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Sobre o abismo de minha desgraça voarei
Sou eu o bacanal eterno do infinito
Ser livre para odiar tudo me fez rei
Saltam arlequins em meu espírito irrestrito

Os miolos fervem na minha crença
Alheio à verdade de toda a humanidade
Mas do inferno ao céu eu sou descrença
Resvalando aos trancos o coração da minha imortalidade!

Eu dançarei como um demônio risonho
Nebuloso, dissoluto e absoluto, entre o óbolo e a nobreza
Saltitando por entre os píncaros de minha avareza
Na ideia inefável de meu sonho!

Epífase de todo meu atino
Absorve minha alma torta
No íntimo da minha egrégia exorta
A exegese infindável do meu destino!

— The End —