Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Jami Denton Feb 2010
You find comfort in the arms
of women who do not hesitate
to **** their own children;
your children
just like flushing a **** down a toilet.
Because its poetic?  Or tragic?  Or just f-ing sad?
Or because in their company you become the effortless hero,
replacing stale smoke for oxygen
and trying to die?
If life were a sinking ship, you'd be the first rat a running-
so the women and children had better move fast.
There is just no room in your one man life boat.
Why with your ego,
and your lonliness,
and that grudgeyou're holding
against God.

Fumaça por oxigênio

Tu encontra conforto nos braços
de mulheres que não hesitam
em matar suas próprias crianças;
tuas crianças
como se estivessem despejando merda descarga adentro.
Porque é poético? Ou trágico? Ou apenas triste pra caralho?
Ou porque com elas tu te transforma num herói sem esforço,
substituindo fumaça mofada por oxigênio
e tentando a morte?
Se a vida fosse um navio afundando, tu seria o primeiro rato a fugir
é melhor que mulheres e crianças se apressem, portanto.
Simplesmente não há vaga em teu barco de um homem só.
Com teu ego, e tua solidão, e esse rancor
tu segue desafiando Deus.
Mafe Oct 2012
"Teu amor me escoria,
vítima de seu fulgurar;
Por dentro o meu e o teu são igualhas,
mas por fora minha língua te é ignota.
De certa forma meu fomentar te é írrito.
mas sabemos que só está tentando se isentar.
Por que teu amor me é um metonímio?
Obtusindo tentativas falhas de se esvairar.
Façamos um preito entre nós, obstinado a não pulgir, mas sim pulsar,
e finalmente parar de quitar e demonstrar,
que a frincha desse amor nos faz frisar…
Perceber que nem as próprias estrelas se equiparam
a esse sentimento a perfurar nossas veias,
e nossos peitos.
E de repente o que parecia entenebrecido,
estava enternecido.
E minha taça de vinho que havia esvaziado,
ensandecia com a necessidade de transbordar de você.
Ente ao ensurdecer de sua boca.
Ente ao enleio de minha mente louca.
Que se perguntava hora a hora, por quê?"
Letícia Costa Jul 2013
Aquela toca, pernas longas e câmera
Você me faz me sentir como uma criança
Vivo tentando te dizer
Tento, tento, mas não sai nada de mim

Sinto raiva, depois fico derretida, e depois com raiva de novo
E tudo o que você saber falar é sobre alguns números
9, 25, 88, 97, 16...

Eu sou apenas uma adolescente volátil
Sou um panda abandonado
um panda pequeno

E agora você deve estar fotografando várias meninas de 23
uma com piercing no septo e outra com uma tatto da Marilyn
Se eu tivesse nascido em 95 tava tudo bem...
Rui Serra Aug 2015
lá fora o povo indiferente,
está completamente perdido,
seguindo de mãos vazias,
por um caminho sem sentido.

sobre lençóis imaculados,
as oferendas da alegria,
numa noite tumultuosa,
que findou já era dia.

seu corpo sofre em loucura,
e de coração fora do peito,
doce exílio dos espíritos,
que no seu corpo vêem deleite.

tentando de corpo e alma,
vencer a trágica existência,
lá vai a megera indiferente.

são dois mundos tão diferentes,
que uma fina linha separa.
Felipe Thomas May 2014
as luzes e os sons da cidade
que nessa penumbra são meus fantasmas
atraem os sentidos da racionalidade
e repelem o instinto de minha consciência
o melhor dos meus acidentes e minha doença
a incurável, que me faz trabalhar a todo tempo
e que me faz saber o que só eu sei;
todos os bons rapazes de barbas feitas
com argumentos irrefutáveis e namoradas invejáveis
têm olhos tão bons quanto os de minha rola
eu sou falso, não me atrevo a debater
pois, afinal, por que lhes dar meu tempo?
eu o faria com algumas poucas pessoas
apenas as que me pudessem compreender
como as principais moças de meu inconsciente;
mas até que alguém assim me encontre
sigo caminhando sozinho no início de noite
tentando compreender o que é isso
e qual a importância de tudo que me circunscreve
enquanto sei que nada importa
andando a passos lentos
fazendo o que calho de fazer
encarando minha sombra recém criada
pela lua hasteada no céu de piche
sentindo o orvalho beijar minhas canelas
enquanto espero que alguém jamais se importe comigo.
Intuitivamente he dejado de buscarte
para quedarme en ti.
Ya no camino perdida esperando un rayo de luz traslucida
ni deseo con fervor que el cielo se torne gris.

