De tanto cair, aprendeu a se erguer sem ajuda, De tanto doer, fez-se pedra, fez-se bruma. No teatro dos falsos, veste a máscara do mundo, Deixa que o subestimem, pois sabe o final do jogo.
Julgam-se astutos, senhores da própria sorte, Mas quão tolo é aquele que se crê intocável! Ensinado ao frio, agora lhe pedem calor, Mas onde estavam quando a tempestade o assolava?
Hoje caminha só, intocável, inatingível, Não por orgulho, mas por cicatrizes invisíveis. E aquela que um dia teve sua essência em mãos, Ao perdê-lo, perdeu mais que um homem: perdeu a si mesma.