
Rui Serra Sep 2015
um amor precisa de espaço para...

um amor precisa de espaço para Amar
um amor precisa de espaço para Ninar
um amor precisa de espaço para Adoidar
um amor precisa de espaço para Brilhar
um amor precisa de espaço para Elogiar
um amor precisa de espaço para Louvar
um amor precisa de espaço para Acasalar

um amor...

um amor precisa de espaço para ser amado
Sep 2015 · 365
Prelúdio
Rui Serra Sep 2015
exilado em mim
busco a luz,
um sinal.
sob a incessante chuva
vou mais além
abro os portões

oh misteriosa dama
faz-me voar pela noite fria

vamos eu e tu
vamos vaguear por entre os relâmpagos
vamos juntos
libertar as almas atormentadas
nesta noite que não mais tem fim.
Aug 2015 · 442
Quero-te
Rui Serra Aug 2015
todos os dias da minha
vida eu volto a apaixonar-me por ti.
faço-o com gosto.
e quero continuar,
assim,
dia após dia,
todos os dias da minha vida.
não te quero ver chorar.
quero-te perto de mim,
assim,
bem juntinhos.
quero-te junto a mim,
assim,
lado a lado,
a percorrer o mesmo caminho.
simplesmente,
quero-te,
para te poder AMAR.
Aug 2015 · 542
Não me apetece, hoje não
Rui Serra Aug 2015
hoje... não me apetece mandar-te mensagens.
hoje... não me apetece ligar-te.

hoje... quero estar nos teus braços.

quero segurar a tua mão.
quero sentir o teu respirar.
quero escutar o teu coração.

hoje... quero estar contigo.
Aug 2015 · 377
Por ti
Rui Serra Aug 2015
por ti eu choro...
por ti eu morro...
por ti eu vivo...

sinto as lágrimas sobre o meu rosto.
sinto as lágrimas que me fazem morrer sozinho.
sinto a escuridão dentro de mim.

ninguém me entende...
eu não me entendo...

o tempo é vazio!

eu choro
mas ninguém vê o meu sofrimento.
eu morro
mas ninguém nota a minha falta.
eu vivo
para que tu vivas em mim.
Aug 2015 · 420
Trevas
Rui Serra Aug 2015
estou caído
rastejo sobre o árido solo
procuro o inatingível
procuro quem transforme o meu inocente sonho
estou triste
velho cavaleiro atormentado nesta terra de ninguém.
vem
dá-me a tua mão
vamos juntos brindar ao fim.

e juntos caminhamos
lado a lado
até ao rito do sepultamento.
Aug 2015 · 268
Palavras
Rui Serra Aug 2015
palavras
                 c
d i s p e r s a s
                 i
                d
                a
                s

no

     v
        a
          z
            i
              o

palavras minhas
palavras tuas
palavras nossas



PALAVRAS
Aug 2015 · 884
Megera
Rui Serra Aug 2015
lá fora o povo indiferente,
está completamente perdido,
seguindo de mãos vazias,
por um caminho sem sentido.

sobre lençóis imaculados,
as oferendas da alegria,
numa noite tumultuosa,
que findou já era dia.

seu corpo sofre em loucura,
e de coração fora do peito,
doce exílio dos espíritos,
que no seu corpo vêem deleite.

tentando de corpo e alma,
vencer a trágica existência,
lá vai a megera indiferente.

são dois mundos tão diferentes,
que uma fina linha separa.
Aug 2015 · 422
Ilusão
Rui Serra Aug 2015
mergulho no vazio do abismo,
na solidão que se esconde nesta vida.
vagueio pelas sombras da noite
e tropeço no frio que irradia
das silhuetas de um novo dia.

procuro a esperança ao virar da esquina.

procuro na ilusão
esta minha condição
o desejo de recomeçar
a alegria de procurar
o que se esconde na avenida
neste destino incerto que é a vida.
Rui Serra Aug 2015
abro os olhos, não o vejo.
o meu passado fugiu de mim...
impossível!
foi-me outrora tatuado,
na epiderme da minha existência.
é uma parte do meu todo!
sofro de dupla personalidade?
até agora controlei-me, não foi?
o passado não se esquece dizes tu...
digo-te eu...
nunca te vai largar... nunca!
penso...
rapidamente percebi o que devia ser feito!
vou matar aquilo que fui, o meu outro eu...
puumm
já está!!!
uma só bala...
uma só bala e tudo acabou.

e agora... quem sou eu agora?
Aug 2015 · 334
012
Rui Serra Aug 2015
012
um som
um telefone
um número que nada diz

toque

os dedos trémulos

“o-lá”, diz a medo
silêncio
ninguém . nada . vazio
desliga o telefone

sensação
não está só

o punhal mergulha no peito

respiração ofegante

tempo

libertação
Aug 2015 · 407
Carta ao meu eu
Rui Serra Aug 2015
hoje acordei no orvalho frio da minha existência.
perscrutei-te e não te senti em mim.
será que me abandonaste?
há muito que me questiono se algum dia percebeste o significado do que as minhas lágrimas não conseguem libertar.
sinto-me só.
espero que estas efémeras palavras, te tragam de novo à razão da nossa existência.

o teu eu!
Aug 2015 · 394
Aquele dia
Rui Serra Aug 2015
a chuva cai suavemente sobre o teu rosto.

a chuva cai suavemente sobre o teu cabelo,
e toca-te os lábios sedentos de um beijo.

a chuva cai suavemente do céu,
e permite que a minha alma flutue sobre o ar,
levando-me para um lugar mágico.
Aug 2015 · 387
Almas
Rui Serra Aug 2015
a noite cai sobre a floresta.
as estrelas brilham,
revelando as sombras do passado
das almas mortas, em voo.
Aug 2015 · 415
A casa
Rui Serra Aug 2015
a porta
teias
cheiro a pó
a idade é longa
sobrevivência
chuva... vento... sol...

