Do alto do paradoxo, o ***** vulto Se parte em sombras num degredo oculto, Trazendo harpejos de verdades vãs — Elegia fatal de cultos e manhãs.
Invoca aforismos de amarga discórdia, E passa, impiedosa, a vida sem glória, Sorvendo caminhos sem paz nem memória — Bruxa do acaso, em trágica história!
Como um barquinho de papel a afundar, Vai-se a ilusão que eu tentei resguardar, Afoga-se o último gesto a indagar Nos restos do peito que ousou amar.
Ó quimeras do assombro, deixai-me em vão! Cansado, resisto na escuridão, Sou vão eterno, um eco em dialeto, Preso aos grilhões do silêncio inquieto.
Cantais a ingratidão como harmonia, Enfada-vos a mais sutil poesia — Mas eu sou supremo, imagem final, No abismo sem nome, verbo sem sinal!