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1d
Na verdade, um estranho será sempre um estranho,
Os sentimentos guardados, ocultos, continuam no abismo.
Eles permanecem, quietos, no recanto mais profundo,
E assim sigo, sem pensar no amanhã, apenas no presente,
Em contínuo movimento, sem a esperança de um fim.

A espera de me doar, de entregar-me a alguém,
Morre uma vez mais, sob a sombra da dúvida.
Pois, embora saiba que sou capaz,
Carrego a incapacidade de ser o melhor,
De ser tudo o que alguém poderia desejar.

Estranho demais para entender essa dança,
Onde meu ser se esconde, alheio à esperança,
E a alma, sempre ansiosa, não encontra paz.
Por mais que busque ser, sou apenas fragmento,
Um ser que não sabe ser tudo para alguém.
Mistico
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Mistico  36/M
(36/M)   
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