Odeio a forma como ela desacolhe,
não se expressa
e muito menos se interessa
Vomita seu ego e seu caos
Duvido de mim e dela
seus sentimentos me quebram
e os meus me desintegram
Nosso lar é permeado por uma enorme serpente
presente, invisível e insensível
tenta me arrancar um riso
antes de me esmagar com gosto
Durmo num pântano de rancor
e me sinto protegida
enquanto estou despida e injuriada
Ardo e desando a cada noite dormida
De peito esmagado eu gargalho
respiro suavemente o veneno
e agradeço
o meu apreço pela pena e pelo ódio é tudo o que eu conheço