Na encosta dorme o tempo calado, raízes fundas num chão abençoado. Vinha velha, rosto de pedra e luar, que guarda segredos sem nunca falar.
Vinho com nome e história, cada cepa uma ruga da memória. No silêncio quente de Ribalonga, nasce um vinho que não se prolonga… vive no instante, intenso e profundo, como um poema sussurrado ao mundo.
Ali, a uva não cresce — resiste, ao sol agreste, à geada triste. Mas quando a vindima te toca os ombros, tudo se acende nos cachos redondos.
É sangue de xisto, suor de verdade, um vinho que fala com dignidade. Não é só Douro — é coração, um brinde à nossa terra com devoção.