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Jul 5
No abismo imenso da alma, vou subir,
Com asas negras, rindo da tormenta.
Minha desgraça é livre, e me sustenta
O ódio imenso que me faz sorrir.

Sou carnaval do caos a retinir,
A dança insana que jamais se ausenta.
Meu pensamento é chama que atormenta
A própria luz que insiste em me seguir.

Do céu ao inferno, sou contradição,
Um deus bufão, herético e profundo,
Que busca em si sua revelação.

Em cada verso, um rito moribundo,
Desvendo o fim da eterna exegese:
Meu ser, meu caos, meu riso moribundo.
Othon
Written by
Othon  M/Southern Brazil
(M/Southern Brazil)   
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