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Oh grandes símbolos misteriosos
Outrora por vós fascinado fui
Mas a dúvida por minhas veias ainda flui
como águas correntes de rios fervorosos

Queria respostas evidentes e claras
Banhem-nos, rogo, em frias águas
Pois as humanas mentes ignaras
São perdidas na ilusão que as afaga

O que somos é pura hipnose
Quero ver com meus próprios olhos a gnose
Daquilo que a ciência não provou
Imploro, então, por saber quem de fato sou!

Provei do doce, o ácido veneno
que meu corpo em febre rejeitou
Meus olhos relutam em ver o que é pleno
E já não sei o que de mim restou

Acorde-me deste pesadelo de ilusão
Quero sentido, e lógica, e verdade
Mas rezo também por libertação
Há um fantasma que nos rouba a sanidade

Não posso crer que diante de todas as possibilidades da matéria
Possa existir algo tão patético quanto o homem
Grandes e sábios são os vermes e bactérias
Que sem questionar, nossas putrefatas entranhas consomem
Não sofrem, não se rendem,
nem se gabam, ou se vendem

De onde nasce nossa vontade?
O despertar da hipnose é não crer,
Não sentir, observe o que se vê
Ações são previsíveis e morta está a liberdade

Somos símbolos, e a tudo simbolizamos
Despersonalizado nos desvendo
Livres de pecados realizamos
O fim da roda de tormentos

Rouba-me um beijo e eu lhe mostrarei
algo que só posso me recordar
Não mais sinto, eu sei
mas me resta saborear
As lembranças do doce-amargo
que do meu corpo já se foi
Morning SUN Mar 2017
E lá vai ela de novo.
Consegues ver assim tão longe?
Aquela forma pequena e dourada.
Dourada em sua coroa de raios solares.

Ela flui,
Como água em rio,
Como o vento nas campinas por onde passa.

De suas mãos escorrem as cores,
As quentes, as frias
as calmas, as desbotadas.
Todas vivas,
Respirando e vibrando.

Formando o invisível,
Aquilo que parece nascer pela primeira vez diante dos olhos,
Mas que na verdade
Está renascendo,
Pois sua forma já existia,
É só agora que as cores o preenchiam.
https://www.youtube.com/watch?v=g3t5ei3sZrU

— The End —