I. Além das árvores, um novo dia: vejo fractais nos galhos florescentes, - veias noturnas da ilusão sombria - ah, deitado nas folhas decadentes...
Tal qual a luz numa caverna fria faz na água cristais resplandecentes, tal qual o sol invade uma abadia por sagrados vitrais iridescentes,
a Aurora, face pálida e iminente da manhã, é sorvida pelo ouvido e incendeia o carvão dos meus subsolos.
Meu último suspiro é a nascente de um brilho mineral recém chovido nas graminhas que brotam dos tijolos.
II.* Uma coroa incandescente avisto. O Sol sobe do ***** mais profundo aos imponentes edifícios vítreos preparando a manhã para o seu culto:
brotam seus fogos (dançarinos místicos) do asfalto e das janelas - nosso mundo foi abrasado pelo canto rítmico de um fervor que se expande em absoluto!
Fecho os meus olhos e me entrego às chamas. Afogam-me as fogueiras e o meu pranto é abafado entre ressonâncias, raios
e fúnebres azuis. A essência humana é consumida e ao passar dos anos sou fuligem em becos solitários.