Jorge abriu a porta do alfarrabista e um cheiro húmido invadiu-lhe a mente. - Boa tarde. Bradou uma voz rouca do seu interior. - Boa tarde. - Então o que o traz aqui? - Procuro um conto. - Sim, mas de que tipo? - O que procuro deve ter cem palavras. - Que especificidade. - Pois sim, tem alguma coisa? - Huummm, deixe ver. - Agradeço que veja se não tem por ai algum guardado. O livreiro abriu a gaveta e retirou do seu interior o palavómetro. E após algumas medidas, eis que surge um conto, assim como este, com cem palavras, nem uma a mais, nem uma a menos.