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goldenhair Jul 2013
Queria confessar, não resisto àqueles olhos
os seus, verdes, me encarando, fixos.
Corava-me a face, confundia-me o peito.
Uma lua refulgente num céu opaco
É como tentar descrever os olhos de Capitu.

Quando nossas mãos se encostavam
assim, de relance, sem querer
um segundo no tempo.
Arrepios.

Preencheria esse vazio dentro de ti e te faria só meu.
E nos meus poemas te descreveria com tanto fascínio
quanto o guerreiro branco descreve a virgem Iracema.

Seu sorriso doce, seu peito – meu leito
Canta suas canções no ouvido meu
Como fazem os pássaros na manhã,
cortando o silêncio que paira nos montes.

Deságuo no oceano da tua alma
Me afogo no teu afago
Procuro suas mãos de encontro com as minhas
Sozinhas.
Wörziech May 2013
Tempo inconstante torna-me instável.
Faz-me recordar novamente de determinados fixos e imutáveis sentimentos, sem completa certeza.
Sinto descobertas incertas sobre este fulgor que tanto me atrai, que conquista todo o foco.
Esperar. Acreditar.
Muito a almejar. 
Se decepcionar a procura de perspectivas que farão sentido a consternação ou apenas tentar se perder das expectativas?
Vago o estabelecimento dos padrões exatos ou apenas incorreta busca pelo incerto?
Distantes, inimagináveis, intensos e indiscretos imprecisos sonhos afortunados por…
Faltam-me palavras, faltam-me respostas.
Enigmas que me destroem, que me pesam.
Sons, momentos e imagens.
Sonhos jamais vistos, acontecimentos previstos e esperados ditam a desordem e insegurança que me guiam pelos caminhos incógnitos das palavras que ditarão o fim; que trarão respostas a minha irregular essência.

— The End —