No he dejado de ser yo, sino lo contrario.
He dejado de ser vil y pesimista,
dejado donde estaba lo que no se me perdió,
tentando a los dioses que mal pagan
remidiéndose contigo;
regalo eterno y puro.

Ahora no sueño tanto con la bohemia,
sueño más con convertirme en marinera,
entregarme a la mar de tu entrepierna,
salir a zarpar en tu espalda.

Me convierto en sirena y me ahogo
con lo densa de tu agua; ardiente.
Ahora no respiro si no es de tu boca,
ni me muevo si no es con tu cuerpo.

No hace eco en mi cabeza las palabras del subsuelo,
mas bien me acarician palabras de tu encanto.
No pienso en lo eterno como algo etéreo,
pienso en tu mirada como algo divino.

Si no hay a quien adorar en este duelo
de la vida contra el fanatismo,
me confieso creyente de tu manto y senos.
Anna Bianchi Dec 2016
Você me deu tantos sustos
Que agora a realidade parece confusa
E eu não sei o que sentir
É uma angústia, um novelo de lã que usavas para tricotar minhas toucas
Enforcando meu peito.

Teu amor me aquece nesse inverno tão gelado
E a única promessa que te garanto é de sempre levar meus casacos
Pois sei que deu que fará frio na televisão.
A lembrança do teu toque e cheiro são tão vividos
Será que irão embora contigo com o tempo?
Ou ao menos isso deixarás para mim?

Tem um potinho do teu molho de macarrão no congelador
E tantas fotos suas com um grande sorriso nos álbuns lá da sala de casa
Não consigo acabar esse poema
As forças que tinha usei tentando colocar o pé fora de casa
Acabaram nos meus olhos vislumbrando a janela.
Vi um mundo vivendo
Pessoas passando igual a antes
Seguindo em frente
E ninguém está de preto. Ninguém chora. Ninguém sente o que eu sinto.
Porque não te conheceram
Aí dessas pessoas infelizes
Que não provaram do teu carinho
Do teu amor
Aí dessas pessoas infelizes que vivem e passam
Enquanto eu não aguento viver nesse mundo sem você.

As lágrimas me consomem
E eu nem tenho mais lágrimas para chorar.
M Feb 2018
começaste. eu rendi-me. no escuro, só se ouviam os sussurros dos nossos fôlegos. os teus lábios nos meus. meus nos teus. percorri cada traço como pude, tentando decorar o calor da tua pele. perdi-me. soube-me a pouco a pesar de ter parecido uma eternidade que teve o seu fim. quero voltar. voltar a descobrir o sabor que me provocou tanto desejo.

apanhaste-me desprevenida. perdida talvez. carente. mas não tive medo. quase que te quis como a quis a ela. ela que algum dia, há uns anos atrás, me teve por completo. não comparo. mas como é bom sentir…

agarrei-te sem querer soltar. talvez um pouco muito. mas nem por um segundo pensei em parar. como te disse, não me arrependo. posso não te conhecer como outros de conhecem, mas te conheço melhor do que muitos alguma vez te irão conhecer. foi bom e se queres saber, não me importava de repetir. mas não sei se algum dia voltará a parecer tão certo como então.
Expo 86' Jun 2016
Hoje fazem 24 meses que nós conhecemos, quando te vi pela 1° vez naquela ensolarada tarde de setembro, te observei por minutos que mais pareciam horas, me encantei como você conversava e ria tão despreocupadamente, como se não soubesse que o aquecimento global está destruindo nosso planeta a cada segundo, que por ano 30.000 jovens morrem no brasil e que 77% desse numero são negros, ou que a desigualdade social só tende a crescer nos próximos anos. Isso me deixou perplexo, e de certa forma te observar era como um remédio para as minhas manias, como a mania de falar demais, de falar rápido demais, ou a de me preocupar demais, não importava quais sejam, quando olhava para você elas simplesmente sumiam.
Hoje faz 4 meses que não nós vemos, minhas manias sumiram totalmente, talvez, porque hoje eu só me importe com você, só queira falar sobre você, só queira falar com você, mas, hoje faz 4 meses que não se vemos, 4 meses que não falo com você, 4 meses sem ver você, 4 meses tentando lembrar quem eu era antes de você.
Hoje é o equinócio da primavera e eu espero com todas as forças do meu ser, que eu volte a crescer, e quem saiba, te esquecer
Dayanne Mendes May 2015
Dormi sem amor,
Foi como eu devia ter acordado hoje.
Acho que meu problema está nas expectativas.
Eu entro num balão cheio delas,
Voamos e voamos,
E no alto da emoção ele se fura,
Eu caio no mar.
E depois vou tentando sobreviver com os restos amargos que ficaram.
Aí eu me embriago, choro,
Digo que vou colocar ponto final.
E no outro dia acordo com uma vírgula.
Rui Serra Jul 2015
em noites de lua cheia
corro dos desígnios da vida
tentando esconder assim
o animal que há em mim.

