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 Jun 2012
Victor Marques
Olhar a  água do ribeiro,
Encostado ao sobreiro.
Paisagens feitas de qualquer jeito,
Douro e Tua sem leito.


Muros com primor e mestria,
Encantos teus que nos vicia,
Olivais que lindos sois assim,
Quimera do meu jardim.


Papoilas avermelhadas,
cepas mal tratadas.
Figueiras com figos,
Douro e amigos.



Não existe outro amor,
Douro te adorna com labor,
Os cavalos e rebanhos,
Rabelos dos teus enganos.


Victor Marques
 May 2012
Victor Marques
Douro, Tua Socalco bem-fadado.

Bagos que passeiam sobre as ondas,
Amar estranha beleza,
Exaltar a cepa da vida e sua natureza,
Videiras com frescas sombras.

Rosmaninho, alecrim e loureiro,
Cheiro de meu eterno devaneio,
Aromas que nos desperta,
O Douro sempre em festa.

Amar o vinho não é pecado,
Cestos cheio de uvas e fado,
Vinhedos de Deus, do homem por labor,
Vinho sagrado, vinho do amor!

Lagaradas que te apaixona,
Peles de uva á tona,
Fermentação do saber por todo o lado,
Douro, Tua …teu passado.

Victor Marques  2/10/2007
douro, Victor, marques
 May 2012
Victor Marques
O homem e Deus

O homem assumido ou não,
Pedaço de terra, religião?
A intriga permanente do além,
A morte que sempre vem,
Mendigos procuram pão,
Ateus em procissão.

O homem consciente da sua mortalidade,
Flores renascem em felicidade,
Terreno faminto de amor e concórdia,
Deus, oh homem, misericórdia!

Homem e Deus da vida,
Comunicação imperativa,
Espíritos do homem da inquietude,
Paraíso de Deus, da plenitude!

O homem ser estranho que fracassa,
Deus da inteligência e da eterna graça,
O homem inventa e recria O Deus da noite e do dia,
Eu o venero e amo com piedosa alegria.

Victor Marques  21/11/2008
Deus, homem
 May 2012
k f
if i could control your Heart
(which i can't; other's, yes; yours, no)
i'd ask you, not force you, to give me what i want

for my greatest pleasure would come from
you simply blindly handing me
        everything
                  you hold dear

of course, i'd want you to suffer as you do
(i'd want you to scream for no one to hear:
                          a silent, pathetic thing, crawling out of your
                          straining throat)
                                             struggle, as you do,

while having no choice.
                                                 [ a war between heart and mind! ]

but, after that initial brawl
kneeling, bent as a nail hit upon
by a hammer at the wrongest angle
the palms of your Large Hands would face the sky

                  and you'd deliver.
the bolded part should be underlined, but hellopoetry doesn't allow for that. also, you are welcome to guess on this one.
 May 2012
k f
i'm all for the separation of church and state but

the buildings are too tall now and
i can't see the sky.
i don't know, this is weird. hopefully it makes some sense?
 May 2012
k f
hi, god?
****, where the **** are you, man?
we've been trying to reach you for like, literally centuries!

(are you hiding or something? what happened?)

just, call me back when you get home, ok?
a transcript from god's voicemail
 May 2012
k f
you have me running in
dangerous circles (round and round and round and)

or is it you that circles me ---
                  the helpless prey
                  ?

                  ((well, all the helpless can do is pray))


those alien teeth, they
close around my jugular, only slightly
i forget what (wheeze) air is for

she's are no declawed cat!,
scream my back and cheek and neck and arm and mind
                  [that's gonna sting like a ***** in the morning, warn-growls she,
                  predator woman
                  (chimaera, monster she, sphinx)]


just ******* let me go and let's
(make this mess)
get this done
i can feel the words shriveling off before reaching my tongue

[i know the chase to you is foreplay but]



                              mercy! mercy! timeout!



                  --- has no one told you that it's ugly to play with your food?
 May 2012
Victor Marques
Comboio do Destino

Não sei que fogo me aquece,
Não sei que chama me alumia,
Sinto que algo me fortalece,
Esperança de algo que perdia.

Num comboio bastante maltratado,
Sinto um sentimento forte,
Viajo um presente já passado,
Destino ou minha sorte.

O comboio começa a andar,
Nem vai depressa, nem devagar,
Colinas verdejantes, belas paisagens,
Para trás ternas imagens.

Palavas com cisnes eu te vi,
A sonhar eu adormeci.
No comboio do destino estou sem demora,
Vou acordar com a brancura da aurora.

Victor Marques
 Feb 2012
Victor Marques
Somos nós


Angústias, alegrias, enganos e desenganos,
Passeamos de mãos dadas,
Subimos as mesmas escadas,
Somos nós que vivemos.

Sentimos aquilo que na alma temos,
Sorrimos com a borboleta inquieta,
Olhamos a porta semiaberta
Somos nós que amamos.

Sombra de verdes ramos,
Perfume da natureza,
Sua fresca beleza,
Somos nós que contemplamos.

Pedras das calçadas que vemos,
Lágrimas bem choradas,
Somos nós que sofremos,
Somos nós de mãos dadas.


Victor Marques
 Jan 2012
Victor Marques
O olhar silencioso

Junto ao mar eu parei,
Olhar no olhar eu deixei,
Ondas eu até sentia,
Sussurro de quem te conhecia.

Na boca doce perfeita,
Um sentimento apertado,
O Vento até se deita,
No olhar apaixonado.

O olhar até molhado, sentido,
Sorriso bom e querido,
Pestanejar sem ruído,
Olhar comprometido

Olhar de quem nada sabe,
Devaneio e desejo,
Olhar sem idade,
Silencio e um beijo.

Victor Marques
 Jan 2012
k f
ou
'querer' em quatro tempos*


1.
Você está aqui
Eu estou lá
Perco o espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Todos querem
Um pedaço de mim agora.

2.
Você está aqui
Eu estou lá
Prendo-me ao espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Porque querer foi
O que sempre fiz(emos).

3.
Você está aqui
Eu estou aqui
Cegos ao espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Amanhã, quando 'quero' for
Sinônimo de 'podemos'.

4.
Você está lá
Eu estou lá
Partes do espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Querer nunca foi,
O suficiente, foi?
 Dec 2011
Victor Marques
O universo que te aquece

A vida do sentimento te aquece,
O universo te rejuvenesce
O pelourinho inerte enlouquece,
O bom pensamento agradece…


Gargalhadas ao acaso  embaladas,
Salgueiros que choram sem parar,
Caminhadas feitas ao luar,
Recordações guardadas.


O peito toca estranhas sensações,
Gotear pelas serenas ilusões.
Te amar ao toque do vento,
Penar com a pena do alento.

Victor Marques
,
- From Network, wine and people....
 Dec 2011
Victor Marques
Falo com Deus em Sentimento,
Rogo a Nossa Senhora do Rosário.
Perdeu-se o Sonho, meu lamento,
Tiveste teu calvário.


Douro e Tua sem altiva voz,
Descendente de meus avós.
Videiras sem uvas amadurecidas,
Paisagens queridas.


Sonolentos dias que amanhecem,
Flores que florescem.
Vida que sofre com quem tanto labutou,
Vinha que seu filho amou.


O sangue nas veias doridas,
Noites esquecidas.
O amor do Pai que nos assola,
Violaõ com toque de viola.

Cordiais Cumprimentos.
Victor Marques
amor ,pai
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