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Mariana Seabra
Poems
Mar 2022
Eclipse Lunar
Brutalmente ofuscada,
Vejo um eclipse distante.
Mas é da alma.
Cega-me violentamente.
E eu abraço-o.
Não fecho os olhos à luz intensa,
Ou à falta dela.
E por momentos…
O ***** que invade o espaço,
Fica mais escuro no teu olhar,
Onde eu renasço.
E por momentos…
Mesmo estando a Terra,
Alegremente encoberta pela Lua,
Sinto a brilhar um astro entre dois corpos.
Onde numa órbita coordenada,
Gravitam sossegadamente,
Duas almas de mãos dadas.
E como um fenómeno natural,
Tão incontrolavelmente no infinito,
Ascendem e transcendem.
Serei agora lua esvanecida, poeira da noite
A fazer solene vénia ao amanhecer?
Serás agora sol inteiramente, astro luminoso
A respeitar os corvos na escuridão?
E por momentos…
Duas linhas ténues irão embater no mesmo horizonte,
Bem lá ao fundo…
Desmascarando brevemente o ponto onde cruzámos.
E sem pressa, repousarei no teu peito, tão celestial,
Que desconhece qualquer razão ou astrologia.
Onde as nossas sombras se alinham sem compasso,
E dançam sorridentes fora da rota planeada.
Onde os ventos que nos guiam,
Lutam calmamente para nos ter nos braços.
Mas tão rápido o eclipse…
Tão raro.
Tal como tudo o que chega de forma arrebatadora
E se eterniza no universo.
Mas tão belo o senti…
Tão violento e belo.
Como uma beleza feia que me ilumina,
E brilha fortemente,
Sem qualquer luz visível.
Conseguiste vê-lo?
Já passou. E eu guardei-o.
Written by
Mariana Seabra
25/Gender Fluid/Porto
(25/Gender Fluid/Porto)
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