regresso às minhas origens
e à procura de virgens
percorro as escuras ruelas
sempre, sempre à procura delas.

procuro nos locais mais sombrios
e espreito nos mais insólitos
para gáudio da minha alegria
é assim até ao romper do dia.

e é já de madrugada
que com a camisa rasgada
se dá o regresso a casa
já com a fome saciada.

e ansiando pela lua cheia
me deito pela calada
nesta busca tresloucada
por uma virgem mal amada.
Faz um tempo que venho tentando encontrar alguém que me ame, eu achava que era suposto amar e ser amada de volta… não sei o que está a acontecer, será que o problema sou eu? Será que meu Romeu está realmente morto ou Homens não são capazes de amar? Ou eu é que dou passos errados?
Estou cansada de acordar com um homem diferente em cada final de semana que decido ir para aquele maldito bar para afogar minhas mágoas, só tenho 25 anos, com quantos anos é suposto encontrar o homem certo? Porque que só querem se aproveitar de mim? Será esse corpo que dizem ser perfeito? Será esse rosto que dizem ser lindo? Isso não devia ser motivação eles me levarem a serio? Deus, estou a começar a odiar este corpo perfeito e essa cara linda, só quero um pouco de amor. Todas as minhas amigas me falam de coisas que seus namorados fazem por elas, falam-me sobre as declarações de amor e flores que recebem e a mim só dão orgasmos atrás de orgasmos, meu ex namorado era um Brutamontes que achava que os presentes caros e **** eram as únicas coisas que eu queria, EU SÓ QUERO UM POUCO DE AMOR…
Aqui estou de novo, neste maldito bar, porquê que sempre venho parar aqui? Quem são essas pessoas comigo? Acho que estou bêbada, mas é assim que eu decidi fugir da realidade de não ser amada, e essas pessoas, que nem conheço fazem-me companhia, “Garçom, mais uma rodada” “ adiciona na minha conta por favor”.
It's been a while since I've been trying to find someone who loves me, I thought I was supposed to love and be loved back ... I do not know what's happening, am I the problem? Is my Romeo really dead or men are not capable of love? Or I take the wrong steps?
I'm tired of waking up to a different man every weekend that I decide to go to that **** bar to drown my sorrows, I'm only 25 years old, how old am I supposed to find the right man? Why they just want to take advantage of me? Is it this body said to be perfect? Is this face they say is beautiful? Shouldn't that be motivation for them to take me seriously? God, I'm starting to hate this perfect body and this beautiful face, I just want some love. All my friends tell me about things that their boyfriends do for them, they tell me about the declarations of love and flowers they receive and I only receive ******* after *******, my ex boyfriend was a Brute who thought that the expensive gifts and *** were the only things I wanted, I JUST WANT A LITTLE LOVE ...
Here I am again, in this **** bar, why do I always end up here? Who are these people with me? I think I'm drunk, but that's how I decided to get away from the reality of being unloved, and these people, whom I do not know, keep me company, "Waiter, one more round" "add to my account please."
Krusty Aranda Nov 2017
En nuestra adversidad nos encontramos
buscando aquello que no sabíamos reconocer
anhelando lo que no quisimos
tentando al destino
burlando a la suerte
en tus ojos mi mirada
en tus manos mis días y noches
en tus labios mi nombre
confundidos caminamos
avanzando paso a paso
cayendo en el camino y levantándonos de nuevo
siempre juntos
con el mismo destino final
desconocido y familiar
invitándonos a sentir
a dejar morir parte de nosotros
para ser revividos
con fuerza renovada
y emociones encontradas
construyéndonos de nuevo
de los escombros de temblores pasados
saliendo a respirar de nuevo el aire
del cual fuimos egoístamente privados
me invadiste como una plaga
rápidamente infectándome
y curándome del mal que antes padecía
sonrisas y carcajadas
lágrimas y besos
la idea del amor más puro
de las estrellas conspirando en mi favor
para escribir en mi firmamento
la nueva historia que hoy contamos
sin un final cercano
Rui Serra Jul 2014
Sentado, infeliz, na minha cama, a ouvir o vento soprar ”selvagem”.
Choro amargamente por detrás do meu cabelo, Tentando não mostrar este sentimento.
Rui Serra Sep 2015
corro

