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May 2014
Sinto a necessidade de ter calor humano,
Por puro conforto,
De sentir o meu corpo absorto.
Necessidade tão intensa e imensa
Longe do que se pensa,
Longe de qualquer dano.

O vento ouve-me, benevolente,
O que vai na alma.
Das palavras que correm na mente,
Traz a minha outra metade na sua palma
Para a alegria tomar conta da calma.

Reparo no meu cabelo a voar,
Nos meus dedos a moldar
As linhas do horizonte.
E tento retratar, magicar e afeiçoar
A imagem que tenho de ti na fonte.

Aproximo-me em passo na calada
E os meus olhos aborvem cada camada
Que no meu ver emerge.
Tudo diverge
Pois apareceste tu.

O meu coração acelera
Calmo noutra era.
Num ápice lento
Num rápido murmúrio
Olho-te com um muito atento.

Procuro fugir do teu olhar,
Com o sangue a ferver,
Com a cara a escaldar
Cansada desta fuga por resolver:
É aqui que vou ficar.
Juliet R
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Juliet R
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