Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
 
Rui Serra Aug 2015
abro os olhos, não o vejo.
o meu passado fugiu de mim...
impossível!
foi-me outrora tatuado,
na epiderme da minha existência.
é uma parte do meu todo!
sofro de dupla personalidade?
até agora controlei-me, não foi?
o passado não se esquece dizes tu...
digo-te eu...
nunca te vai largar... nunca!
penso...
rapidamente percebi o que devia ser feito!
vou matar aquilo que fui, o meu outro eu...
puumm
já está!!!
uma só bala...
uma só bala e tudo acabou.

e agora... quem sou eu agora?
Rui Serra Aug 2015
012
um som
um telefone
um número que nada diz

toque

os dedos trémulos

“o-lá”, diz a medo
silêncio
ninguém . nada . vazio
desliga o telefone

sensação
não está só

o punhal mergulha no peito

respiração ofegante

tempo

libertação
Rui Serra Aug 2015
hoje acordei no orvalho frio da minha existência.
perscrutei-te e não te senti em mim.
será que me abandonaste?
há muito que me questiono se algum dia percebeste o significado do que as minhas lágrimas não conseguem libertar.
sinto-me só.
espero que estas efémeras palavras, te tragam de novo à razão da nossa existência.

o teu eu!
Rui Serra Aug 2015
a chuva cai suavemente sobre o teu rosto.

a chuva cai suavemente sobre o teu cabelo,
e toca-te os lábios sedentos de um beijo.

a chuva cai suavemente do céu,
e permite que a minha alma flutue sobre o ar,
levando-me para um lugar mágico.
Rui Serra Aug 2015
a noite cai sobre a floresta.
as estrelas brilham,
revelando as sombras do passado
das almas mortas, em voo.
Rui Serra Aug 2015
a porta
teias
cheiro a pó
a idade é longa
sobrevivência
chuva... vento... sol...

condenação

a demolição vem de longe
sem licença

desabitada
desacreditada
sem encanto, só.

assustadora
assombrada
velha casa maldita.
Rui Serra Aug 2015
sinto
que me olhas

sentes desprezo
sentes ódio

sinto-te
a olhar

um olhar estranho

no espelho reflectido
um sorriso tosco
despreza-me

o que se esconde aí?
profundos segredos sombrios
Next page