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Dec 2016
Deixas que te faça pássaro
Para que voes pelas linhas
Em que insisto em te escrever?
Quero-te tão bela aqui quanto és
Azul e doirada, sei-te ao longe.
Voaste de mim, foste pássaro sempre?
Chegaste a poisar sequer?
Cantas aí melodias de Primavera
Que há tanto se foi
E sem ouvir, eu sei
Como sem te saber te sinto
Doce nos galhos onde te vejo
Sem que te mostres a mim.
Constança Mégre
Written by
Constança Mégre
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   Doug Potter
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