condenação

a demolição vem de longe
sem licença

desabitada
desacreditada
sem encanto, só.

assustadora
assombrada
velha casa maldita.
Aug 2015 · 382
Segredos
Rui Serra Aug 2015
sinto
que me olhas

sentes desprezo
sentes ódio

sinto-te
a olhar

um olhar estranho

no espelho reflectido
um sorriso tosco
despreza-me

o que se esconde aí?
profundos segredos sombrios
Aug 2015 · 364
O preço da liberdade
Rui Serra Aug 2015

escuridão
medo
prisão
sombras
ansiedade
liberdade
Aug 2015 · 416
Longe
Rui Serra Aug 2015
acordo
da negritude dos meus sonhos
envolto em pensamentos...

oprimido
desprezado
de corpo cansado

sinto a alma morrer
no suicídio dos meus dias

sobrevivo
à realidade
entorpecido pelo amargo veneno
das tristezas
que em mim habitam

estou longe

silêncio

estou longe de mim mesmo
mas estou perto de ti
Aug 2015 · 390
Almas de Esperança
Rui Serra Aug 2015
guerra sem fim
guerra sem descanso

nós os derrotados
sobreviventes
à morte
ficamos em pé

almas
desprovidas de esperança
sem forças
para resistir
para escapar
deste mundo

vamos acreditar que
amanhã vamos subir
Aug 2015 · 465
Moribundo
Rui Serra Aug 2015
ajoelha-te!
que vais morrer

fecha a porta
à tua alma

onde estás agora
tu, ó sem valor
a tua alma tem um preço?

onde está agora
o sentido da tua vida?

nos teus olhos
brilha
a tua vida moribunda

estás longe

esperança

salvação



perdeste a tua alma

almas vendidas
vidas perdidas
Aug 2015 · 319
Graal
Rui Serra Aug 2015
vamos juntos
tu e eu

beber deste cálice
que transforma a água em fel

vamos juntos
tu e eu

viajar... para longe
no fumo deste papel
Aug 2015 · 388
Tela
Rui Serra Aug 2015
queria pintar nesta tela
que já só por si é bela
o teu rosto a sorrir.

queria fazer rosas no céu
e pintar esse rosto teu
como o de uma rosa a florir.

transformar o teu sofrimento
com uma pincelada de ironia
e transformar o teu amor
na mais pura poesia.
Aug 2015 · 296
Recomeçar
Rui Serra Aug 2015
o ciclo fecha-se
um novo princípio
uma nova oportunidade
recomeçar
o sol não será mais o mesmo
será
       mais luminoso
       mais brilhante
       mais acolhedor
é um novo princípio
aqui se inicia o caminho.
Rui Serra Aug 2015
não consigo parar de te amar.

não consigo parar de te amar.

não consigo parar de te amar.

não consigo parar de te amar.

não consigo parar de te amar.

não consigo parar de te amar.

não consigo parar de te amar.
Aug 2015 · 518
O beijo
Rui Serra Aug 2015
apetece-me
apeteces-me
tu sabes que sim
tu sabes quanto
sabes a fome que tenho?
sabes como posso saciá-la?
peço-te
imploro-te
deixa-me comer
tenho fome
fome de ti
fome de mim
fome insaciável
fome proibida
fome que se agarra ao céu da boca, qual hóstia pecadora das beatas
fome que me dilacera o estômago
fome que me contrai a vontade e o desejo
fome que nunca farta
fome que me maltrata
fome que só o teu beijo mata
Aug 2015 · 398
Procurando
Rui Serra Aug 2015
mergulho no vazio do abismo,
na solidão que se esconde nesta viela.

vagueio pelas sombras da noite
e tropeço no frio que irradia
das silhuetas de um novo dia.

procuro a esperança ao virar da esquina.

procuro na ilusão
esta minha condição
o desejo de recomeçar
a alegria de procurar
o que se esconde na avenida
neste destino incerto que é a vida.
Aug 2015 · 424
Haja luz
Rui Serra Aug 2015
nasce a luz no horizonte,
o presente lança um mau olhado.

vivo ofuscado,
pelo véu constante
do discurso libertado,
pela devassa loucura
que emana dessa essência fria.

por meros instantes
a felicidade torna-se

realidade

uma consequência da persistência.

e o teu sonho vai ganhar,
uma nova forma de estar.
Jul 2015 · 427
Quero
Rui Serra Jul 2015
eu quero ir,
ir para longe
para qualquer lugar
agora

eu quero fugir,
fugir da realidade
que me aprisiona
agora

eu quero escapar,
escapar de tudo
aquilo que me envolve
agora

fecho os olhos,
a brisa afaga-me o rosto
e as lágrimas rolam
vertiginosas

tranquilidade

acordo
foi tudo um sonho
ainda aqui estou
manchado de lágrimas

e as cicatrizes permanecem
Jul 2015 · 399
Espectro
Rui Serra Jul 2015
tu que
vagueias na neblina
ocultando a transparência do teu ser,

tu que
viajas por entre mundos
procurando sedento a seiva da vida,

perscruta no teu eu
o mapa que te levará

à fonte
da
imortalidade.
Jul 2015 · 319
Será que?
Rui Serra Jul 2015
não vês
não ouves
este meu sentimento cego

não vês
não ouves
esta paixão ardente

não vês
não ouves
esta minha dependência

não vês
não ouves
esta minha dor

não sentes
este meu pesar.
Jul 2015 · 453
Nascimento da Loucura
Rui Serra Jul 2015
nascimento
sentimento
sofrimento

energia
magia
poesia

amor
clam­or
ardor

alvura
ternura
loucura
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