das profundezas da minha mente
tentando escapar do mundo
criado pelo meu eu interior
e viajo em perfeita solidão

sinto a morte a
atravessar-me a alma

o gosto amargo da cicuta
escorre-me pela boca
e o mundo torna-se escuro
separando corpo e alma

uma luz ilumina-me
mas no fundo eu sei
que as trevas habitam em mim
Um pouquinho mais romântico que antes
Não mando mensagens de Bom Dia como antes
Hoje prefiro estar no teu portão
Com flores na mão como antes
Camisete suada respiração ofegante
“Corri ate aqui”
Mas são seis da manha, tu dizes.
“Melhor hora pra colocar um sorriso na tua cara e começar o nosso dia”.
Teu sorriso é a melhor mensagem de bom dia
Não tiro os olhos de ti
Talvez esteja tirando fotografias
Ou talvez tentando descobrir o que te torna mais especial que as outras
“Deve ser o jeito que o teu nariz fica quando sorris”
“Ou se calhar é o meu sentimento por ti”
...
Mariana Seabra Mar 2022
É aqui que me encontras, novamente,
Entre o sonho e a parede.

Só quem sonha
E depois tenta
Transpô-lo para a vida,
Sabe o que é abrir um portal,
Assistir de fora ao seu próprio funeral,
Ter uma eterna ferida
Que de tão brutal
Não cicatriza.

Olhar no seu interior
E não ver tinta.
Entrar no núcleo da personalidade,
Sentir cada átomo que brilha,
Ser a sua própria armadilha,
Estar em paz com a própria ambiguidade.

Respira...
Inspira, expira...
E não sai ar.
O que sai são apenas mais sonhos
Que nunca cheguei a concretizar.

Mas o sonho, tal como o sono,
Esse ninguém me tira!

Mentira!
Há sempre alguém que me vem roubar.
Seja o sono ou a alegria.
Vêm pela noite e conseguem torná-la mais fria,
Raramente vêm para me aconchegar.

Eterna sonhadora,
Sempre com o amor na mira.
Mas, no final das contas,
É o desamor que mais me inspira.
Sem ele não havia dor ou desespero.
Se tudo fosse feliz e concretizado,
Os meus versos não tinham o mesmo significado.
Não haviam motivos para lutar pelo que quero.
Dou graças por seguir o caminho errado!


O Cupido que me foi designado
Deve ter a mira estragada.
Perdoem-me o termo, só faz cagada.
Não treinou a pontaria,
Volta e meia, lá acerta onde não deveria.


Talvez seja um Cupido cego,
bêbado, drogado.
Puxa do cigarro com ele apagado,
Olha-me nos olhos, desapontado,
Enquanto retira do seu saco
Um velho arco sem fio,
Um monte de flechas quebradas...


Mostra-me as asas cortadas...
Questiono-me
"Será que as perdeu na aterragem?
Ou também o roubaram durante a sua breve passagem?"
Pobre coitado!
Não sou exemplo para o julgar,
Também eu sei o que é sentir-me um falhado.
Puxar do fumo, incansavelmente,
Para tentar matar um mal
Que já está demasiado entranhado.

Só quem sonha
E depois tenta
Transpô-lo para a vida,
Sabe o que é precisar de um colo confortável,
Umas mãos carinhosas,
Um sorriso amável,
Um abraço apertado,
Poesia para amparar
Quando tudo o resto parece ser retirado.
Quando o tapete é puxado
E o chão para ter-se alagado,
Criando um buraco sem fim
Que suga tudo o que tenho para dar.
A Terra que me engole,
Enche-me os pulmões de sujidade
Até os estragar.
E sufoca, é verdade...
Mas confesso! É na adversidade
Que, surpreendentemente, aprendo a prosperar.

