Caos, caos, caos
Perceptível apenas em estado de desarranjo
Irrompe de surpresa mas insidioso e em crescendo
Agente provocador projetando calmaria
Verdadeira ou fictícia?
Pode um provocador ser inerte?
Et tu, agente, não estás numa caixa
Projeto eu do alto da moralidade
Verdadeira ou fictícia?
Estratifica-me como quiseres
Não caibo na régua que usaste
Coincido nos centímetros mas não conheces os nanómetros
Pudesse eu conhecer os teus, até ao mais misterioso átomo
E suspeito que o caos perduraria num constante questionar
Resta-me admitir que a questão me fascina
E que o efeito secundário caótico e desregulador é estimulante
Assustador, perigoso e energizante
Abala-me, outra vez
Sempre me perco, sempre me encontro