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Dryden Apr 2018
Sinto-me cansado, talvez nem neja cansaço,
É que todos os dias eu escrevo
Nem que seja o mais pequeno pedaço,
Na esperança de elaborar a melhor rima
Que exprima a dor dos meus fracassos.

Portanto eu insisto e deposito o que sinto,
Inconscientemente por instinto,
odeio-me porque minto
Engulo as minhas falhas como absinto.
Embriagado, caio deitado, ja vejo tudo desfocado,
Fecho os olhos, olho para dentro, fico assustado.

Cortava qualquer membro,
Se me prometessem sentir descansado,
Com uma visão mais clara
Do que se passa ao meu lado.

Todos os pensamentos de ontem ou do passado,
Repetem-se hoje como seria de esperado,
Estado mental em auto-piloto, caio desesperado.

Procuro na escrita algum alivio, algum silencio ,
Algo que á vida me faça sentir conectado.
Tento ir aos confins do meu subconsciente  
Desdobrar os efeitos dele no presente.

Sinto arrepios com a vibração do mundo
Enjoa-me a forma como escondemos a cara quando pecamos,
Como enterramos e oprimimos aquilo que condenamos
Como baseados em mentiras,
construímos verdades que agora acreditamos.

Sei que faço o mesmo, mas já o fiz mais,
talvez seja algo intrínseco a todos os animais,
escolhemos o caminho mais facil,
onde pensamos estar a fugir da dor
mas a resignação é um veneno
que nos torna incompatíveis e sem sabor.

Acumulamos mascaras, crucificamos o nosso bem estar
deixamo-nos mentalizar que temos de nos adaptar,
perdemos a essência, para uma sociedade de aparencias,
que temos consciência que nos esgotara a paciência.

As vezes o mais importante é ter um amigo,
outras vezes um simples antiquado papel.
O perfeito é encontrares uma alma,
E que possas fazer dela uma tela ,
Onde pintas a tua alma nua e deixas a tua chancela.

Alguém com quem promessas são feitas e recusadas,
Ou mal feitas e quebradas
No entanto insistimos em usa-las.

A eternidade delas é coisa de anjos
Não de mortais perdidos e inconstantes
Egoístas e ignorantes.
Somos apenas meras penas com destinos semelhantes.

Que envelhecem com as estaçoes
E que rejuvenescem com as ilusões.

A minha alma penso eu que já é velha
Com uma voz grave e rouca da exaustão
Transportada num corpo jovem fruto da reprodução.

Sinto que trouxe algo de novo ao meu ancião interior,
Que apesar das suas enumeras vidas sente constante pavor,
Trouxe-lhe frutos proibidos aos quais ele não estava habituado
Então ele sussurra aos meus ouvidos um grito angustiado
O que a estas horas estou a fazer acordado (?)

Então eu respondo-lhe,
Esta noite decidi voltar a pecar.
Que direito tenho eu de escrever e de me libertar ?

Tens razão, devia ficar quieto no meu canto,
Adormecer com a mente vazia de vez em quando.
No entanto gosto de te incomodar
E nos teus sonhos sem tu saberes participar,
Fiquei desiludido com a imagem que tens sobre mim
Quando me mostraste o espelho,
Julguei ter visto o meu fim.
Acho que tu me odeias, eu até gosto de ti ,
podias falar mais comigo, deixaria de te atacar,
Mas o teu silencio enerva-me, da-me vontade de te sufocar
Com a crueza do meu ser que tu tentas limitar.

Foi bom contigo hoje dialogar
Ou comigo monologar
Não passas de um grito que eu com versos consigo abafar.
Alextry 2d
Despierto para comprender que mi vida es esta, y no otra.
Abro los ojos, y no veo nada nuevo que no haya visto ya antes. El cielo es del mismo color del que era ayer, mi mochila, en el mismo lugar en el que la deje.
Me visto y voy a clase a estudiar, porque es lo que tengo que hacer,es mi obligación, o eso siempre dicen.
Recorro el mismo trayecto de todos los dias, hago lo mismo que hago todos los dias, a lo mejor vario en lo que como para hacerme creer que algo ha cambiado, que he hecho algo nuevo, pero no, todo es igual.
Un bucle, que se repite, dia tras dia, sin fallar, es lo que hacemos tan diferente a lo que anhelamos tener? En el fondo, sabemos, que lo que hacemos, no es una obligacion, lo hacemos, porque es lo mas sencillo, quienes dicen haber escapado del sistema, mienten.
Nunca saldremos, porque no hay salida de este bucle al que tenemos normalizado, al que le llamamos rutina, que nos consume cada dia mas, que nos hacer ver gris y *****, blanco ya no, el blanco lo dejamos de ver hace mucho tiempo.
Decimos ser los mas inteligentes, los seres mas avanzados, ¿pero es eso verdad?
A lo mejor la razon por la que nos creemos superiores es la misma razon por la que nos condenamos a este castigo continuo, que somos incapaces de ver mas alla, de comprender, que somos tan simples, que no logramos procesar lo que de verdad esta pasando, solo lo que esperamos que pase.
Vuelvo a mi casa y dejo la mochila en el lugar de siempre, me alimento, para restar el sentimiento de angustia que se me genera a lo largo del dia, respiro, para neutralizar la fatiga que me produce vivir.
Y duermo, para soñar y olvidar la realidad en la que estoy atrapado.

— The End —