Mentes perturbadas…
Sempre numa constante luta entre o real e a utopia.
A idealização causa-me insónias…
E as palavras emaranhadas no vento,
São apenas uma coleção de sonhos nostálgicos
Que partilhamos em conjunto.
Esta droga que me vicia…
Não é química, tem um nome.
Nome esse que grito em silêncio,
Mas o silêncio, sempre tão alto,
Ensurdece-me até o espírito.
O inexplicável é tão simples…
Mas vai-nos cegando.
E como um cego de olhos abertos,
Tropeço de amor por ele.
E os momentos…
Que eram tão certos,
Mas tinham de ser errados.
O abismo era inevitável.
Agora, o sonambulismo
É um reflexo teu que me dá inspiração.
O concreto da realidade
Não me atrai.
E assim…
Viajo no abstrato dos teus olhos.