Preciso fugir, fugir daqui, desse espaço frio e escuro onde meus monstros habitam.
Mesmo não sendo mais uma criança, ainda algo me deixa tão vulnerável e insegura. O tormento vem de dentro; no vazio, escuto o vento soprando, como numa floresta úmida e fechada.
Em um labirinto procuro pela saída; sinto-me fraca e perdida. Onde posso encontrar o calor e o dia novamente? Como posso me salvar, se o caminho parece ficar maior a cada passo?
Raízes parecem puxar meus pés, a ansiedade me consome. Não quero apenas sobreviver, quero viver.
A luz que ilumina estas noites tem sido somente a do luar, meu companheiro e amigo leal. Às vezes, nesse lugar, encontro um descanso em meio ao caos da desconfiança.
Ainda tenho a sorte de encontrar vida por aqui, pequenas esperanças que me fazem acreditar.