Sentei me numa pedra de xisto junto das vinhas, Rodeadas elas estão por ervas daninhas, Tentilhões que lindas fêmeas com bicos diferenciados, Com penas, musgo e teias de aranhas dos telhados.
Natureza que Deus na terra santifica, Alma pura com amor que dignifica. Horizontes alaranjados de ouro fino, Meu Douro, meu amor, meu destino.
Sobreiros, giestas amarelas e brancas, Cato mariano que bendizes e encantas, Noite que chegas com a madrugada, Videira do vinho do homem por Deus abençoada.
Quando a noite vem refresca os sentidos, Deixa te embalar com tantos alaridos, O Douro corre com devoção e amor, Consagrando Deus e Senhor.