"Depois da tempestade vem a bonança!"
Relembro-me, tentando manter a esperança.
E nada mais importa,
Nem me quero mais importar.

É a morte em vida,
Repito, uma eterna ferida...
Um sonhador sem amor
É como uma fotografia sem cor,
Como um Sol que não emite calor.
Inútil.

É a morte em vida,
Sem amor não sei sonhar.
E sem o sonho,
Estou entre a espada e a parede,
Com a distância que nos separa a encurtar.

A espada, quem a segura sou eu,
Sedenta que ela entre,
Que me perfure sem piedade,
Só por curiosidade
De ver o que vai jorrar do meu centro.

Aperto a lâmina entre os dedos,
Observo o sangue a escorrer...
Sinto um certo tipo de prazer
Sadio, talvez doentio.
Penso para mim mesma
"Enquanto sangrar estou viva...".
Aponto-a a este amaldiçoado coração,
Faço pressão,
Finalmente respiro e, digo
"Mas que belo é morrer!
Fechar os olhos e nunca mais sofrer."

Já escrevia num outro poema,
"A morte não dói a ninguém,
O que dói é ter de cá ficar".
A cigana que me leu a sina,
Essa sempre teve razão!
Sentiu logo na sua visão
Que ser racional não me assiste,
Que sou feita de pura emoção.
Autora de sensações
Intensas, vibrantes, sinceras, imensas.
Que não sou feita de pele e osso,
Que tudo em mim é coração.
Que sem amor não há sonhos,
Não há motivos.
Para uma pessoa que nasceu amante,
Amar é a sua única missão.

E se não houver ninguém para amar?
Então, baterá lento o coração,
E irá bater cada vez mais lento,
Até se esvair de mim a pulsação.

Fará a sua própria revolução!
Estarei lá para a presenciar!
Para poder gritar "Acabou! Acabou!".

Que anjo foi este que veio no meu ombro aterrar?
Foi Deus ou o Diabo que o mandou?
Alguém o pode vir cá abaixo buscar?
Como é que um anjo me pode partir assim?

Talvez seja simples,
Talvez ela tenha razão...
"O arquiteto deste mundo não o desenhou para mim".
Enfim, gastei mais uma vida em vão.

Já morri e renasci,
Mais vezes do que as consigo contar.
É a morte em vida...
Já sou profissional de recomeços!
Mas nem sempre tenho forças,
Ou vontade, para querer recomeçar.
Mariah Tulli Jan 2019
Estamos sempre à procura, sigo tentando entender o motivo de querermos sempre estar com alguém, penso eu que em todas as ruas dessa cidade as vezes barulhenta e as vezes calma, tem alguém olhando ao redor a procura daquele amor, que é tão leve como a brisa de um vento. São duas da tarde e eu ainda nem almocei, porque fico procurando motivos para me movimentar nesse dia tão calorento. Ingerir algo pra me nutrir parece ser um bom motivo, mas nesse momento nem isso estou fazendo questão. A procura continua, porque agora já são duas da manhã e eu ainda não to satisfeita, pode ser porque não comi nada o dia inteiro, ou algumas línguas irão dizer que é porque eu ainda preciso aprender a me amar mais... acho que acredito mais na segunda opção mesmo. A questão toda é: sair pra jantar e talvez te achar ou ficar em casa pra me encontrar? Ultimamente tenho feito as duas coisas, tento me encontrar no meio desses livros e incensos acesos, ou até por meio dos sonhos, que muitos já me mostraram onde estou, só não sei pra onde preciso ir, talvez seja jantar mesmo, vai que nesse caminho das ruas dessa cidade eu me encontro e de quebra te acho.
Estou sendo impelido a atravessar esta entrada, meu corpo permaneceu imóvel até este exato momento, quis correr para longe, quis me esconder, quis deixar de existir, mas esta porta está escancarada diante o meu ser despido, não posso ver absolutamente nada para além da porta, mas sei que algo me observa, meus devaneios consomem novamente meus pensamentos,  algo terrível me espera do outro lado. Assaltantes? Sequestradores? Estupradores? Maníacos? Lunáticos? Pervertidos? Psicopatas? Minha mente está se descolando da realidade, sinto meus hormônios de horror dissipando meu pensamento lógico... Estou diante o Demônio! O ônibus vai me levar ao inferno! Sou culpado! O que eu fiz foi horrível! ............O que você fez foi maravilhoso!............ Esta voz atravessa a escuridão, entra pelos meus ouvidos  e explode nas profundezas da minha inconsciência.

