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Mafe Oct 2012
"Uma corte recheada de incertezas.
Diz o mestre:
- A todos vocês condeno essas correntes ventrais.
Condeno essa pressão cardíaca, essa confusão mental.
Não desejeis vós que o sentimento profundo lhes fosse concedido?
E quem há de me jurar que com ele não viria tremenda descordenação,
tremendo derrocamento?
Ouçam o bardo correndo louco entre as paredes de pedra.
Ouçam o gondoleiro, barcarolando as canções de amor.
Ouçam o basbaque som dos encantados,
os afeiçoados e doados de coração.
Eis a verdade, corte, corte de sentimentos.
Jaz aqui o vento que me tragou a esta ilusão.
Gritam altissonantes os mares,
arriscai-vos corações,
antes que o mar os leve a vossos esquifes,
antes que seja muito tarde para arriscar.
Porém que seja espúrioso o vosso amor.
Pois é sentimento que se perde em lamentações,
e para vive-lo, arriscar é necessário, não aja com esquivança,
uma vez entrelaçado, o amor é mais que a promessa,
é a eternidade, é um fado, é um facho,
é imensurável,
é imane,
é ilibado,
insinuante sinal de maravilhas,
ofusca os olhos de quem sente,
faz plenitude e traz saudade a quem não tem,
mas ainda sim muito além,
é uma reta paralela, e dele deve ser padrinho em solenidade,
é um pardieiro implorando piedade, e nós somos a reconstrução.
Então amem corte, mas paguem o preço,
na labuta e na luta,
pois o amor é um mestiço, meio amargo, meio doce,
mas é nato em perfeição."
Otra canción
he de cantar,
ingenua.

Otra canción (desnuda de artificios
como mi pena:
que no llora, ni se crispa,
ni se queja).

Otra canción desnuda de artificios
como mi pena,
(como mi pena: muda,
así la relate mórbidamente; y quieta:
no importa que sea motor de mi cansancio,
hélice de mi pereza,
remo de mi estatismo,
ala de mi indiferencia;
como mi pena: -por más que avizore y otee
los horizontes- ciega).

Otra canción he de cantar
ingenua.

Otra canción, de un ritmo opacado, de brumas
y de leyenda,
de brumas
y de quimera:
sin timbres gárrulos de Oriente
-asordinada-; sin tamboriles gayos ni danzarinas bayaderas;
sin bélicos clarines y sin fanfarrias épicas.
Una canción hiperbórea,
gris: que la cantasen noruegos marinos
en sus barcazas pesqueras;
que la cantasen campesinos de Helsingor y aldeanas
de Abylund y de la Karelia.

Otra canción
he de cantar
ingenua.

Sin este sol vibrante ni los estridores
que me circundan:
como si no habitase las tropicales
beocias antitéticas
-burgos sordos,
cálidas selvas-:
como si no retumbase en mis oídos
la fragorosa cantinela
del río que rompe su fastidio
en las filudas peñas!

Canción que nada diga
y apenas sí sugiera.
Que nada diga
mas deje en los oídos
vaga impresión insegura de leyenda
y de quimera:
(el hondo rumor que de los caracoles
en la rósea espiral se aposenta).
Canción de gente tosca,
de ruda gente marinera,
canción que se cantase en la hora de los coloquios
-del norteño puerto nativo en el muelle
o en la taberna-.

Otra canción he de cantar, ingenua.
Desnuda de artificios
como mi pena,
Sobria de afeites frívolos,
burda como la lona de las velas
de los esquifes pescadores;
burda: ¡y encinta de odiseas,
de temporales y de naufragios
como las velas!

— The End —