Oh, consciência, implacável juíza, Que fere mais que qualquer algoz, Trazes lembranças de amor desfeito, E um eco amargo de nossa voz.
O peito anseia reviver a chama, Que outrora ardia em doce fulgor, Mas logo a sombra do arrependimento, Apaga os rastros do que foi amor.
Diz-se apaixonado, anseia o reencontro, Mas trata-me frio, como um forasteiro, Sou eu quem vaga por sonhos desfeitos, Na vã esperança de um amor inteiro.
E então, cruel consciência alerta, Diz-me que corro sem direção, Alimento esperanças já esquecidas, Num tempo que jaz na escuridão.