Da janela do meu mundo Poderia dizer que a vista é sôfrega E deprimente, Prédios que escondem as árvores, Fábricas que me cegam as estrelas E lixo que voa pelas ruas Onde passam pessoas vazias, Mas estaria a ser injusta, Injusta para com a Lua E com a luz que jarra neste rio. Quando os meus olhos caem Sob ela são conquistaos, E esqueço o mundo E os meus deveres, Esqueço as árvores escondidas Pelos prédios, As fábricas que me cegam as estrelas E o lixo que voas por estas ruas Onde passam pessoas vazias. Hipnotiza-me e o tempo para, Só de olhar para uma das luas Incorporadas na imensidão deste Universo, O tempo para, O tempo para e eu sou feliz Por poder-me juntar a ela Cada noite do resto da minha vida.