Verão escaldante que partiste, Com o amarelo e avermelhado das folhas, O Outono sugeriste.... As árvores ficam quase despidas, Parecendo mulheres desprotegidas. Os Ribeiros dão de beber aos salgueiros, Esperando dias gelados com nevoeiros Sorrateiros, Que não deixam ver o sol o dia inteiro!
Outono de amarelar, de gotas de água a saltitar, Redução da nobre luz solar . Os ventos tudo fustigam sem forças para parar, Folhas que aprodecem no dia, na noite com ou sem Luar.
Geadas que parecem tudo querer congelar, Agasalhos e fogueiras para nos aconchegar. Castanhas assadas e vinho para se provar, Outono com amor que parece ter tudo e nada querer dar...
Outono de chuvas que parecem nunca acabar, Regando terras para tudo semear, Parace uma estação perplexa e sem contrapartidas reais, Outono que te vais , que acolhes os olivais, As vinhas deixam suas folhas aprodecer Deixa amarelar o Outono no âmago do meu ser.