Entre no ônibus!...........Estou obedecendo sem sequer perceper, minhas pernas estão se movendo com tremor e dificuldade, subo o primeiro degrau, o segundo, nesta penumbra acho que posso ver o motorista, um homem velho e franzino, barba mal feita, branca, pele suja, roupas velhas, antigas. Voc.. Vá para seu assento! Não me deixou falar, tudo bem! Cadê um assento livre? Ali!  Parece que todos os outros estão lotados. Todos aqui são feios, sujos e maltrapilhos, estão exatamente como eu! Tem uma velha sentada no banco ao lado do meu. Todos estão me encarando, ela está me encarando. Como suas expressões são severas! Ela está forçando um sorriso, seus dentes são muito podres... Então...cofff...cooffff...cooooooooofff... Gotículas de saliva da tosse da velha estão escorrendo pelo meu rosto, o bafo dela lembra carne morta, em decomposição, quase tenho vontade de vomitar, ela está aproximando mais ainda  seu rosto ao meu... Então, você também está indo para lá? Eu não sei! Não sabe?!! Então você não deveria estar aqui!!! Todos estão me encarando, seus olhos expelem puro ódio!...........Você vai descer aqui!!!

Está entrando pelas minhas veias, guiando intuitivamente meus movimentos, enquanto meu eu se afoga num oceano tempestuoso. Toma minha voz, fala por mim... Como OUSA se dirigir A MIM, sua VELHA IMUNDA? Se olhar pra mim mais uma vez vou ARRANCAR todos os seus dentes podres!

Eu dei um chute na cara da velha! Eu dei um chute numa velhinha doente! O que foi que eu fiz? Ela está ali caída no assoalho do ônibus, está gemendo muito! Tem sangue escorrendo pelo seu nariz! Meu Deus, o que foi que eu fiz?  Ela está tendo convulsões?? Meu Deus, meu deus! Hahahahahahaha hahahahahahaha hahahahahahaha ahahaha hahahahahahaha hahahahahahaha... Que porra é essa? Puta que pariu! A velha está rindo??? Está freneticamente dando gargalhadas grotescas. Ninguém mais está olhando para mim. Não sei o que pensar! A velha... Está me encarando... sorrindo com crueldade. Parece que ela está tentando me falar alguma coisa...

...........Então você realmente está indo para lá!
hi da s Jun 2021
ando sentada sozinha agora e racionalizando as emoções
tentando organizar como faço com a parte sólida da vida ao redor
e teimosa do jeito que sou não assumo a verdade doentia do controle total de se estar dominante na operação

então pra fluir tem que ser como?
oras, livre, é óbvio

sentimentos e emoções não tem coleira
não são domesticáveis e só vem quando querem

pra sentir pura e vividamente ou pra falar a respeito, usar o termo na sua mais pura integridade artística, moral ou seja lá qual for
é preciso deixar correr livre
como pensar que o peito é um campo ou um matagal alto ou uma praia extensa e existe uma coisa que tem corpo pra pernar à toa

sem julgar e sem medir

e é assim que se usa essa coisa do sentir
que é se deixar levar quando tirar a peça que do raciocinio

não tem lógica

é tudo emvãova~voa~voa~voa~voavõavãoa~voa~vão
dead0phelia Oct 2020
.
toda vez que eu vejo a lua minguar eu sinto as minhas águas escorrerem do meu mar pra boca do teu rio toda vez que meus olhos se enturvam no teu olhar sinto o balanço das ondas que me quebram inteira são 10 segundos pro meu corpo desmoronar no teu corpo uma vida toda pra eu me recompor 10 segundos fora de gravitação uma vida toda tentando fincar meus pés no chão
Dayanne Mendes Nov 2020
Luz
Eu me encontrei,
nos meus piores momentos...
Eu tive forças pra seguir,
Ainda estou aqui.

Lutando contra tudo que há de ruim,
Contra todos que me fazem mal,
Tentando trilhar meu próprio caminho,
E plantando flores no meu quintal.

Eu existo.
Eu resisto.
Eu me fortifico.
Há luz em mim.

— The End —