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1d
Predicado, imperfeito
Sou santo, desfeito
Luz de amálgama apagada
Alma sem véu iluminada
Infinito e indistinto ser
Cortejando o íntimo arder
De não querer ser nada
Desta irrepreensível mônada alada
Que se espreita em meu coração
Ó sombra de maldição!
Eu sou o céu sem estrelas
E as estrelas sem céu
Neste coração há musas belas
Que são cinzas no mausoléu
Do meu não-ser, do meu não querer!
Sou um sepulcro caiado feito de palha
Que o vento levou a perder
Tudo que sou este mundo me ralha!
Não posso ser nada, e o nada
Me obriga a ser, fada
De infindos antagonismos purpurim
Que dance comigo o arlequim
Neste sonho sombrio que estou a tecer...
Que o mundo desmorone sob todo meu saber!
Sabedoria suprema; além, além, além?
Amém, amém, amém.
Aeiou
Written by
Aeiou  M/Southern Brazil
(M/Southern Brazil)   
28
 
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