Ah, mas não são todas, sejamos justos,
Mas esta em questão desperta desgostos.
Uma sandália voando, quase inevitável,
Na mente imagino, cenário inigualável.
Fértil é a mente, mas dói só de ver,
Dá até vontade de em bolinhas a esconder.
Tão amável, tão doce, um ser reluzente,
Que faltam elogios, mas sobram na mente.
Ah, se sumisse a dentadura em um canto,
Talvez o silêncio trouxesse encanto.
Que fala, que espalha, que nunca descansa,
O prédio é alto, mas falta esperança.
Na praia perdida, no mar rejeitada,
Nem Iemanjá quer ser incomodada.
Sogrinha querida, que doce é teu ser,
Grudada em meu pé, sem querer se render.
Larga da vida que não lhe pertence,
Deixe que o amor siga e se estenda.
Engula seu ouro, sua sede insana,
Que a vida responde, e o tempo não engana.